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Agent’s of S.H.I.E.L.D.- 3×12 The Inside Man / 3×13 Parting Shot

Por: em 25 de março de 2016

Agent’s of S.H.I.E.L.D.- 3×12 The Inside Man / 3×13 Parting Shot

Por: em

Essas ultimas semanas, por conta de alguns problemas no site e uma necessidade de estudar maior que o usual, eu acabei optando por trabalhar a resenha de Agent’s of S.H.I.E.L.D. em combo – aproveitando para ficar em dia com vocês e colocar tudo em ordem novamente! E,por conta do que vimos na última terça (22) meu trabalho ficou bem mais difícil – muitos sentimentos envolvidos! Como de costume, vou tentar mitigar tudo para vocês. Então falarei separadamente sobre The Inside Man e Parting Shot, ok? Da a mão aqui e vem comigo!

3×13 – The Inside Man

O 13º episódio da temporada resolveu abordar algo que parece ser um dos focos da série atualmente, bem como do MCU (vide a aproximação de Capitão América: Guerra Civil) – leia-se a forma que os governos estão lidando com a realidade de indivíduos superpoderosos vivendo na sociedade. Essa problemática é sempre trazida em qualquer história que envolva super heróis, e sempre acaba dando margem para um desenvolvimento interessante.

Apesar disso, The Inside Man não se apegou nessa ideia e mesmo mostrando um plot muito parecido com o próximo blockbuster da Marvel, Agent’s of S.H.I.E.L.D. deixa clara a vontade de deixar os Inumanos em segredo, para que ninguém mais dentro do universo cinemático Marvel saiba da existência deles. Essa é uma controvérsia que nasceu desde que os descendentes dos experimentos Krees começaram a ser trabalhados na série. Ora, há a promessa de um filme sobre eles e parece que nada disso que estamos vendo será levado em consideração. Uma pena.

Toda essa situação me faz lembrar um pouco da primeira temporada, quando a série ficou um pouco perdida entre mostrar uma equipe de profissionais da agência ou um time para operações secretas sob o comando de um Coulson que ninguém sabia como poderia estar vivo depois de Vingadores. Os inumanos estão fazendo a série patinar novamente, a despeito de terem sido uma das maiores promessas da série desde a transformação de Skye no memorável What They Become.

Há uma desconexa abordagem de que os Inumanos são uma séria ameaça – fazendo surgir inclusive grupos que tecem discurso de ódio à eles na internet e ao simpósio entre vários governos – com o fato dessa reunião ser algo pequena e secreta. Vocês conseguem entender o que quero dizer? Ora, como esses seres podem ser tão relevantes a ponto de pessoas estarem com medo e na hora em que há uma reunião para promover o debate vemos apenas aquele coquetelzinho com meia dúzia de gatos pingados. Lembrando que em Laws of Nature, o presidente Ellis fez um pronunciamento à toda a nação sobre isso, algo que certamente também teria um forte impacto mundial, declarando algo que soou como “Os inumanos são uma grande questão…Mas não tão grande para se ouvir deles nas outras produções da Marvel”. RS.

Deixando bem claro que não acho que a Daisy ou a May precisem aparecer nos cinemas ou algo do gênero. Mas acho que falta um pouco do capricho que vimos em Demolidor e Jessica Jones – existe um enorme abismo de qualidade entre elas e sim, isso me incomoda um pouco. Seria bom, por exemplo, no contexto da Guerra Civil e do Pacto de Sokovia que virá para tentar registrar os seres com poderes, fosse mencionada a existência de outros que não os Vingadores. Lembrando que alem dos inumanos temos todos os outros que pipocarão nos cinemas e na televisão (incluindo Netflix) em breve. Na minha opinião, seria o mínimo para fazer a existência do MCU mais coerente.

Voltando a falar sobre The Inside Man, estamos em um período da temporada onde infelizmente começam aparecer aquele sentimento de filler – não que isso tenha impedido ótimos momentos para os espectadores – mas em um contexto geral foi um dos mais fracos até aqui.

