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The Voice Brasil – 5×03/5×04 Audições às Cegas 3 e 4

Por: em 28 de outubro de 2016

The Voice Brasil – 5×03/5×04 Audições às Cegas 3 e 4

Por: em

Mais duas semanas de audições e os times começam a tomar formas mais exatas dentro da competição.

O que é palpável nessa temporada é o esgotamento do formato com a bancada atual, que grita por renovação, sendo a mais urgente a de Lulu Santos. Espero que a Globo perceba isso logo e faça a troca. Isso já daria uma boa levantada no programa e traria a sensação de novidade que a gente precisa. Outro pecado é a falta de competição entre os técnicos que, mesmo depois de 5 temporadas, ainda brigam como se estivessem na pré-escola.

Quanto às audições, tivemos coisas bem diversificadas. Bora dar uma olhada juntos!

 

Audições às Cegas – Noite 3 (20/10)

Vou falar para vocês que embalei nas reviews musicais por aqui e quando comecei a ouvir a primeira das audições da competição brasileira dessa semana, achei que ainda estava ouvindo as apresentações da versão americana. Lumi mandou bem demais com sua apresentação de “Cheerleader”, uma música super animada e cumpre o spot perfeito de abertura do programa. O nigeriano até que manda um português bem razoável e fiquei ansioso para ver do que ele pode ser capaz nas próximas fases do programa. A escolha por Claudia foi interessante, ainda mais ela que tem essa pegada de fazer parcerias com grandes cantores latinos. Vamos ver o que os dois podem fazer juntos.

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Anna Akisue arriscou com a interpretação de “Apenas mais uma de amor”, canção do técnico Lulu Santos. Modelou a melodia para encaixar com sua voz e conseguiu fazer um bom trabalho, garantindo pelo menos um lugar no time do técnico que escreveu a música – o que deveria ser a maior honra para alguém que interpreta uma música do seu ídolo. A grande questão é que eu fico tão bodeado com Lulu e toda a sua pretensão que acho que as pessoas tem mais azar do que sorte ao ir para seu time. Depois foi a vez de D’Lara e seu poprock alternativo, que chegou metendo toda uma banca de filósofa da música e como ela não é uma entusiasta apenas – o que seria linda, se não me desse preguiça. Sempre que rola essas pegadas mais diferentes dos campos dos técnicos, o candidato acaba no time de Brown, o que acabou acontecendo. Ajaiô para ela.

A baiana Brena tentou a sorte no programa cantando uma MPB gostosa e mostrou seu vozeirão nas nuances de uma música pouco conhecida pelo público. O que me incomodou foi que a menina era séria demais. O povo lá se matando para chamar ela para o time e ela fazer poker face, dou conta não. No final, ela acabou escolhendo o Teló, o que me pareceu bem estratégico, considerando que ele foi campeão na última temporada. Sabe uma coisa que me irrita nessa vida? Ver qualquer pessoa cantando “Listen” que não seja a Beyoncé. Parecia tudo tão errado com a interpretação de Cammie, que eu só queria que acabasse logo. Agradeço por ela ter cantando a letra certa, não ter feito tanta firula com a voz, mas nunca mais cante isso, filhota. Vai com Deus para o time de Lulu.

Depois foi a vez de Nira Duarte, que chegou com cara de cantora pop, mas mandou um Calypso para agitar a galera que estava presente nas gravações. Eu não curto muito esse estilo de música, então fiquei bem indiferente com a aprovação. O que me marcou foi a semelhança entre a voz dela e de Joelma (feche os olhos enquanto assiste ao vídeo – você quase ouve ela gritando “calypsoooooooooo” e batendo cabelo”. Sabe a sensação que tive quando ouvi Matheus Bastos cantando? Parecia um locutor de promoção de supermercado cantando sertanejo universitário. Eu, com toda minha experiência e inserção no mundo sertanejo, vi muita gente cantando mal (e até fazendo sucesso), mas Matheus estava em um outro nível de falta de habilidade. Uma pena, adoro a música.

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Para salvar a nação sertaneja, vos apresento Bruno Gadiol. O menino fez tudo certinho, tem um baita carisma e pode ser exatamente o que o programa precisa para dar uma alavancada nessa fraca temporada. Não esperava que os outros técnicos entrassem nessa briga, que claramente já tinha a vitória de Teló cantada desde o começo. Depois foi a hora da gente querer que o dia termine bem juntinho de Camila Matoso, que fez uma interpretação gostosa de um clássico dos karaokês brasileiros e conseguiu ganhar várias cadeiras virando.

