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CSI 11×15 – Targets of Obsession

Por: em 24 de fevereiro de 2011

CSI 11×15 – Targets of Obsession

Por: em

Tenho quase certeza que os roteiristas de CSI estão testando a fidelidade dos fãs à série nesta temporada, oscilando entre episódios dispensáveis (como o da semana passada) com outros se não excelentes (como foi “The two Mrs Grisson”) no mínimo interessantes, com uma boa dose de adrenalina e atuações bem convincentes. E esse foi o caso de “Targets of Obsession”, o capítulo da semana.

Antes de qualquer coisa, preciso comentar: nunca vi um personagem se não azarado, tão odiado quanto Nick Stokes. Depois de ter sido enterrado vivo (em um dos episódios mais angustiantes da série, na minha opinião) e quase ter sido vítima de um atentado à bomba, eis que ele novamente quase foi morto por uma bomba, senão uma, duas vezes no mesmo capítulo. É muito azar para uma pessoa só!

Mas, se das outras vezes ele era o único alvo, dessa vez Catherine também corria perigo, afinal ela, Nick e o detetive Vartes faziam parte do plano de vingança de, nada mais, nada menos que Justin Bieber (ou melhor, Jason McCann, seu personagem no capítulo).

Apesar de estar alimentando um profundo sentimento de vingança por Nick depois da morte de seu irmão no início da temporada, não consegui sentir em Jason todo o ódio que a situação exigia. A atuação de Bieber foi bem rasa, só me convencendo como vítima, não como agressor. Porém, um desconto tem de ser dado afinal, como ator, Bieber se vira bem como cantor.

Agora, se seu desejo de vingança não me convenceu, o de Nick foi extremamente convincente – vide a forma como ele “descarregou a arma” em cima do criminoso no final do capítulo – um sinal claro da raiva que ele sentia não apenas por ver sua vida em risco, mas também a de todos à sua volta (incluindo a do membro do esquadrão anti-bombas, que se sacrificou para salvar a vida dos dois CSIs).

Por falar em Nick, George Eads neste capítulo esteve excelente. O ator soube exprimir toda a pressão emocional a que o personagem foi submetido de uma forma bem convincente, me levando praticamente para dentro da história, além de despertar uma curiosidade enorme sobre como seria o “desfecho” do caso.

Como boa parte dos leitores, assim que o episódio foi ao ar nos Estados Unidos fiquei sabendo qual seria o destino do personagem de Justin Bieber, vi vários tweets com links para o vídeo da cena disponível no Youtube, mas me recusei a ver, afinal não queria “estragar a surpresa”. O que valeu muito a pena, principalmente depois de ver toda a tensão vivida por Nick mais uma vez. Se bem que algo me diz que essa não será a última vez que alguém tentará abreviar sua vida do na série. Espero que nunca consiga…

Se o destino do personagem de Justin Bieber não era novidade para ninguém, o de Nate Haskell também não era. E, se eu elogiei a atuação de George Eads, também não poderia deixar de lado a do ator que interpreta o serial killer. Sua frieza e sarcasmo chegaram a ser revoltantes em vários momentos do julgamento, já que ele tentou em diversas vezes responsabilizar uma infância traumática como a causa para seus desejos assassinos.

Dentre esses vários momentos, a maneira com que ele interrogava uma testemunha, ao mesmo tempo em que tentava persuadir os jurados de que ele era a vítima (e não aqueles a quem havia matado) despertou em mim um misto de raiva e temor de que ele fosse inocentado assim, logo de cara. Tudo bem que eu senti que a prisão não seria o seu destino final pelo menos por agora já que, dentre os vários personagens que contracenam com Langston ele é um dos únicos que consegue arrancar alguma performance um pouco melhor do perito. Mas só um pouco…

Não sei se isso é alguma espécie de implicância minha com o personagem, mas não consegui sentir nele as emoções que a situação exigia. Mesmo durante os momentos mais tensos do julgamento, quando Haskell desafiava não só a ele mas todos que estavam ali com um profundo cinismo ele permanecia impassível. Agora, se isso foi uma estratégia dele para “desarmar” o acusado e reverter o placar a seu favor, ele conseguiu.

Assim como em sua fala final, quando provou que a teoria do gene guerreiro não servia de base para justificar um comportamento tão agressivo. Esse foi um dos poucos momentos em que o personagem me convenceu. Até consegui sentir emoção em suas palavras! Mas nada superou a reação de Haskell – uma mistura de frustração e raiva, perfeitamente justificáveis para o momento.

Outra sequência relativamente convencinte foi o diálogo entre Langston e o serial killer após o veredito ter sido anunciado. As provocações trocadas entre ambos deram uma bela dica de que a história entre eles não terminava ali. Agora, minha pergunta é: será que em um novo encontro entre eles Langston sairá novamente ferido ou terá uma reação como a de Nick? É esperar para ver.

Até a próxima semana.

Ps: Antes de terminar, não poderia deixar de comentar sobre as “noivas” do serial killer. Durante o julgamento, pelo menos três delas tinham uma expressão irritante que beirava a futilidade, a agressividade de uma delas me chamou a atenção, pois ela teve a frieza necessária não apenas para, com a ajuda de outra, assassinar os guardas que faziam a escolta do carro que transportava Haskell, como também assassinar sua “rival”. Com esse desfecho, já deu prá notar que este casal promete trazer muita dor de cabeça não só a Langston como também a todos os outros CSIs.


Rosangela Santos

São Paulo - SP

Série Favorita: Smalville

Não assiste de jeito nenhum: Grey's Anatomy

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