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Episodes

Por: em 10 de janeiro de 2011

Episodes

Por: em

Qualquer série que envolve nomes de ex-Friends gerará furor e não foi diferente com Episodes. A tão aguardada série que traria de volta as telinhas Matt LeBlanc chegou, mas infelizmente não mostrou a que veio. Pitadas de humor negro, intelectualidade e um texto metalingüístico com a vida do ator, a nova série do Showtime tem um longo caminho a trilhar e talvez muita gente deixe-a sozinha nessa jornada.

Dois escritores britânicos, Sean e Beverly, bastante famosos são convidados para uma produção americana de seu show e convidados com praticamente toda a liberdade que poderia existir pelo próprio diretor da emissora. Com a proposta tentadora de viver em Los Angeles, Sean topa quase que imediatamente e mesmo que não concordando muito, o novo desafio leva Beverly a aceitar a mudança. A vida de luxo logo os aparece. Casa luxuosa, bairro fino, vizinhos famosos. Pena que tudo isso era só a fachada de uma grande jornada que estava pela frente. As mentiras contadas para conseguir levá-los para a emissora, começam a aparecer e até o ator, que estava previamente escalado, é dispensado por falta de carisma para com o público americano. Eis que surge a idéia de colocar alguém famoso, e desempregado, para interpretar o papel principal da série, Matt LeBlanc.

Essa é a premissa seguida por Episodes, que por mais que pareça simples e eficiente, tem alguns problemas. Talvez o maior deles foi que Matt LeBlanc, a estrela da série, o que fez todo o marketing e conquistou uma audiência prévia, aparece cerca de 10 segundos no episódio piloto. Nem sequer abre a boca. A cena é ínfima e não faz sentido algum para o episódio em si. Depois temos os roteiristas que tem um sotaque britânico acentuadíssimo e que em certos momentos incomodam os ouvidos. Fora que parece faltar um pouco de química entre os dois. O ritmo lento que discorreu no piloto incomoda um pouco também, ainda mais para uma comédia. E por fim, acho o máximo um ator conseguir se auto-criticar, mas em certo nível, acho que o humor negro pegou pesado, o que pode incomodar a audiência americana mais ‘certinha’.

Por outro lado, temos a divertidíssima diretora de comédia da emissora que sem nem falar, me fez rir demais. Como aquela atriz conseguiu fazer isso, eu ainda não sei, mas olhar para a cara dela me fazia rir sem parar. Teve momentos até que parei o episódio só para curtir as caras e bocas da personagem. Quando ela soltou que o ator que fazia o teste não era engraçado, eu ri alto. Ponto alto do episódio de longe. O diretor da emissora também tem sua graça, mas isso comento mais a frente. Agora, aquele porteiro foi demais. Quando a Beverly explode com ele no final do episódio foi o segundo momento que me fez rir. Muito engraçado ele perguntando sempre para os dois quem eles iam visitar.

Aí, como não queria dar minha impressão baseada somente no episódio, que eu já tinha lido em tudo que era lugar não ter sido bom, assisti ao segundo episódio também. E a coisa melhorou. Tá que todo mundo espera mais da série do Joey, aquele que já te fez rir sem parar, mas pelo menos caminhou para algo mais engraçado. E foi bom ter a presença do astro principal na sua série. Talvez só tenha me incomodado um pouco com o forte humor negro usado, mas isso já era esperado, ainda mais em uma emissora como a Showtime. Me fez rir bastante os momentos no jantar em que o diretor da emissora ficava fazendo mímicas, enquanto a esposa cega fazia um lindo discurso. E Sean começou a ter muito mais graça, até Beverly tornou-se mais suportável. E a diretora de comédia continuou calada, mas engraçadíssima.

Julgar uma série por apenas dois episódios não é algo que eu goste de fazer, mas passando minhas impressões para você leitor, tenho que assumir que esperava rir mais. É isso que sempre espero em comédias e pouco tenho conseguido. Talvez com o tempo a série acerte o passo e consiga ser uma das queridas do público americano, até porque já tem uma base de fãs que a aguarda, mas se continuar assim, difícil passar da primeira temporada e então a maldição dos ex-Friends perdurará.

Obs.: Que abertura chata!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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