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The Big C – 1×11 New Beginnings

Por: em 6 de novembro de 2010

The Big C – 1×11 New Beginnings

Por: em

É tempo de um recomeço em The Big C!!

Apesar de preferir que o episódio começasse exatamente onde terminou semana passada, acabei adorando o mais novo capítulo de The Big C, como sempre. Gostaria de ter visto a reação instantânea de Paul, mas apesar de não terem mostrado isso, tudo funcionou maravilhosamente bem nesse episódio. A conversa de Paul com a esposa quando ele volta para casa resumiu muito bem toda a história. Ele entende porque ela não queria contar. Apesar de seus atos por vezes egoístas, ela estava prevenindo sua família de sofrer. Eu amo, realmente amo The Big C, mas confesso que a série me deixa deprimido em certas cenas. Assistir a colega de trabalho de Paul contar sobre o câncer do marido foi devastador. A série mostra cenas assim equilibrando com outras totalmente irônicas como Paul e os amigos de trabalho comentando sobre como todo mundo tem câncer hoje em dia enquanto os três fumavam despreocupados com o fator de risco que o cigarro pode ser em uma doença como essa.

The Big C trata de um assunto altamente polêmico nos dias de hoje. Além disso vai mostrando outros como religião e fé. Nesse episódio tivemos os dois lados de tratamentos alternativos. A famosa medicina alternativa que está tão em alta atualmente. Mostraram Dr. Todd cético quanto a um possível tratamento fora dos padrões normais, mas foi linda a cena final com Cathy vindo pedir que ele apenas a apóie em sua decisão de tentar as picadas de abelha. O fato é que Cathy está certa. Todos nós vemos “milagres” acontecendo ocasionalmente nos noticiários. Pessoas que se curam com tais tratamentos, outros não; enquanto alguns se curam com os procedimentos normais e outros não. Infelizmente não temos o controle real sobre nosso futuro e isso pode ser devastador, mas a fé e a esperança devem existir e Cathy, que até então não as tinha, agora tem e o poder disso é inquestionável. Pesquisas comprovam o poder do otimismo, inclusive na cura de doenças como o câncer. E acho essencial para uma série que trata do assunto mostrar esse lado que para alguns pode parecer ficção, mas não é. Até porque a própria série mostra o lado ruim, com o marido da colega de trabalho, que como ela mesma disse, definhou com a doença e não conseguiu vencê-la.

Isto posto vejo que valeu a pena ver Cathy cometendo todas as loucuras durante os 10 primeiros episódios da série. Acho que todo mundo pôde aproveitar e foi realmente divertido. Não existem 5 fases para o luto? Devem existir fases para esse tipo de coisa também. A primeira fase é a da aceitação, a segunda é a da renovação. E já passamos por essas duas. Agora chegamos a uma terceira fase que é a da esperança. Cathy vai tentar se curar!! E isso vai ser fantástico de acompanhar. Ela tem o marido ao lado dela, cujas cenas Oliver Platt deu show ao tentar esconder do filho e deixando o garoto a pé. E eu pensei que ele iria afundar mais ainda no poço, mas foi totalmente o contrário. Paul está mais vivo do que nunca. Ele quer lutar, quer estar ali para a esposa, voltou para casa e ficará ao lado de Cathy em qualquer coisa que ela quiser. Tanto que não quer nem ir mais pescar só com Adam…tudo que a família Jamison fizer, Cathy estará presente. Contrariando o que eu pensava, a surpresa da esposa deu força a Paul e agora ele tem uma missão, um objetivo de vida. É o que deu esperanças e aumentou a fé de Cathy.

Sei que pode parecer cedo, mas quero Cynthia Nixon como personagem regular na série. Aliás, já deram um jeito para ela ficar mais perto. Agora que Rebecca irá morar na cidade estará mais próxima do que nunca. Finalmente o romance chato e bobo com Sean acabou. Sério roteiristas, dêem algo bom para o personagem. Sean está totalmente perdido na série, sem nada para fazer ou falar de interessante. Nem engraçado ele é mais. E todo o romance com Rebecca fez eu querer mais Cynthia Nixon e menos John Benjamin Hickey. Rebecca foi a outra que deu mais otimismo a Cathy após a conversa das duas no clube de strip. Novamente preciso comentar a química que Nixon e Laura Linney tem. Não é porque sou fanboy da série, mas Linney, Nixon, Platt, Gabourey Sidibe e Phyllis Somerville já tem material o suficiente para uma indicação ao Emmy bem merecida. Até Gabriel Basso cresceu de um adolescente babaca para um adolescente babaca bem simpático. Mas voltando ao strip club, foi muito divertido ver onde as três foram parar. Ainda mais ver o entusiasmo da fantástica Marlene pegando vários lollicocks e aproveitando o buffet, pois se é de graça vale a pena, não é mesmo?

E enfim tivemos a verdade sobre a maravilhosa senhora. Como todo mundo já achava, ela realmente está com Alzheimer. Mas só alguém como Marlene para aceitar do jeito que aceitou. Ela está com a doença, não pode fazer nada com isso, então vamos aproveitar o momento. É claro que ela ainda está em um estágio “tranquilo” da doença, porque quem já conviveu com portadores de Alzheimer sabe como é terrível o estágio avançado, e eu realmente não quero ver Marlene sofrer assim. E por fim no episódio tivemos Adam conhecendo uma garota. Essa tal de Mia ainda deve voltar a aparecer bastante na série. Será realmente bom e produtivo ver Adam estar com alguém que seja legal com ele como a garota parece ser, apesar dela estar errada quanto aos pais de Adam e sobre eles não ligarem para a tatuagem. Mal sabe ela que Cathy e Paul Jamison não são pessoas normais!!

Mais um ótimo episódio!! The Big C apresentou 11 de sua 1ª temporada que conseguiram mostrar o famoso humor negro e cenas sentimentais com atuações fenomenais. Não é a toa que é uma das estreias do ano mais admiradas não só pela crítica, mas pelos fãs de seriados. E semana que vem ainda temos o famoso ator de cinema Liam Neeson participando da série…mal posso esperar!!


Caio Mello

São Bento do Sul – SC

Série Favorita: Lost

Não assiste de jeito nenhum: Séries policiais

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