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Persons Unknown 1×12 – And Then There Was One e 1×13 – Shadown in the Cave (Series Finale)

Por: em 31 de agosto de 2010

Persons Unknown 1×12 – And Then There Was One e 1×13 – Shadown in the Cave (Series Finale)

Por: em

Se os dois episódios anteriores ficaram devendo em adrenalina, o mesmo não podemos dizer dos dois últimos da série, sobretudo o penúltimo, “And then there was one”, que explorou os limites a que somos capazes de ultrapassar quando se trata de sobrevivência.

Entretanto, os redatores da série acrescentaram um outro elemento nesse combate: a surpresa, embora um expectador atento já desconfiasse dos rumos do capítulo a partir do desenrolar dos fatos.

Aqui o descontrole emocional de Moira, Éricka e Bill foram fatores chave para levar muitos a acreditar que o desfecho dos sete confinados seria aquele pré-determinado pela organização, representado pelos seis sacos de corpos exibidos no capítulo anterior.

Contudo, os personagens nos mostraram, com o perdão do clichê, que a união não apenas faz a força como garante uma sobrevida aqueles que estavam marcados morrer dentro daquela cidade. Sendo assim, partido dessa lógica, vimos um a um os habitantes da cidade serem “mortos”, até o derradeiro momento em que sobrasse apenas um sobrevivente, aquele que deveria empenhar seus esforços para a manutenção do “Programa”.

Dentre os “surtos” mostrados, o que mais me surpreendeu foi o encenado por Moira. A “violência” com que atacou McNair, Éricka e Janet foi extremamente convincente, especialmente a sequência do piano. Uma clássica demonstração de desespero, exatamente o que a organização esperava daquelas pessoas.

Outros personagens que surpreenderam por sua determinação, embora não tenham revelado muitos detalhes de suas descobertas até agora é o casal Mark e Kat. Depois de ter estado entre a vida e a morte em vários episódios, ter sua vida profissional e pessoal destruída pelo poder do “Programa”, os dois buscaram a verdade sobre o paradeiro de Janet. Eles chegaram perto (muito perto até, segundo as palavras da diretora), porém também estavam sendo observados. Como todos os envolvidos com algum dos sequestrados.

Com relação à escolha da diretora, que mudou sua preferência no decorrer dos últimos capítulo, Janet parece, sem qualquer sombra de dúvida, ser a nova eleita para dar continuidade aos ideais do grupo. No entanto, o que pairava no ar é quanto ao destino de Joe, anteriormente o preferido da chefe da entidade, pergunta respondida no último episódio da série, “Shadown in the cave”.

Aqui o personagem foi “gentilmente” persuadido a revelar o que aconteceu com os outros confinados, após estes terem conseguido fugir da cidade. Apesar de não fornecer, textualmente, as informações que a diretora desejava, ela consegue descobrir o paradeiro dos fugitivos, mesmo os que tentaram se esconder em outros países (como Moira e Éricka, que buscaram abrigo no Marrocos).

Aliás, a força e alcance da organização foram demonstradas na misteriosa assembleia convocada no meio da noite, para resolver a tensão causada pela fuga dos confinados, e com as câmeras, que apareciam nos locais mais insólitos, como a colocada em meio aos arbustos de uma estrada onde estavam Charlie e Bill.

O personagem, apresentado durante os últimos episódios como alguém a beira de um surto, revelou, com pequenos detalhes, fazer parte da organização, já que conhecia detalhes sobre a esposa falecida de Charlie. Ou seja, mais um infiltrado na história.

Por falar em infiltrados, todos aqueles que tentaram ir contra os objetivos do Programa terminaram, nesse series finale, como parte integrante da nova equipe dos confinados, dessa vez divididos em dois grupos, enviados para locais distintos, talvez para tentar evitar futuras rebeliões, como a ocorrida nesta cidade, o que, cá para nós, não será garantia de nada.

Em relação a garantias, eu terminei a série completamente frustrada, já que não vi nenhuma das minhas perguntas respondidas. Quer dizer, algumas foram, como o passado de Joe, que se apresentava como a maior incógnita até então. Mas as outras mais importantes, como o que é esta organização e porque sequestrar estas pessoas permanece no ar, o que demonstra, claramente, que pode haver uma segunda temporada. O que me frustra, de verdade.

Apesar de não ter tido minhas perguntas respondidas, gostaria que a série terminasse por aqui, porque não acredito que uma próxima temporada possa ter um desempenho tão bom a ponto de satisfazer minhas expectativas, agora bem altas.

A proposta de nos apresentar duas cidades, uma em um navio cargueiro, no meio de um oceano tempestuoso, e a outra na mesma localidade remota em que se passou esta temporada é no mínimo curiosa, mas igualmente arriscada. Minha pergunta é: como os redatores vão sustentar a curiosidade do público em relação a personagens que já conhecemos? Quer dizer, a única exceção ali é o pai de Tori, que foi “recrutado”, juntamente com Mark e alguns poucos desconhecidos que apareceram de relance nos últimos momentos do capítulo.

Que a diretora, e sua organização, tem um poder enorme, isso ficou claro. Agora, qual será o papel de Janet e Joe ali, representados como líderes de seus respectivos grupos, essa é uma das várias perguntas a serem respondidas em uma eventual segunda temporada, assim como os efeitos da reprogramação do sargento McNair e o cargo exercido por Bill ali dentro.

Depois de quase três meses no ar, Persons Unknown terminou esta semana, assim como minha review, que termina por aqui. Obrigada a todos que acompanharam, semanalmente, essa história um tanto confusa e ainda com tantos pontos a serem elucidados e comentaram os textos que postei. Oficialmente, não haverá continuação, mas como na tv americana o que manda na vida de um show é sua capacidade de gerar audiência, podemos ser surpreendidos com notícias de uma inesperada continuação.

Até as próximas reviews e, quem sabe, a segunda temporada da série. =)


Rosangela Santos

São Paulo - SP

Série Favorita: Smalville

Não assiste de jeito nenhum: Grey's Anatomy

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