Sabe aqueles episódios que começam chatos e sem te empolgar nada, mas que dão uma virada sensacional nos últimos 15 minutos? Po’ipu foi desses. De início, eu não comprei essa história de proteção ao general, amiguinho de Steve e procura a tal da assassina e já me preparava pra falar que o episódio tinha sido o mais fraco até aqui. Mas, como eu disse, a reviravolta estava por vir e a partir da cena da perseguição da assassina, eu não consegui piscar o olho. Tava até meio distraído quando o ônibus a atingiu em cheio e eu despertei, súbito.
O meu maior problema no começo era que estava achando tudo sem sentido algum e arrastado. E aquele tal de Nick, amigo das antigas do Steve, era um saco. Minha vontade era entrar na tela e dar um soco na cara dele. Fiquei torcendo aqui pro Danny fazer isso no meu lugar, mas acabou que nem precisou disso. O cara era mesmo um traíra. Eu acho meio clichê essa coisa de old friend ser traidor e até mesmo a série já usou isso em episódios passados, mas ok. Vou deixar passar porque foi sensacional o modo como isso foi descoberto e como a trama se desenrolou depois.
Desde o momento em que o Steve descobriu que o Nick era culpado até o duelo dos dois na praia, eu não consegui piscar. A explosão do carro foi sensacional, a troca de tiros não ficou atrás e o clima de tensão que se instaurou quando eles se esconderam na casa foi até mesmo macabro. Fiquei esperando alguém derrubar a porta e surgir ali, do nada. O contraposto foi aquela minúscula cena da Kono com a criança. Já disse e repito: Deviam explorar mais esse lado da personagem, porque é bastante interessante.
Foi muito legal também ver o Nick registrado no celular do Steve como “Bullfrog”. Mostra que eles eram mesmo amigos e que por isso mesmo o Steve ficou desnorteado e sem acreditar quando descobriu toda a trama. A ação que se desenvolveu no final foi eletrizante, especialmente as cenas da praia. Fiquei torcendo para que alvejassem logo o Nick, antes que ele matasse alguém.
E mesmo nessas horas, a série não perde o seu humor característico. Hilário o pequeno diálogo do Steve e do Danny. Dava pra ver na cara do Danno como ele, apesar de tudo, estava feliz por estar certo sobre o cara. Essa cisma dele, aliás, foi a melhor coisa da 1ª metade do episódio.
Foi bastante engraçado ver, claramente, o Danny com ciúmes. Porque apesar da negação dele, era mais do que óbvio que era isso que ela tava sentindo ao ver o Steve trabalhando com um velho amigo. Adoro o bromance deles e acho que é um dos grandes diferencias da série, se a gente considerar com outras do gênero. Mas, mesmo eu adorando toda a sintonia, espero vê-los em um conflito logo. Acho que pode ser bom pra série e daria uma boa agitada nos casos.
E eu falo de conflitos de verdade, não essas discussões aleatórias (mas ainda assim bem legais) que eles têm dentro do carro. Um perigo isso, aliás. Os dois sempre discutem enquanto dirigem, né? De qualquer forma, bem profunda a reflexão do Steve sobre o porquê do Danny não poder levar uma foto de Nova Jersey no carro. Profunda e mais uma prova da química da dupla que é, sem dúvida alguma, um dos grandes motivos que me levam a classificar Hawaii Five-0 como uma das melhores estreias da fall season.
__
PS. Notaram que por lá só se usa Chevrolet?
PS2. Parei de reclamar das tramas (ou da falta delas) de Chin e Kono. Quando aparecerem, a gente comemora.
