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Revenge – 2×12 Collusion

Por: em 2 de fevereiro de 2013

Revenge – 2×12 Collusion

Por: em

Depois de algumas semanas bem desanimado com o que Revenge apresentava, posso dizer que esse episódio veio para apagar o ressentimento que eu tinha da série. Apagar seria uma palavra um pouco forte demais, porém redimiu grande parte das coisas que eu não estava gostando e também mostrou que nem todo mundo é um idiota na série, coisa que me incomoda sempre que Emily coloca um plano em prática. Em suma, o episódio não foi fenomenal, nem me fez ficar maluco para ver o próximo, porém conseguiu me prender por quarenta minutos com uma trama um pouco mais inteligente e personagens mais dispostos a fazer as coisas se movimentarem.

E por mais que muitos adorem essa trama da Iniciativa que tomou conta da série agora na segunda temporada, eu vou fazer minhas as palavras do meu colega Alexandre Borges e dizer: eu quero mais é ver a Emily acabando com todo mundo, que nem na primeira temporada. É disso que estamos sentindo falta. A Iniciativa tomou uma proporção, que parecem que esqueceram qual é o real propósito da série. Apesar deles estarem envolvidos por trás do incidente que acabou com a vida de David Clarke, atacar a algo tão grande e poderoso parece inútil. Queremos ver Emily derrubando pino por pino, o que não vem acontecendo com grande frequência na atual temporada. Emily tanto se empenhou para estar mais perto de Daniel nos últimos episódios, que conseguiu ‘ganhar’ a confiança dele de novo e saber como as negociações da Grayson Global andavam. Só que a complicação disso tudo entra com o ciúmes ‘compressível’ que Aiden vinha adquirindo desse novo cenário de vingança de sua parceira.

De longe, acho que a melhor relação ‘amorosa’ que Emily teve na série foi com Aiden (me desculpem, nunca comprei o amor dela por Jack), então já achava que o roteiro ia usar desse amor como artifício para uma boa virada na trama, que foi exatamente o que fizeram nesse episódio. O reaparecimento da irmã de Aiden trás a tona um lado do personagem que até então não conhecíamos e coloca Emily na frente de um jogo que ele precisa ganhar. O que me confunde um pouco é a certeza que ele tem de que aquela é realmente a sua irmã, já que não a vê a anos, mas também não podemos negar que dificilmente esqueceríamos os traços de um ente querido. E a proposta de Helen não poderia ser mais clara para Aiden: sua irmã em troca da vida de Victoria Grayson.

Vou reclamar mais uma vez de como acho conveniente Emily ter tudo que quer e do jeito que quer. Seu poder de persuasão deveria entrar para o livro dos recordes, porque não tem uma coisa que ela não consiga transformar para o seu lado. Claro que matar Victoria nesse ponto da temporada seria muito danoso para a estrutura da série como um todo, porém seria um risco de roteiro legal de se arriscar. Mas, diferente do que eu penso, os roteiristas apostaram mais uma vez na persuasão da nossa protagonista, que conseguiu tirar a cabela de Victoria da reta, garantindo ainda ao seu parceiro que tudo ficaria bem, porém não ficou. A possível morte de Collen torna Aiden uma pessoa perturbada e Emily terá de encarar as consequências disso. Seu antigo aliado e amante torna-se agora seu inimigo. E lutar com alguém que conhece tão bem seus passos pode ser um desafio interessante de se assistir. Espero que os roteiristas saibam trabalhar bem com isso a partir de agora, para que a trama não se perca ou se torne conveniente demais. Antes de prosseguir, queria comentar que as cenas iniciais, não sei bem por qual motivo, me fizeram pensar que Emily pode aparecer grávida logo menos – gerando mais uma complicação no seu relacionamento com Aiden.

Daniel que parecia estar sendo feito de bobo o tempo todo, mostrou-se muito mais inteligente do que imaginávamos. Se Emily estava jogando com ele, ele jogava com Emily na mesma intensidade, se aproveitando da proximidade da garota que gosta para tentar reconquistá-la e, ao mesmo tempo, se firmar como CEO da Grayson Global – já que ao lado de todo grande homem, existe uma grande mulher. Todo o lance do investimento na empresa em questão foi interessante por ver como as jogadas se desdobravam em torno disso. Começamos com Daniel e Jason jogando de igual para igual. Então Victoria entra no meio de campo e faz com que Jason fique mais interessado na empresa. Emily não deixa barato e faz com que Aiden plante a semente da desconfiança em Jason, que acaba ‘desistindo’ da compra.  Dai vem Victoria e usa seus melhores artifícios para convencer Jason de que precisa de sua ajuda – e depois não querem que eu fale que ela não tem limites. Mas no final, quem saiu ganhando foi Daniel, que com a ajuda de Nolan, colocou todas as cartas na mesa e ganhou a empresa em questão. Isso tudo só gera uma problemática crescente entre Victoria e Emily, que deixam de ser aliadas e voltam ao status inicial de inimigas. E o mais interessante é que Emily joga bem com isso e deixa claro que Victoria a procurou para fazer isso, colocando a matriarca dos Grayson, mais uma vez, como criadora do problema.

E se Daniel não é bobo, Nolan muito menos. Pensei que ele estava caindo como um patinho na conversa de Padma e, cada vez que os dois apareciam apaixonados, eu ia me irritando um pouco mais com o que aconteceria com ele. Mas não, nós estávamos errados. Um passo a frente de todo mundo, Nolan percebeu a armação para cima dele e pode prejudicar Padma seriamente perante Helen – o que será um grande bem feito. Já Jack foi se aliar com Conrad e pode pagar um preço bem caro por essa aliança. Depois de ‘conseguir’ o que queria, Jack achou estar tudo resolvido, quando, na verdade, pode ser só o começo de um problema muito maior, já que o mais velho dos irmãos Ryan decidiu fazer uma contra-proposta bem interessante a Conrad. Como isso vai se desenrolar, só os próximos episódios dirão!

Agora deixo você com o vídeo promocional do próximo episódio, ‘Union’, que será exibido só no dia 10 de fevereiro! Não deixe de comentar com a gente o que achou de ‘Collusion‘.


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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