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Persons Unknown 1×10 – Identity e 1×11 – Seven Sacrifices

Por: em 28 de agosto de 2010

Persons Unknown 1×10 – Identity e 1×11 – Seven Sacrifices

Por: em

A dois episódios do fim, Persons Unknown “puxou o freio” da adrenalina em seu décimo episódio, “Identity”, optando por explicar aos telespectadores o papel do novo gerente noturno do hotel. Ao contrário de seu antecessor, Liam Ulrich mostra aos hóspedes um lado mais solícito e menos enigmático, já que não resta mais qualquer mistério quanto a presença de membros do “Programa” infiltrados entre os funcionários do hotel, e sobretudo, quanto à verdadeira identidade de Joe.

Depois de muita exitação e de uma boa dose de violência no capítulo anterior, Joe parece disposto a revelar detalhes de seu passado, como o fato de ser um padre e de um possível envolvimento amoroso anterior a seu confinamento (o que é deixado “nas entrelinhas” pelo gerente do hotel, outro “amigo” do ex-religioso).

No entanto, o surgimento deste novo personagem desperta a dúvida não apenas em Joe como em alguns dos personagens, já que este revela ter matado (nome) durante sua primeira experiência na cidade fantasma.

A cidade, aliás, recebe a visita do casal Mark Rembe e Kat Damatto e do namorado de Tori, que segue os dois em busca de informações sobre a moça. Ao contrário das minhas próprias expectativas, os dois jornalistas parecem ter um papel importante na história quanto a revelar pequenos detalhes quanto ao funcionamento da organização.

Entretanto, a grande surpresa do 1×10 fica por conta do repentino interesse amoroso de nosso novo personagem por Janet. Claramente fascinado por ela, ele começa a dar demonstrações de que não obedecerá tão cegamente as ordens recebidas pela diretora do “Programa”. Estaria surgindo, na reta final, uma disputa pelo coração da mocinha? Ou será que ela terá o mesmo destino de Joe, ser recrutada como membro da organização?

Como forma de cativá-la, Janet recebe uma ligação de sua mãe, o que a coloca em contato com o mundo exterior, além de despertar, em um expectador mais desavisado, a certeza de que a mãe da personagem não tinha qualquer conhecimento sobre o paradeiro de sua filha. O que não é muito seguro de ser levado em conta, já que ali nem tudo é o que parece.

E a prova disto foi dada exatamente por aquela que, desde o início, despertou a desconfiança de todos: Éricka. Aqui descobrimos que seu verdadeiro nome é Teresa (a personagem adotou o nome de uma companheira de cela já morta). Porém, os reais motivos que a levaram a tal atitude ainda não foram revelados, assim como o propósito dos inusitados presentes recebidos por cada um dos hóspedes – itens com valor sentimental para cada um deles.

Já em “Seven Sacrifices”, o décimo primeiro episódio da série, foi mostrado o destino dos personagens após a entrada na cidade dos homens vestidos de azul que, durante toda a série perseguiram o casal de jornalistas, e que aparentavam ter a intenção de eliminar todos os ali confinados. A rotina na cidade retornou ao “normal”, entretanto aqui foram apresentados momentos capazes de prender o telespectador, mostrando outras faces de personagens-chave, como Janet, Joe e o novato Ulrich.

Inicialmente apresentada como uma mulher impulsiva e até apaixonada, nesta reta final Janet tem mostrado que não apenas conhece seu poder de sedução como também sabe como utilizá-lo para atingir seus objetivos. E a “vítima” da vez é Ulrich, que começa a revelar segredos a personagem, sem perceber que sua repentina aproximação tem como finalidade apenas encontrar uma forma de deixar a cidade e reencontrar sua filha.

Contudo, os rumos apresentados no final do capítulo parecem nos conduzir a um final trágico para os habitantes daquela cidade que, após esse longo período confinados, dão demonstrações de desconfiança mútua. Como McNair, que inicia um relacionamento com Moira, ao mesmo tempo em que declara a esta não saber mais em quem confiar. Ou de Bill, que é momentaneamente conquistado pela simpatia de Ulrich, mas é alertado por Charlie (após este conveniente ouvir os conselhos do soldado) de que não deveriam “vender a alma ao diabo”, ou a seus “empregados”, como se refere a Ulrich.

O gerente do hotel, aliás, vem dando muitas demonstrações de que não possui a frieza de seu antecessor, o que pode motivar algo mais sério antes mesmo que a diretora tome as sérias atitudes que deixa implícito no final deste capítulo.

Já em relação aos misteriosos dedos encontrados por Mark, ainda não há nada esclarecido quanto às identidades daquelas pessoas. No entanto, o comportamento das autoridades que se envolveram com o casal e a forma como suas vidas foram “apagadas” mostra o tamanho da organização (seria ela uma espécie de máfia?).

Para os dois últimos episódios, as expectativas são muitas, e as dúvidas maiores ainda. Boa parte do passado dos personagens já foi revelado, contudo ainda restam detalhes em branco a serem preenchidos, além da grande resposta à pergunta que paira no ar: o que acontecerá com cada um dos confinados? Conseguirão mesmo voltar para suas famílias ou terão um destino trágico. Até a próxima semana, com os dois últimos episódios de Persons Unknown.


Rosangela Santos

São Paulo - SP

Série Favorita: Smalville

Não assiste de jeito nenhum: Grey's Anatomy

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