Depois de 70 episódio, um ponto final na história de Cat e Vincent.
Como eu disse para vocês na semana passada, a expectativa para esse último capítulo na trama de Beauty and the Beast estava bem alta, afinal tínhamos um vídeo promocional que prometia a última aventura do casal. Conforme os 40 minutos foram passando, muito rápido diga-se de passagem, percebi que tudo estava acontecendo de maneira tão encaixadinha, que merecia seus méritos. O start do episódio acontece exatamente onde paramos na semana anterior, com o casal procurando uma maneira de salvar o príncipe, único remanescente do grupo que sabe sobre as bestas/Murfield. E, diferente de todas as outras vezes, nossos personagens estavam com pouquíssimos recursos e menos informação ainda: JT sem suas máquinas avançadas, Tess sem acesso a informação… um verdadeiro caos para quem está tentando acabar com um plano mirabolante de um lunático como Braxton.
Enquanto o vilão preparava o cenário para seu espetáculo final, Cat e Vincent investiram nos seus adeus particulares, todas cenas bem duras de assistir. Apesar de ser a menos emotiva de todas, Tess foi a que mais me comoveu, exatamente por permanecer forte e tentar mostrar para a amiga que aquilo jamais seria um ponto final na história das duas – esta que já passou por altos e baixos, desconfianças e confidências, tudo que uma amizade precisa para ser épica e inesquecível. E como não comentar a dedicação de JT com Vincent ou o sentimento aflorado de Heather? Foram momentos bem bonitos e que deram o tom perfeito para a sequência de ação que se aproximava.
Confesso para vocês que, ao ver tudo que estava acontecendo, fiquei um tanto agoniado. Era uma bomba prestes a explodir, o casal na direção do carro, tudo acontecendo ao mesmo tempo. Claro que não existia muita saída ali senão tacar o carro no rio, mas que foi uma dose extra de emoção, isso sem dúvidas. Não acreditei por um segundo que eles estivessem mortos, mesmo o roteiro tentando isso a duras penas. Quando olhamos o retrospecto da série, seria muito imbecil pensar que os dois acabaram mortos com um carro explodindo quando já passaram por tantas outras coisas mais drásticas. Fora que matar o casal de protagonistas exige uma coragem do roteiro que nós sabemos que a série nunca apresentou, sempre circundando tramas óbvias e os lugares mais comuns. Então, foi só uma questão de esperar até o grande anúncio.
Finalizar a história de Cat e Vincent em Paris foi um toque muito especial. Eles passaram a lua de mel ali, foi onde prometeram se dedicar ao amor um do outro e também onde foram levados de volta para esse espiral de confusões que eles insistem em atrair. Apesar do destino de Vincent não ter sido revelado, podemos acreditar que ele voltou a investir na sua carreira de médico, já que esse sempre fora um dos seus maiores atributos. Cat deixou os traumas no passado e voltou a almejar a carreira no direito, parece que conquistando passos largos perto dos colegas – é bem bonito ver que ela deixa de lado seu passado como policial e investe nessa nova carreira, uma maneira do roteiro dizer que “está tudo bem, eu aceito o que aconteceu com a minha mãe e sei que não há nada que eu possa fazer para trazê-la de volta, mesmo que eu queira”. O reencontro foi um daqueles momentos que nossos olhos brilham e a gente sabe que vai ficar tudo bem. JT e Tess juntos, Heather (e seu cabelo esquisitíssimo) levando uma vida de pecados com Kyle e nosso casal protagonista cercado de amor.
Mas a série não poderia acabar sem mostrar que, mesmo do outro lado do oceano, mesmo tendo passado tudo que passaram, Vincent e Cat não conseguem deixar o instinto de salvar pessoas de lado. Aquela pequena alusão no últimos segundos é suficiente para a gente entender que, estejam aonde estiver, esse lugar será mais seguro pela presença dos dois.
Foi uma trajetória emocionante até aqui. Momentos entediantes, momentos bonitos, personagens cativantes e vilões enfadonhos. Tivemos um pouco de tudo ao longo desses 70 episódios que concluem uma bela e emocionante história de amor. Se um dia reclamamos do roteiro porco ou da repetição de tramas, que fique agora a lembrança desses personagens que aprendemos a amar e hoje demos o nosso au revoir!
Obrigado pela companhia (um salve especial para Louise que esteve aqui durante todas as nossas reviews!) e nos encontramos por aí, em outras séries boas (ou ruins), mas sempre curtindo a trajetória!