Em primeiro lugar gostaria de agradecer aos produtores por responderem a minha pergunta de semana passada e nos contar o que aconteceu com a Caitlin durante o tempo que ela esteve afastada do time.
Sempre depois de assistir o episódio, e agora antes de escrever a review, eu gosto de ler os comentários e saber o que o público achou. Pelo que percebi a maioria não gostou, e os principais motivos foram: 1- acharam absurdo as meninas conseguirem derrotar uma meta-humana, 2- a Iris ganhou muito destaque (sério, voltaram a odiar ela?) e 3- acharam que o episódio não desenvolveu bem o plot da Caitlin.
Bem eu discordo de tudo. Primeiro que não é necessário superpoder para ser um herói, a gente tem exemplos de sobra por aí, e caso não tenham percebido havia uma meta-humana do lado das mulheres. Segundo que as personagens femininas merecem sim destaque, e não é porque o herói da série é um homem que Iris, Caitlin, Cecile ou qualquer outra mulher do elenco não mereça receber uma história digna. O mundo não gira em torno dos homens, e as séries também não precisam. Terceiro, na minha humilde opinião foi bem explicado o que aconteceu com a Caitlin no seu tempo afastada, e o episódio se manteve bem dentro do plot principal da temporada, mas talvez eu me contente com pouco…
Agora falando do episódio. Foi interessante a separação dos núcleos em meninos e meninas, e deixar um clima mais descontraído entre os rapazes enquanto as moças acabaram ficando com a responsabilidade de resolver os problemas que apareceram. Deu a chance, por exemplo, de vermos Killer Frost em ação com um lado mais heroico, bem diferente do que já vimos da personagem até agora.
Como era de se esperar a nossa querida biomédica se meteu em confusão por tentar se livrar do seu outro eu, que fica mais forte a cada dia. E como tudo nesse mundo tem um preço, a “cura” para seu lado frio custou a “liberdade” da moça que se tornou capanga de uma meta-humana poderosa, mas que precisa carregar consigo um pote com metais para poder usar seus poderes, e que era uma mestra do crime em Central City.
Vou contar para vocês que eu sempre achei o Super-Homem, de Smallville no caso, um super-herói fraco, porque sem o sol ele não serve para nada, não sabe nem mesmo lutar. O mesmo se aplica a Amunet aqui: o poder dela era controlar um determinado tipo de metal, nem para ser metais em geral tipo o Magneto, que ela precisa ficar carregando para lá e para cá. Se o metal é removido da equação os poderes dela somem e ela se torna indefesa como qualquer outro ser humano, então porque ela não poderia ser derrotada por um grupo de mulheres, me expliquem por favor? A única coisa realmente absurda ali é ela não ter sido presa, coisa que a princípio parece que não aconteceu apesar da Cecile ter dito que a polícia estava atrás dela depois da fuga do armazém.
Bem, enquanto as meninas salvavam o dia os garotos tinham uma noite completamente fora de controle. Admitam vocês adoraram, assim como eu, ver o Barry bêbado e choramingando porquê a Rose não deu espaço para o Jack na porta, contando para todo mundo que era o Flash e a briga no bar com o Joe gritando que era um policial e ninguém ligando a mínima.
O que deve ser destacado aqui é o fato de Ralph ainda ter um longo caminho a percorrer para se tornar a ajuda que o time precisa que ele seja, e um herói é claro. O rapaz não dá a menor importância para a moral ou ética. Parece que por ter sido castigado ao tentar fazer algo de bom, incriminar o culpado pelo crime (é o que ele alega), ele simplesmente desistiu da ideia de ser uma pessoa honesta e justa.
Por fim concordo com Iris: Caitlin não tem que escolher entre ser ela, uma cientista e parte do time Flash, ou uma meta-humana com tendência vilanescas. Ela pode escolher o que quer ser, e para mim seria ótimo se ela decidisse utilizar seus poderes mais vezes para ajudar os amigos nas missões, se ela conseguisse ser ela mesma, mas com superpoderes.
E como eu já havia imaginado deter o vilão, apesar de já “saber” quem ele é, não vai ser assim tão simples, afinal de contas em primeiro lugar eles precisam descobrir exatamente qual dos DeVoe existentes é que é o vilão da história. Mal posso esperar pra ver como será toda essa revelação.
Observações:
- Não posso deixar de citar que a participação de Felicity Smoak foi excelente. A personagem funciona muito bem com os outros personagens na série e seus comentários são sempre muito engraçados.
- “Você é como o incrível Hulk”
- “Eu trabalhava com um deus. Já superei isso”
- Nem o Star Labs nem o bunker de Arrow tem qualquer proteção contra invasões. Qualquer um vai simplesmente entrando. E a galera ainda se gaba da inteligência e do tanto de tecnologia que eles tem…
- Só eu acho idiota maltratarem os reféns quando se precisa deles? Tipo ao invés de ficar machucando o Weeper, e talvez assim matar ele rapidamente, porque não mantém o cara bem cuidado e assistindo This Is Us? Garanto que ele iria fornecer um estoque interminável de lágrimas.
- #Feminismo
- Na primeira luta entre Frost e Amunet eu fiquei me perguntando o porquê de ela não ter feito um escudo de gelo…
- A relação pai e filho de Joe e Barry é uma das melhores coisas da série, e é muito bom ver como ela vai evoluindo ao longo das temporadas, se adaptando ao que os personagens estão vivendo.
- Elas salvaram o meta-humano, mas ele não quis mais ajuda do que isso. Levar ele preso a força seria errado.
- Acho mais do que certo Caitlin e Iris serem mais do que amigas de trabalho. Já vimos Barry compartilhando momentos íntimos com Wells (o Flash Reverso) e Cisco. Porque as mulheres também não podem ser amigas?