Parece que não foi todo mundo que gostou de Feud: Bette and Joan.
Olivia de Havilland, interpretada na série por Catherine Zeta Jones, está processando o canal FX alegando violação de privacidade e direitos publicitários.
A atriz rejeitou a forma como foi representada, alegando que a série passa a imagem de uma pessoa hipócrita que vendia fofocas para se promover. O processo é sobre seus direitos de publicidade (alegando que seu consentimento seria necessário para a exploração comercial) assim como pela forma equivocada como foi apresentada (um híbrido de difamação e invasão de privacidade).
O FX afirma que não houve falsa representação da atriz e que eles têm o direito de utilizar o nome e imagem de pessoas públicas em filmes ou programas de televisão sob a Primeira Emenda da Constituição Americana, que garante o livre discurso.
O problema que os defensores do canal estão enfrentando é que a Juíza da Corte Superior de Los Angeles Holly Kendig está dando vantagem aos advogados de Olivia de Havilland, que argumentam que “apresentar declarações verdadeiras em meios publicados não permite a exploração comercial de uma celebridade através de representações falsas e conhecidamente sem consentimento”.
Apesar dos advogados do FX garantirem que a representação da atriz em tele foi a mais fiel possível à realidade, pois os produtores fizeram pesquisas exaustivas, a juíza fez questão de lembrar que “a senhora de Havilland está viva. Ela poderia ter respondido às perguntas” e evitado quaisquer erros.
Caso Olivia de Havilland ganhe o processo, será um grande passo para a classe artística, que vem à anos buscando formas de proteger seus nomes e imagens de serem utilizados pela media e indústria de entretenimento em obras de ficção e não-ficção sem consentimento.
Devido a idade avançada da atriz (101 anos), os procedimentos estão sendo apressados para uma solução mais rápida possível, e os advogados esperam ouvir Ryan Murphy, Catherine Zeta-Jones e outros envolvidos na produção de Feud antes da próxima audiência em novembro.