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The Vampire Diaries – 8×07 The Next Time I Hurt Somebody, It Could Be You (Fall Finale)

Por: em 18 de dezembro de 2016

The Vampire Diaries – 8×07 The Next Time I Hurt Somebody, It Could Be You (Fall Finale)

Por: em

Só queria contar que eu esqueci completamente deste episódio de The Vampire Diaries e, por isso, que essa review está saindo tão atrasada.

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Despedindo-se de 2016, ganhamos um sétimo episódio que revisitou o passado de uma maneira inesperada, mas que usou como artifício uma das tramas mais recorrentes da série ao longo de seus oito anos: a tormenta de Stefan. Não que seja algo de todo ruim, até porque o personagem é um dos mais ricos que temos atualmente e toda vez que tocamos nesta ferida, acabamos descobrindo algo novo, mas que o roteiro poderia ser um pouco mais surpreendente para a temporada final, isso podia. Ver o estripador de volta será magnifico, mas espero, de verdade, que não tenhamos uma longa luta do personagem para retomar a sua humanidade depois do ano de sua vida que entregou nas mãos de Cade – demônio em carne e osso que, diferente do que disse no meu último texto, mostrou muito para o que veio e como sua história sempre esteve a espreita, esperando para ser contada.

Adorei saber que Seline já fez parte da trajetória de Stefan, de verdade. Quando pensamos em um vampiro como ele, que fez tudo que fez, é quase que impossível não pensar que o demônio estava a caça de sua alma – seria, no mínimo, incoerente com tudo que estamos contando neste oitavo ano. Ao descobrir isso, ganhamos novas cores para a entrega do vampiro, para o tormento que ele tem dentro de si: no fundo, Stefan nunca foi mal – ele é um produto da sobrevivência, do instinto. E a gente sabe isso por tudo que vimos ele passar, por toda a sua dualidade entre fazer o que é certo e salvar aqueles que ama. Por isso, eu odeio a maneira que Cade o culpa por tudo que aconteceu na vida de Elena. Não podemos ser deterministas ao ponto de pensar que foi o vampiro que trouxe o mar de coisas ruins para a vida da garota. Ela teve escolha e as fez consciente do que viria pela frente. Não tem cabimento, mas é mais uma culpa que ele carrega daqui para frente, o que pode/deve ser explorado com a volta de Nina Dobrev, dada como certa por muitos que acompanham os bastidores da emissora.

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O acordo que vimos acontecer entre Stefan e Cade é uma faixada que provavelmente não dará certo. Seja pelo fato do Salvatore não conseguir retomar sua humanidade, seja por Cade decidir que quer mais dos seus “servos”. Não consigo ver a maneira que a série contará esta trama daqui para frente, mas um caminho viável seria uma passagem brusca de tempo, para mostrar como tudo estará um ano depois dos últimos fatos que acompanhamos. Por hora, nos resta esperar pelo show do Stefan estripador, agora ao lado do seu irmão, aparentemente fiel – alguém entendeu o lance dele matar Sybil? Ela ainda tem o acordo de imortalidade? Fiquei em dúvida, confesso.

Agora vale falar que fiquei com uma pena absurda de Caroline. Quando ela finalmente se viu mais perto de um final feliz, observou ele se despedaçando em sua frente. Seu noive ficará fora por um ano, entregando almas para o demônio. Suas filhas precisam ficar longe, como uma maneira de garantir a integridade das pequenas. Se, por muito tempo, vimos Bonnie longe de todo mundo e sozinha, parece que essa vestimenta cairá bem em Carol agora, que terá que enfrentar alguns bons tormentos esperando a chance de uma vida normal com aquele que ama.

O episódio também foi bastante revelador para Matt, que teve que engolir um bom pedaço da torta de climão que Damon armou entre ele e seu pai. A gente já sabia que a história dos dois era muito superficial e que, dificilmente, teria um acerto simples no caminho. O cara abandonou a família por anos e depois ressurgiu, como se nada tivesse acontecido. Com justificativas superficiais, ficou bem claro de perceber que ele tinha feito uma escolha e que o arrependimento que hoje demonstra, não era nem um pouco notável no passado. Abandonou por medo, enquanto os filhos pediam por um pai presente e nunca tiveram. Foi pesado, mas importante para colocar as coisas em pratos limpos e, talvez, tentar recomeçar. Ou talvez parar por aqui, mas tendo a certeza da verdade.

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E sabe, eu sou muito frouxo quando falamos em redenção. Acredito muito que todo personagem tem um longo caminho para se redimir, mas que isso é possível sim. Por isso, adorei a maneira que o roteiro colocou Seline, não como vítima, mas como alguém que busca a redenção para sobreviver – claro, uma maneira egoísta, mas ainda assim válida. Deixada de lado no acordo que Sybil fez, sua morte significa uma passagem só de ida para o inferno, o que ela não quer. Então, para tentar livrar um pouco do carma que ganhou ao longo da vida, ela está buscando desfazer o que ainda pode, como a conexão psíquica que estabeleceu com as gêmeas. Achei bonito e confesso que cheguei a me emocionar com a breve despedida. No fundo, Seline é mais uma vítima, como Stefan, que acabou sem escolha para sobreviver.

E assim encerramos nosso ano em The Vampire Diaries. Voltamos no dia 13 de janeiro, com a metade final desta última temporada. Eu ainda não estou preparado para me despedir, mas é um processo que vem se consumando com o tempo. Um ótimo Natal para todos vocês, uma excelente virada de ano, obrigado pela companhia e nos vemos em muito breve!

 


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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