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The Flash – 2×17 Flash Back

Por: em 31 de março de 2016

The Flash – 2×17 Flash Back

Por: em

Olhar para trás, ver o que deu errado. Seguir em frente, aprendendo com os erros. É isso que, de certa maneira, Barry quer passar para nós em Flash Back, mais um semi-filler divertido e que mesmo abandonando quase que em sua totalidade a história de Zoom, conseguiu ser um ótimo episódio.

flashs

A priori, a ideia de voltar ao passado já é ruim em sua essência. Que o travel jump seja, então, para um passado recente onde Barry precisaria conviver com todo mundo que ele conhece… A receita certa para o fracasso, obviamente, o que só não aconteceu devido a um fator: Amadurecimento. A cena que abre o episódio já reforça muito bem isso: Allen aprendeu com os tapas da vida. Primeiro Wells, agora Jay. Meu medo era que ele sentasse e se lamentasse por horas a fio, deixasse já sua já fragilizada auto-estima desabar ou coisa assim e não soubesse como agir. Ledo engano. O Velocista Escarlate pegou o caminho exatamente oposto: Usar a queda como motor para se levantar e seguir em frente. E foi muito, muito bacana de ver isso.

Claro, toda essa atitude mais decidida o levou a seguir adiante com esse plano absurdo de voltar a um momento específico dos últimos meses (especificamente após o confronto com Hartley) para tentar obter de Eobard a solução para a equação da velocidade. Por mais que seja uma jogada praticamente suicida, dá pra entender os motivos que levaram Barry a optar por esse caminho. Derrotar Zoom agora não é mais uma opção, tornou-se uma questão pessoal, e se a viagem a outra linha temporal e o encontro com Eobard era a solução, era óbvio que Barry não hesitaria em seguir por esse caminho.

O que quase foi sua ruína, graças a já característica impulsividade e a inabilidade que Barry tem em esconder sentimentos e ações. O que Bar não colocou na balança (ou até colocou, mas achou que não faria a diferença que fez) foi que Eobard é um gênio, um cara muito inteligente, que enganou a muita gente por anos e que dificilmente seria enganado tão fácil. Claro que os tiques de Barry e alguns gestos e palavras entregaram de bandeja que ele pertencia a outra linha temporal, mas não é absurdo dizer que, mesmo se o disfarce fosse melhor calculado, Eobard teria descoberto tudo. E é aí que assistimos a outra prova do amadurecimento de Barry. O modo com o qual ele lidou com a situação de captura e ameça de Eobard foi ótimo, muito melhor do que ele teria lidado há alguns meses atrás. Centrado, decidido e sabendo usar os conhecimentos que tinha sobre o vilão e principalmente seu ego e sua vontade de voltar para casa a seu favor, Allen conseguiu virar o jogo e ainda voltar para casa com a suposta solução da equação no bolso.

eddie-joe

No meio disso tudo, por meio de algum tipo de Fantasma do Tempo, que em muito lembrava um Dementador, a série novamente nos mostra as consequências que uma viagem no tempo pode trazer. Esse é um tema regularmente abordado e, mesmo que por vezes pareça exaustivo, parece necessário porque Barry parece custar a entender isso. Provavelmente, esse pequeno “passeio” e o fato dele ter contado a Cisco que Hartley sabe do paradeiro de Ronnie podem interferir na linha do tempo atual. Já imagino até a série usando como “desculpa” pra trazer o Nuclear de volta em alguma twist… Espero muito estar errado.

Mas, de longe, a coisa mais legal do episódio foi ter uma pequena participação do Rick Cosnett. Quem me lê desde o ano passado, sabe o quanto eu gosto do Eddie e como o personagem foi me conquistando pouco a pouco, a ponto de me fazer sentir muito sua morte.  Quando anunciaram a participação do ator novamente, eu já tive certeza de que ele seria o homem por trás da máscara de ferro lá no cativeiro do Zoom (e ainda não descartei a possibilidade. Acredito que podem ter usado esse episódio como “desculpa” para tê-lo no set de gravação sem levantar suspeitas), mas nem cogitei essa possibilidade de viagem no tempo.

No fim das contas, Eddie veio para entregar um lindo vídeo a Iris, pedindo que ela continuasse sua vida. Palavras muito bonitas e que, certamente, vão fazer com que a jornalista decida tentar ser feliz novamente e mergulhe de cabeça em sua relação com Scott.  Não sei porque, mas algo me diz que, no futuro, Barry ainda pode se arrepender disso. Teremos que pagar pra ver.

Outras observações:

– O Hartley é um personagem tão legal e eu fiquei bem feliz que, mesmo com uma participação minúscula, ele deu as caras novamente. Tomara que o usem mais.

– Muito bonito o voice-over final de Barry.

– Cisco citando Doze Macacos. Melhor pessoa.

– Holly Harry Potter é minha nova expressão favorita.

– Tenho gostado muito da relação que tem se desenvolvido entre o Barry e o Harry. Acho que existe coisa boa pra se explorar por aí.

– Não sei se já comentei, mas toda vez que o Barry tá escrevendo naquele quadro eu me lembro de uma cena de A Rede Social, onde o personagem do Andrew Garfield, Eduardo, faz algo parecido.

– Até esse episódios e os comentários da resenha passada, eu não tinha me tocado que realmente o Zoom é o Jay que a gente conheceu, ou não faz sentido o Cisco sentir as vibrações no elmo. Vão ter que explicar isso muito bem.

Entramos (novamente!) em um pequeno hiatus. Dia 19 de abril, a série está de volta, com Versus Zoom, que pela promo, promete muitas respostas.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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