Um dos personagens mais comentados da última temporada (pela sua menção em Demolidor) voltou a dar as caras. Mas a ideia de ter o Homem Absorvente novamente em Agent’s of S.H.I.E.L.D. foi melhor do que na prática. Todo o retorno dele, o fato de ser guarda costas de Talbot e a possibilidade de o sangue dele funcionar como uma cura para a Terrigênese realmente devem ter parecido ideias muito boas no papel. Mas quando vistas em cena não foi algo que me convenceu muito. Talvez seja pela falta de uma conexão maior com Creel, que tem potencial de ser trabalhado melhor – ainda mais com tudo que aconteceu em Parting Shot...A existência de uma pessoa com poderes não inumana é um bom exemplo para trabalhar um pouco mais em cima dos problemas que eu comentei ali em cima.

Ainda sobre Talbot, eu gosto bastante da relação dele com Coulson. Adrian Pasdar é ótimo e tem um timing muito bom em cena. Eu gostaria de vê-lo como regular em Agent’s of S.H.I.E.L.D., acho que a série só teria a crescer com isso. A “traição” do comandante interino da ATCU veio como um bom artifício (mesmo que previsível) para trazer um pouco mais de suspense e até bons momentos de humor entre ele e Coulson, dando mais profundidade que a princípio poderia ter sido descartável.

A despeito das minhas reclamações, o seriado parece estar no caminho certo com o seu vilão. Ainda não sabemos muito bem o que é ou o que deseja a entidade Hive. O fato dela considerar Grant Ward um hospedeiro ideal dá à Brett Dalton a oportunidade de entregar até agora uma potencial ameaça perfeita. Um alienígena, assustador, que se mostra poderoso mesmo em sua enfraquecida condição. Já disse isso mais de uma vez nas minhas reviews de Agent’s of S.H.I.E.L.D.: Desde que Ward foi descoberto como HYDRA, Dalton conseguiu dar diversas camadas que fizeram seu ex- agente passar de um inexpressivo personagem para algo muito mais interessante. Ora, ele já foi um agente de elite da S.H.I.E.L.D., um traidor, líder da HYDRA e agora um poderoso alienígena. (Versatilidade, a gente vê por aqui!).

3×14 – Parting Shot

Ato contínuo aos acontecimentos de The Inside Man, sob ordens de Coulson, Bobbi e Hunter se esgueiram no jatinho em que Malick viaja com o representante do governo russo que estava no simpósio sobre inumanos. Em nenhum momento, quando comecei a assistir ao episódio, eu pensei que ele traria uma das sequências mais emocionais da série até aqui. Estava tudo conjecturando para ser mais um capítulo, já que focaria em uma operação de espionagem, mas nada poderia ter me preparado para o que viria a seguir.

É bem difícil organizar os meus sentimentos para escrever sobre o acontecimento dessas semanas. Fiquei um bom tempo me remoendo para entender o que eu estava sentindo depois de Parting Short. Se desconsiderarmos que ele é mais um episódio de Agent’s of S.H.I.E.L.D. e o analisarmos pelo que ele realmente representou, ou seja, um prelúdio para Most Wanted – a próxima série da Marvel para TV – o tom muda completamente.

A construção da narrativa alternando os interrogatórios com os acontecimentos dentro daquele estabelecimento russo foi até interessante. Nós não sabíamos o que havia acontecido, apenas que Bobbi e Hunter estavam em apuros por seguirem as ordens de Coulson em se infiltrar em outro país para ficar na cola de Mallick. Poderia dizer que até pode ser sido incongruente deixar de lado os Guerreiros Secretos e a Hive nessa semana, mas nada disso acabou importando ao final dos 40 minutos corridos até os créditos.A melhor coisa a se fazer nesta resenha é – dessa vez – considerar Parting Shot como um episódio independente do resto da temporada.

