Um episódio interessante, mas que parece ter sido escrito apenas para “encher linguiça”. Pouco do que vimos nele acrescenta algo à história. Vimos Erica liberando seus instintos e levando um fora do Adam. De resto, nada que faça muita diferença ao rumo que a série tomou nesta (ótima) temporada.
Há uma música da Alanis Morissette (deve ser a 55ª vez que eu cito a canadense em uma review) em que ela diz ao namorado: Vamos dizer 30 boas razões pelas quais não devemos ficar juntos (“Front Row”, do álbum Supposed Former Infantuation Junkie de 1998). O fato é que nós estamos sempre nos privando e arranjando desculpas para não realizar alguns de nossos desejos. Seja por preguiça, por convenções sociais ou por nos sentirmos culpados. Este episódio segue por este caminho e aborda o tema com bastante humor e tensão sexual.
Erica aproveita a Parada Gay canadense (que é bem mais moderada que a Parada Gay da Avenida Paulista) para se soltar e se divertir sem pudores. Para começar, uma roupa mais adequada ao colorido da festa. Depois, muita bebida e dança (inclusive em cima de um dos carros alegóricos, ao lado de caras musculosos). Houve até um momento em que Erica abraçou um pênis de gelo. Engraçado e bizarro.
Cassidy, personagem lésbica que era apaixonada por Erica, retorna neste episódio. Uma curiosidade: Ela diz que está morando no Bairro Jardins em São Paulo. Repararam nessa cena? Quem mora em SP sabe que o bairro é Top na região. Como não podia deixar de ser, as duas seguem juntas à parada, levando Julianne e Adam. A loira estava mais a vontade no meio da festa, já ele parecia estar bem desconfortável. Realmente, Adam não combina muito com o ambiente.
Depois de se esbaldar, Erica tenta beijar o companheiro de terapia. Eu pensei que ele fosse corresponder, mas o que vimos foi o contrário. Adam hesitou, disse que era melhor continuarem amigos e foi embora, deixando Erica totalmente embaraçada. Como o próprio Dr. Tom diz ao final: Nem todos estão preparados para se soltar, para aproveitar o que a vida pode oferecer.
Este foi o episódio com mais teor sexual desde o início da série. Em uma das cenas, Julianne presencia dois homens transando e fica excitada com o que vê. O flagra gera uma conversa entre ela e Darryl, que é gay e vive e trabalha ao lado do namorado no pubb. A conversa serve para abordar, brevemente, o tema preconceito e como as pessoas reagem ao ver duas pessoas do mesmo sexo juntas.
Outros que “mandaram ver” nesse episódio foram os pais de Erica. Os dois se encontraram e foram parar no chão da cozinha. Pior mesmo foi para Sam que chegou e viu os dois consumando o ato. Ver os pais fazendo sexo é um dos piores traumas de qualquer filho, em qualquer idade. Por falar em Sam, o pré-romance entre ela e Lênin até que não vai mal, apesar da médica sentir vergonha por estar saindo com um zelador.
Como disse no início: Um capítulo interessante, mas não aconteceu nada que influenciasse os rumos de Being Erica, exceto o rolo entre Adam e Erica. No fundo, sabemos que ele gosta dela. É só uma questão de tempo para ele se deixar levar por esse sentimento. Nós ficaremos aqui esperando por isso (ou nem tanto, pois eu não gosto muito dele).