Ela escolheu o pior técnico? Escolheu. Mas a gente torce mesmo assim, vai. Fabiane me ganhou já no primeiro verso, porque eu simplesmente amo essa música (e passei o dia cantando ela). Gostei bastante do seu timbre, da sua simpatia e das possibilidades que ela tem de desenvolvimento no programa. Excelente adição ao time de Lulu (infelizmente). E já que era para apostar em clássicos, não podia faltar “Coleção”, né mesmo? Então você irá pensar, como eu sonhei em vão, porque essa apresentação foi bem bizarra. Kassia tem uma voz grave demais para essa música, não combinou e me lembrou muito aquela menina que foi super hypada na última temporada por ter uma voz grossa e, na primeira chance, foi eliminada. Boa sorte no time de Claudia.

 

Audições às Cegas – Noite 4 (27/10)

A noite do dia 27 começou muito bem com Gabriela Ferreira. Mesmo eu sendo bem contrário a audições com músicas gringas, a menina de apenas 17 anos pegou uma canção difícil pra caramba e super conhecida, mas conseguiu colocar uma marca e fazer uma bela apresentação. Fica difícil entender para onde Gabriela quer ir, mas seu carisma contagiante pode ser o suficiente para mantê-la no time de Lulu até descobrirmos isso. E eu, eu o que? Gostava tanto de vocêeeeee! Curto assim, quando o povo escolhe umas músicas para a gente levantar do sofá na sala e fazer o controle de microfone. Danilo Franco aposto no swing e potência da sua voz, garantindo todas as cadeiras. Esse menino é muito forte e tem uma extensão vocal que pode levá-lo muito longe na competição. Sorte de Claudinha que levou a melhor na briga pelo candidato.

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Olha aí, Brasil! É disso que estou falando. Queremos Senhora do Destino, queremos lembrar de Maria do Carmo com as criança tudo debaixo do braço e gritar “lerereleeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee”. Ariel sofreu para virar uma cadeira porque fez uma apresentação um pouco abaixo do tom e bem dentro da caixinha. O projeto pessoal da cantora é incrível e tomara que ela tenha espaço para crescer no time de Brown. Olha Etta James marcando presença no The Voice Brasil de novo. Eu não estava entendendo porque nenhum dos técnicos tinha virado para Nanda Loren, até que, finalmente, eles começaram a se mexer. Ela fez uma belíssima apresentação de um clássico e conseguiu colocar todo seu potencial na música. Sem nem o que dizer, só sentir mesmo.

Eu ando falando tão mal do programa, que eles decidiram me conquistar pelas músicas escolhidas, certeza. Matheus Santanielli mandou muito bem escolhendo uma das canções mais famosas de Luan Santana para iniciar seu percurso dentro do programa. Achei que o tom não combinou muito, mas não chegou a me incomodar. Ele é novo e tem muito o que aprender. Se é para seguir no sertanejo, a escolha por Teló não poderia ser mais acertada. Daí vem Lanna Rodrigues, deixa a gente com sono e vai para o time de Lulu. Passo. Tem um negócio importante em ver The Voice Brasil: se não tiver “Força Estranha”, falta alguma coisa. E essa música é aquelas que todo mundo ama cantar com vontade, mesmo sem saber a letra toda. Gabi D’Paula deu uma roupagem de jazz/blues para a canção e conseguiu chamar bastante atenção dos técnicos. Que seja grande no time de Brown.

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Achei Carol Vianna bem mais do mesmo, sem grandes momentos no palco ou com um baita potencial para o futuro. Mas ela tem um rostinho que ajuda no mundo da música, não é mesmo? Então deixa ela tentar a sorte no time de Teló e quem sabe a gente se surpreende no futuro. Depois foi a vez de Kiko Britez, que trouxe um dos maiores sucessos do Jota Quest, em uma apresentação pouco empolgante – ainda assim suficiente para garantir um lugar no time de Lulu. Para fechar a noite, Amanda Lince trouxe para gente uma das músicas mais cantadas atualmente, sucesso sertanejo de Marília Mendonça (que eu amo), e, olha, foi bem incrível. Ao mesmo tempo que fico bravo de nenhum dos outros técnicos virar, fico baita feliz que ela vai para as mãos de alguém que sabe o que estará fazendo. Ansioso demais pela batalha dessa menina.

 


E aí, curtindo essa nova temporada? Achando fraca? Conta para a gente sua opinião!

Nos encontramos na próxima semana!

 

 


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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