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The Goodwin Games – 1×07 The Box

Por: em 2 de julho de 2013

The Goodwin Games – 1×07 The Box

Por: em

É isto ai pessoal. A curta série da FOX, The Goodwin Games, acabou ontem (01/07) e deixou aquela sensação de que tudo está em aberto para uma possível virada de mesa do canal americano. Digo isto porque esta season finale resolveu tudo mas não resolveu nada, entendem? O que é bom, se pensarmos numa possível volta da série, mas também é ruim, porque se ela não voltar teremos vários plots ainda sem solução. Mas vamos ao episódio.

Como foi dito anteriormente aqui no Apaixonados por Séries esta season finale foi dirigida por ninguém mais, ninguém menos, que Neil Patrick Harris, o amado Barney Stinson de How I Met Your Mother. E com o novo diretor, podemos observar até uma mudança de dinâmica da série, com destaque para a cena inicial de Henry e sua necessidade de ser uma máquina, com shots rápidos e um bom rock farofa (a lá Barney Stinson). Me agradou o estilo de Harris em comandar este episódio, e digo, sem considerar minha enorme admiração pelo ator, que se ele dirigisse mais alguns capítulos, a série teria uma dinâmica diferente. É possível observar também algumas características de HIMYM neste episódio, mas, neste caso, graças ao roteiro de Bays e Thomas, com destaque para o high five dos casais (que ficou marcado na comédia novaiorquina com Lily e Marshall) como uma singela releitura de um dos sucessos da aclamada série. Isto, para quem é fã dos cinco amigos de Nova York, foi uma maneira de querer prender mais os olhos na curta comédia da dupla de roteiristas (e nos deixar com um carinho maior pelos Goodwins).

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Jimmy e April revistos na nova dinâmica impressa por NPH.

Nos enredos vemos, além de Henry a máquina que quebrou por exaustão, o confuso e estranho relacionamento de April e Jimmy, a instabilidade e insegurança de Chloe com Ivan e, para minha quase alegria, o “retorno” dos jogos. A palavra retorno não está entre aspas por um acaso, pois em todo o episódio imaginamos que, após mais um vídeo do Sr.Goodwin, teríamos mais alguns capítulos do tão prometido jogo entre os irmãos, mas, no final, acabamos também sem nenhuma conclusão. E, apesar de plots razoavelmente resolvidos para os casais, ficamos sem conhecer a noiva de Henry (e sem saber se rolaria um flashback com Lucinda – eu estava na torcida!), sem entender como ficou a relação de Jimmy com Hannah, Piper e Chad, onde foi parar Keeth “The Teeth” (e todos os problemas do Goodwin mais novo com a polícia) e como ficaria a vida dos irmãos após a volta a Granby. O único personagem que teve a história razoavelmente resolvida foi Chloe, que largou a vida de atriz, voltou a faculdade e arrumou um namorado. Bingo. Talvez isto tenha acontecido porque ela foi, durante estes sete episódios, a personagem que menos ofereceu algo a série. É importante reforçar aqui que o plot de Henry, apesar de inacabado, foi concluído de maneira muito sensível, ao repararmos que o excesso de trabalho do médico era sua maneira de evitar o luto pela morte do pai. Logo ele, o irmão mais racional, foi o que mais sofreu com a falta do patriarca da família. A lição que o Sr. Goodwin nos deixa ficou bem clara: não há nada mais importante do que a nossa própria família.

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Chloe e seu final feliz no melhor estilo novela das nove.

A conclusão que The Goodwin Games me deixou após o final deste episódio foi que Bays e Thomas realmente tinham planejado que a série fosse maior: ao menos 24 episódios para terminar de contar a história (e terminar o tal do jogo). Resolver tudo em um episódio simplesmente não é possível. Este foi o season finale mais estranho que já vi, porque foi bom em termos de conteúdo do episódio (talvez o melhor até então), mas não teve cara de fim. Será que foi esta a intenção de NPH, Bays e Thomas ao saberem que só teriam sete episódios? Mais um mistério fica no ar para nós e para os Goodwins. Resta despedir da curta série com um pouquinho de revolta (poxa, eu queria saber tanta coisa ainda!) mas também com um sorriso no rosto: The Goodwin Games parece aquele namoro de verão, que é bom enquanto dura, e que talvez a gente nunca saiba se um dia daria certo. Eu espero que dê.

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Os Goodwins na sua última missão: mereciam um final melhor.

Só para fechar a última review fica a pior pergunta no ar:  de onde veio o tal Elijah? Henry deve estar enfurecido com isto até agora…e eu também!


Marina Sousa

Mineira radicada em SP. Pão de queijo + séries + música. É fã de listas, maratonas e, claro, trilhas sonoras.

São Paulo/SP

Série Favorita: Friends

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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