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The Big C – 1×03 There’s No C in Team

Por: em 31 de agosto de 2010

The Big C – 1×03 There’s No C in Team

Por: em

The Big C consegue ser ótima episódio após episódio. Apesar desse terceiro não ter sido tão engraçado como o último, fomos presenteados com ótimas cenas emocionantes e de romantismo.

Enfim Cathy contou a alguém sobre o câncer. Não que ela quisesse, mas foi descoberto pela vizinha Marlene. Aliás, alguém sabia que cães podem sentir o cheiro da doença? Thomas, o cachorro, valeu o episódio inteiro, lambendo Cathy na cama e até embaixo da mesa. Continuo repetindo que a relação Cathy-Marlene é fantástica, e dessa vez a própria vizinha comentou sobre elas não serem amigas, mesmo compartilhando suas histórias. Pela personalidade de Marlene dá para saber que ela não tratará Cathy diferente apenas por ter câncer. Não sentirá pena e sim ajudará no que puder, mas sempre sendo a mulher explosiva e brava que é.

Por falar nisso, dei gargalhadas na cena em que Marlene pula em Andrea e as duas começam a brigar. Ri ainda mais quando Marlene disse que não é racista, apenas precisa explodir de vez em quando e Andrea foi a vítima. Gabourey Sidibe continua dando show com sua ironia. Ela tem um ótimo timing para a série e apresenta um personagem muito válido. Comentei semana passada sobre um relacionamento dela com Adam e pudemos ver isso acontecendo. De comum eles tem Cathy metendo-se em suas vidas, mas ela respeita a professora ao passo que ele ainda não entende a mãe. Adoro Adam, mas é bom ver alguém dando umas sacudidas no adolescente, e se Cathy não faz nada, Andrea toma as dores.

Outras cenas em que dei muitas risadas foram as de Sean. Acho o irmão de Cathy um personagem extremamente necessário para o divertimento da série. Mas eu pergunto: quem em sã consciência namoraria um cara que escolhe ser sem teto, vive no meio de lixo, come restos e não toma banho? A resposta é: alguém tão excêntrico quando ele. A cena de Daphne chorando quando Cathy e Sean começaram a brigar de brincadeira foi hilária. Aliás, toda a cena do jantar valeu a pena, e acho que ainda riria mais com Paul no meio disso tudo.

O marido, por sua vez, foi romântico. Quem não se emocionou na cena em que Cathy entra em casa por um caminho de conchas do mar e encontra Paul em cadeiras de praia com areia por todo o local? A declaração de Paul me fez ter certeza que Cathy iria contar a verdade, mas para minha surpresa ela conseguiu se conter. Duas opções: Ou ela não quer que ele sofra, ou acha que Paul não saberia lidar com a situação. Na verdade deve ser uma junção das duas, pois Paul é infantil e imaturo mas com um grande coração.

O legal mesmo foi acompanhar Cathy percebendo que não tem amigos. Entendo que o medo dela de contar pode ser das pessoas sentirem pena, mas ela viu que existem pessoas que apenas querem ajudar. Tudo bem que aquele pessoal do grupo de apoio a pessoas com câncer era bem esquisito, mas também podiam estar certos. Tudo depende do ponto de vista da pessoa; se sofre ou não; se é otimista ou não. Eles vêem no câncer uma chance de recomeçar, já Cathy vê o afastamento da família e o encurtamento da vida. O problema é que para seus familiares pararem de tratá-la mal, eles precisam entender o motivo dela ter mudado, ou seja: Cathy precisa contar a verdade.

Com a descoberta da doença por alguém, a trama deve ficar ainda mais interessante. Com um elenco como esse em uma trama dessas, difícil não ansiar pelo próximo episódio, que, infelizmente, só vai ao ar no dia 13, visto que a série tira uma semana de folga.


Caio Mello

São Bento do Sul – SC

Série Favorita: Lost

Não assiste de jeito nenhum: Séries policiais

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