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The Flash – 3×08 Invasion! (Crossover Pt. 2)

Por: em 2 de dezembro de 2016

The Flash – 3×08 Invasion! (Crossover Pt. 2)

Por: em

A primeira parte do crossover mais esperado do ano aconteceu na última terça e a gente não poderia estar mais feliz.

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Como meu amigo Alexandre está a caminho de São Paulo para a CCXP, coube a mim a missão de comentar com vocês um pouco da introdução a trama dos Dominadores que The Flash fez – e podemos dizer que foi uma ótima primeira parte. Muita gente achou que o encontro dos heróis da DC começaria em Supergirl e até começou, mas foi bem brevemente, só para que a audiência se mantivesse ligada durante os quatro dias de programação planejados pela CW. Mas, ao contrário de mim, The Flash não perdeu tempo com longas introduções, logo nos inserindo na sua trama principal, sem perder o foco dos seus próprios personagens. Nos primeiros dez minutos, vemos a invasão dos Dominadores, a convocação de todos os heróis e como a interação entre tantas personalidades diferentes pode ser bem divertida.

Acho que essa é uma das coisas que mais me agrada na abordagem que Berlanti traz para o seu universo da TV – se levar a sério, mas nem tanto assim. O alívio das cenas de Felicity ou Diggle passando mal com Flash são ótimos exemplos de bons usos deste tipo de recurso. Outro ponto que chama atenção é como um elenco tão grande consegue ter uma química excelente junto. Parecia que estávamos vendo pessoas que contracenam todos os dias, o que não acontece. Isso é realmente demais. Pensem no trabalho para essas gravações, para juntar todos os atores e a gente já começa a ficar feliz pela CW realizar um sonho como esse.

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Quanto a trama em si, é interessante perceber como ela, apesar de trazer tantos personagens, consegue evidenciar mais aqueles de The Flash. Barry é colocado como o líder de toda a ação, mesmo quando tem sua credibilidade contestado pelo seu eu do futuro – algo que a trama de Legends of Tomorrow introduziu a bastante tempo e que acabou sendo trazido a tona para conhecimento público nessa semana. Flashpoint também passou a reverberar de maneira mais abrangente quando todos ganham ciência de que Barry, por egoísmo, mudou o passado e agora alterou parte das vidas de todas aquelas pessoas. A reação de Sara Lance, a Canário Branco, é uma das que mais surte efeito na gente. Ela é uma heroína que lida com o tempo e sua preservação, então seria bem fácil mudar o destino de sua irmã, mas ela não o fez. Gosto dessa contestação que rola, até para que Barry consiga ver que é tão grande quanto qualquer um ali e que não poderá evitar que erros surjam no seu caminho.

Um personagem que teve seus momentos de destaque foi Wally West, que desde a semana passada vem lidando com o fato de ter ganhado a força de aceleração no seu organismo. Eu faço parte do time que também acha muito cedo para o garoto estar na rua e, apesar dele ter sido de grande valia em um momento crucial quando todos estavam com suas mentes controladas, logo se tornou um peso para Oliver e Barry contornarem. É óbvio que o desenvolvimento virá com o tempo e podemos esperar muito da sua parceria com HR, por isso tudo que quero é que o roteiro tenha calma e não passe a forçar situações demais para que essa evolução aconteça a qualquer preço.

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Outro ponto bastante trabalhado nesses primeiros 40 minutos do encontrão foi a crise na amizade entre Barry e Cisco. É bem complicado dizer qualquer coisa, porque sabemos que os dois lados tem seus motivos. Enquanto Barry foi egoísta demais para entender que seus atos poderiam afetar a vida das pessoas próximas dele, Cisco só consegue enxergar a morte do irmão como culpa de tudo isso, sendo que o mesmo poderia morrer, de qualquer maneira, sem a alteração do passado. Talvez seja mais uma questão de tempo para que tudo comece a se encaixar para os dois ou eles precisam se afastar mesmo para que as coisas fiquem mais claras.

Mudando de alhos para bugalhos: o grande momento do episódio veio do controle mental exercido pelos Dominadores e como os heróis ficaram uns contra os outros. Que cenas incríveis, que coreografias bem feitas. Eu não consigo imaginar uma melhor maneira de ver tudo aquilo se desenvolvendo e, por isso, agradeço demais a Berlanti e companhia por realizarem algo tão grande e envolvendo tantos atores assim. O bom é que, quando a gente pensa que está tudo bem e a ameaça está levemente controlada, surge uma nave e abduz metade dos personagens, deixando a gente com a cara na poeira e sem nem saber o que pensar.

O jeito vai ser assistir Arrow para saber o que vai rolar! Encontro vocês por lá.

Na semana que vem, Alexandre está de volta para fechar essa primeira parte da terceira temporada com vocês. Caprichem nos comentários.

Outros comentários:

  • Stein também teve sua vida alterada por Flashpoint. Agora ele tem uma filha, mesmo que a gente não tenha a menor ideia do que isso possa significar.
  • Adorei a participação da Lyla e como ela está envolvida com tudo que rola no universo DC.
  • Sequestraram o presidente, já era.
  • Diggle vomitando depois de ser carregado por Barry: melhor cena.
  • Kara simpática e Oliver carrancudo, que dupla maravilhosa.

Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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