Com isso em mente, o capítulo seguiu basicamente Bobbi e Hunter, para depois colocar o resto do time em ação. Como vimos em The Inside Man, a proposta de criar um santuário (mais para uma prisão) para inumanos continuou a pleno vapor com Mallick. O ex-membro do Conselho de Segurança Mundial vai até a Sibéria na intenção de matar o Primeiro Ministro da Russa e substituí-lo por um dos seus generais, que obviamente, é um poderoso inumano. Todo esse cenário – alternado com o interrogatório -foi obviamente construído para Bobbi e Hunter poderem mostrar como funcionam juntos em campo e provar o sentimento deles um pelo outro.

O anúncio de Most Wanted veio acompanhado por um sentimento de desconfiança, já que parecia que veríamos apenas a S.H.I.E.L.D. por outra perspectiva, levando embora dois excelentes personagens. Porém, ao que tudo indica o tom do novo spin-off será completamente diferente da sua série irmã. Pelo menos foi isso que sinalizou o que vimos na última terça, ou seja, Bobbi e Hunter sairão de cena para trabalhar em algo mais próximo de uma história de espionagem tradicional a que estamos acostumados. Se isso vai funcionar ou não, nós ainda não sabemos, mas as últimas novidades mostram que poderemos dar uma chance também – caso não dê certo, estaremos sempre de braços abertos para eles, não é?

Voltando a falar dos acontecimentos, eu não entendi muito bem porquê a morte daqueles russos causou tanta comoção – fazendo, inclusive, o presidente dos Estados Unidos se deslocar até lá. O desligamento de Bobbi e Hunter da S.H.I.E.L.D. foi tida como única opção para evitar um incidente diplomático, até porque admitir que eles estavam ali pela agência não seria uma opção. Não ficou muito bem explicado o motivo do Primeiro Ministro Russo se portar daquela maneira, deixando para nós o dever de supor que seja por conta de tudo que está acontecendo no MCU. Veremos em Guerra Civil a preocupação dos países em ter algum tipo de controle sobre as atividades das pessoas com poderes, para mim isso serve bem como argumento da animosidade de Yuri em relação ao acontecido dentro de suas fronteiras (adorei os dois se chamando pelo primeiro nome). Mesmo assim, ele sabia que tinha sido salvo por Bobbi e Hunter – achei exagerado e até um pouco forçada a intransigência dele em dialogar. Mas tudo bem, Agent’s of S.H.I.E.L.D. nunca teve um primor de roteiro. As coisas são porque elas são.

Bom, tudo isso sendo dito, volto a afirmar que o que vimos na conclusão de Parting Shot foi um dos momentos mais emotivos da série em todas as suas temporadas. A abnegação de Bobbi e Hunter de se sacrificarem pelos colegas, o sentimento de impotência nos olhos de Coulson ao ver que não poderia fazer nada para reverter a situação e a tristeza do restante da equipe em ter que deixar o casal partir sem poder se despedir. Meu coração foi ficando apertado e o tiro mesmo veio naquela cena do bar.

Fico até arrepiada de lembrar o que eu vi. A conclusão do episódio foi linda, mostrando como aqueles dois eram realmente importantes para cada um dos seus colegas. Deu um nó na garganta em ver todos ali sem poder se abraçar. O brinde final, com lagrimas nos olhos foi de desmanchar qualquer pessoa e confesso que fiquei também com os meus mareados. E o Mack? Coitado, que dó… Ai gente, não sei mais o que escrever. Foi tudo melancólico, mas ao mesmo tempo bonito e emocionante. Apesar dos seus erros, Agent’s of S.H.I.E.L.D. proporcionou uma despedida maravilhosa para dois queridos personagens.

Fique agora com a promo de Watchdogs, que vai ao ar dia 29 de março:

E você, como está se sentido? Quer um abraço? Fique a vontade para desabafar e comentar as suas impressões sobre os episódios!


Área reservada para Marvelmaníacos:

– A questão da cura para os inumanos é algo que sempre é trabalhado dentro do universo Marvel. No caso, nós já vimos essa problemática amplamente explorada com os mutantes. É interessante ver como a Casa de Ideias prova mais uma vez que os Inumanos vieram para substituir Wolverine e sua turma no MCU, já que os direitos dos mesmos não devem deixar a Fox tão cedo.

