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Luke Cage – 1×10 Take It Personal

Por: em 2 de outubro de 2016

Luke Cage – 1×10 Take It Personal

Por: em

Entrando oficialmente em sua reta final, Luke Cage apresenta um episódio repleto de revelações e momentos eletrizantes. As cenas iniciais já deixavam claro que Take It Personal não vinha para brincadeiras. Após os acontecimentos de DWYCK, Claire e Burstein tentavam desesperadamente salvar a vida de Luke, recorrendo a todo tipo de método nada ortodoxo e evidenciando mais uma vez como a enfermeira é capaz de pensar rápido sobre pressão.

Luke Cage

Ainda assim, nem mesmo ser mergulhado em ácido deve ter sido tão doloroso para Cage quanto descobrir que Reva não era tão inocente quanto parecia. A psicóloga estava completamente envolvida nos experimentos que aconteciam em Seagate e, mais do que isso, esteve ciente de todo o inferno que Carl enfrentou na prisão, sendo uma das responsáveis por selecioná-lo como um dos possíveis detentos a servir de cobaia. O impacto dessa descoberta certamente não será pequeno. Reva era a fonte de esperança de Luke, a mulher que o transformou em uma nova pessoa e que ele ainda ama. Pelo menos, amava.

Essa, no entanto, esteve longe de ser a única revelação do episódio. Ao retornar a sua cidade natal, Luke teve a confirmação de que Willis Stryker é realmente seu irmão. Dominado pelo ódio que sente pelo pai, que sempre o desprezou, Kid Cascavel parece ter tornado o objetivo de sua vida se vingar daquele que supostamente seria o filho favorito. Levando em conta que boa parte dessa trama – que renderia um episódio do Casos de Família, diga-se de passagem – teve um cenário religioso como pano de fundo, fica impossível não se recordar de uma história cristã muito conhecida. De qualquer forma, o que pode ser mais bíblico que o embate entre dois irmãos? O que esse Caim e Abel de super heróis nos reservará, contudo, é uma pergunta que cabe aos próximos episódios responder.

Luke Cage

Enquanto isso, as investidas de Mariah e Styker para incriminar Luke acabaram desencadeando uma onda de violência policial no Harlem, tendo como principais vítimas jovens negros e hispânicos. A situação atingiu seu ápice quando Lonnie Wilson teve seus direitos completamente privados e foi espancado por um policial. Fato de que Mariah não demorou a se aproveitar, algo que certamente faz dela uma das personagens mais sem escrúpulos e detestáveis da série. Ainda assim, o fato de que, apesar de todo oportunismo, a mulher parece efetivamente se importar com aquela comunidade a torna também uma das personagens mais ambíguas e interessantes que a parceria da Marvel com a Netflix nos apresentou até aqui.

De qualquer forma, é interessante perceber como o roteiro reflete muito bem o momento atual vivido pelos Estados Unidos. A evidência dos abusos policiais não está aqui por acaso, a trama nos mostra um triste reflexo da sociedade norte-americana (que nesse aspecto não é muito diferente da realidade brasileira) e, de certa forma, estimula que pensemos sobre isso. Sendo assim, uma série como Luke Cage, disposta a discutir abertamente questões como racismo e violência, que investe na representatividade e no empoderamento da cultura negra, se torna extremamente importante e necessária, especialmente em um contexto no qual o preconceito e conservadorismo têm mostrado suas faces mais amargas.

E você, o que tem achado da série da Marvel com a Netflix? Continue acompanhando nossa maratona!


Thais Medeiros

Uma fangirl desastrada, melodramática e indecisa, tentando (sem muito sucesso) sobreviver ao mundo dos adultos. Louca dos signos e das fanfics e convicta de que a Lufa-Lufa é a melhor casa de Hogwarts. Se pudesse viveria de açaí e pão de queijo.

Paracatu/ MG

Série Favorita: My Mad Fat Diary

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

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