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The Voice Brasil – 4×13 Final

Por: em 26 de dezembro de 2015

The Voice Brasil – 4×13 Final

Por: em

Primeiramente, Feliz Natal!

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E na noite de comemorações natalinas, coroamos a voz vencedora de uma temporada bastante controversa de The Voice Brasil. Devo dizer que gostei bastante da estrutura preparada para essa final, principalmente quanto a questão de dinâmicas de apresentação. Desde o início da fase ao vivo, venho sentindo muita falta da participação dos técnicos nas apresentações, fazendo com que o dueto da final caísse muito bem para a ocasião – também tivemos apresentações individuais deles, que pouco valem ser comentadas (nem sei explicar para vocês o tanto de vergonha alheia que senti quando Lulu Santos começou a cantar “Analisando essa cadeia hereditária/quero me livrar dessa situação precária”).

Rolaram também alguns números musicais com os auxiliares dos técnicos (Luiza Possi, Di Ferrero e Rogério Flausino), além da premiada no concurso cultural do Caldeirão do Huck, que teve a oportunidade de mostrar sua voz mais uma vez para o Brasil, agora ao lado de Alexandre Pires (e, convenhamos, ela era melhor que alguns finalistas). No repertório, algumas decepções. A força vocal de Renato foi colocada de lado em um número individual morno e Lulu Santos preferiu dancinhas a qualidade de Ayrton em um dueto bem fraco. Do resultado, acredito que ninguém esperava nada diferente, com a coroação daquele que foi o grande nome da temporada na internet e já gritava campeão desde a fase das Batalhas. Saudemos Renato Vianna, campeão da 4ª temporada.

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Como hoje os times se limitavam a um único candidato, mudemos um pouco a dinâmica da nossa review. Vou comentar as apresentações de cada um deles (individual e dueto) por ordem de relevância, o que nos leva diretamente a chegada de Junior Lord a essa final. Não existe justificativa plausível para a presença de Lord aqui. Sua baixa qualidade vocal e pouquíssimo apelo diante dos demais, comprovam que o que o levou tão longe foi sua influência no meio virtual. Salvo quase que sempre pelo público, o último dos homens de Brown configurou o lugar cativo que temos para candidatos que chegam longe por apelo público. E todo mundo ali sabia disso. Tiago Leifert ressaltou muito da sua evolução e aprendizado, mostrando que isso era o que ele tinha que levar. Se todo mundo aplaudiu nas últimas semanas, a audiência foi bastante contida dessa vez. Seu dueto com Brown foi fraco e sua apresentação individual mais ainda, colocando um dos clássicos da nossa música num lugar horrível para a sua voz. O fato é: Lord nunca teve voz para ganhar a competição. Leve o aprendizado e fique feliz.

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A noite nos reservou também a transformação de Nikki, que passou de menina do cabelo rosa a cosplay definitivo de Jessie J. Mostrar sua real faceta durante a final foi um recurso apelativo e extremamente impensado, pelo menos eu vejo assim. Ela desconstruiu com sua identidade visual completamente – fazendo difícil até entender quem estava ali cantando (minha mãe foi na cozinha durante a primeira apresentação da finalista de Claudia Milk, quando voltou e viu a menina cantando, perguntou quem era aquela menina que ela nem tinha visto durante a temporada toda!). Combinou com seu pout-pourri de Raul Seixas? Sem dúvidas. Mas ainda assim, apelativo. Não sei se tô viajando, mas acho que foi a primeira vez que ela cantou em português na fase ao vivo, o que demonstra coragem por parte dela em arriscar nesse ponto do jogo. Sua apresentação com Milk foi mais bacana e conseguiu encerrar bem seu emblemático ciclo na temporada.

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Nosso menino Ayrton foi subexplorado. Cantando “Fascinação”, ele simplesmente arrasou, mas deixou um gostinho de que poderia vir muito mais. No seu dueto com Lulu, uma grande decepção – o técnico investiu em uma música dançante que pouco combinava com o estilo que seu candidato se propôs a representar no programa, mesmo Ayrton aparentar estar curtindo bastante o momento. O grande pesar é que a vertente que o finalista de Lulu prega é pouco prestigiada no cenário nacional. Não há dúvidas sobre sua qualidade vocal ou sua presença de palco. Jovem e inexperiente, ele se mostrou um dos melhores candidatos e, com certeza, marcou seu nome na história do programa.

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Por fim, o campeão. Não havia dúvidas de que Renato levaria a temporada depois da sua apresentação na fase das Batalhas. Teló tirou a sorte grande quando foi escolhido pelo candidato e levantou o troféu em sua temporada de estreia. Com um grande público virtual, Renato não só venceu, como também levou 56% dos votos totais, considerando que a porcentagem foi dividida por 4 candidatos. Sua apresentação final não foi João de Barro, como muitos dos seus fãs esperavam. Numa interpretação morna de ‘Por Enquanto’, ele já levantava gritos de “É Campeão”. Seu destaque ficou mesmo para o dueto com Teló, que botou tudo para quebrar. Aplaudidos de pé, os dois já sabiam qual seria o resultado da noite – não é a toa que a Globo deixou o candidato para fechar a noite. E, vamos combinar, foi um resultado justo.

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Espero que Renato faça sucesso na sua carreira daqui para frente e que a internet continue o apoiando, assim como fez durante toda a temporada. Prestigiem também os candidatos que não se deram também, para quem sabe dar uma sobrevida a esse momento de fama que eles estão vivendo. Com isso, encerramos a cobertura dessa temporada do reality, onde o saldo não foi dos melhores, porém nos divertimos bastante. Para os viciados em atrações musicais, é só piscar que logo temos a estreia do The Voice Kids, no dia 3 de janeiro.

Obrigado pela companhia, uma excelente virada de ano para todos e até a próxima!

Fotos: GShow.


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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