– Uma forma de aprofundar o debate sobre a possibilidade dessa cura ou não, seria Daisy se posicionar de forma mais radical contra ela. A jovem já deu indícios de que não está nada feliz com essa história e não sei se isso pode fazer com que a Hive se aproxime dela em algum momento.

– Será que vão explicar o que acontece quando a Hive solta aquela poeira louca do corpo?

– O inumano interpretado por Mark Decascos parece estar cada vez mais incomodado com a sua atuação ao lado de Mallick e da Hive. Seria legal ver ele se bandear para o lado da S.H.I.E.L.D.

– Não entendi muito bem de onde está vindo o descontrole de Lincoln sobre os seus poderes? Ele sempre foi muito maduro e racional… Será que ele vai tomar a cura?

The Inside Man pode ter introduzido mais um inumano na série. Eden Fesi, que utiliza o codinome Dobra, não apareceu mas foi easter-egg, no documento encontrado na sala da delegada australiana Helen King, durante o grande simpósio que Coulson e Talbot participaram. O documento detalha um Inumano que King teve em custódia para experimentos. Durante a conclusão do episódio, May conta para Coulson que os agentes da S.H.I.E.L.D. na Austrália conseguiram capturar Eden, agora sedado e em recuperação.

Dobra

– Nos quadrinhos, Dobra é proveniente de uma das tribos aborígene e tem o poder de teleporte espacial. Isso significa que ele pode abrir tempo e espaço para criar um portal conectando dois locais. Como um membro dos Guerreiros Secretos, ele se provou vital para várias das missões do grupo, principalmente para fugas. Aliás, ele é mais um mutante adaptado para inumano. Os poderes do Dobra nos quadrinhos partem de uma mutação, e ele aprende a controlar seus poderes treinando com o mutante Gateway, um velho aliado dos X-Men. Como a maioria do mutantes nas mídias televisivas e cinematográficas estão sobre o controle da Fox, era de se assumir que isso também se aplicaria ao Eden. O fato de o Dobra nunca ter feito parte do time dos X-Men e já ter ajudado os Vingadores pode significar que seus direitos estão com a Marvel, ou que estão, pelo menos, compartilhados, como o caso do Mercúrio e da Feiticeira Escarlate.

– A Hive então se alimenta de humanos…eca! Pelo menos agora Ward não é mais um zumbi!

– Sobre Most Wanted, logo depois do episódio foi liberada a primeira logo oficial e a escalação de mais dois atores: Oded Fehr e Fernanda Andrade. (Sim! Uma brasileira):

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– Falando em Brasil, vimos referências ao nosso país quando Fitz comenta sobre um documentário que assistiu da Amazônia, uma estadia no Hotel Ceasar Palace em Ipanema e por que não acreditar que o ‘de nada’ da Daisy também foi em português?

– Amadeus Ravenclaw Hunter é o melhor codinome! Hahaha

– Está tudo conectado:

bobbi

“He was just doing his job.”
“So was Stalin.”

“The letter that looks like New Hampshire with legs: that’s D, right?” . Daisy com dificuldades em Russo.

“They did that for S.H.I.E.L.D. They did that for us. And they paid the price.” . =(

– Na Review passada eu cogitei que Hunter e Bobbi se envolveriam de alguma forma em uma eventual morte do presidente. Não foi ele, mas foi mais ou menos por algo do gênero que eles vão deixar a S.H.I.E.L.D.

– Depois de finalizar de uma forma linda, eles quiseram proporcionar o que com aquela cena pós créditos?

– Que tal chorar mais um pouquinho:

De acordo com sites, fãs e críticos, essa foi a cena mais emocional de Agents Of SHIELD. E nós estamos 100% de acordo :'(

Publicado por Agents Of Shield Brasil em Quinta, 24 de março de 2016

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Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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