Assisti o episódio duas vezes para ter certeza se gostei ou não. O segundo episódio de Leverage trouxe uma proposta um pouco diferente dos demais. A equipe tinha um cliente a ajudar, como de costume, mas dessa vez o foco do episódio seria dividido com um homicídio do qual Nate seria o principal suspeito perante os olhos de todos, o que, a princípio, me deixou bastante animada. No geral, foi mais um excelente episódio, acho o problema pra mim não foi o caso do cliente ou o mistério do homicídio, mas o plot final.
Somente na segunda vez que assisti o episódio é que me toquei da razão pela qual todos cogitaram que Nate seria o assassino, ao rever a conversa dele com Sophie enquanto dançavam. Apesar disso, o motivo não me convenceu. Não entendi como Sophie, Hardison, Eliot e até Parker pensaram que o matermind do grupo seria capaz de matar alguém nessas circunstâncias. Por outro lado, fiquei de triste de voltarem com o Nate alcoólatra. O tema é importante, mas acho que já falaram o suficiente nas temporadas passadas. A pergunta final me deixou intrigada sobre se e como vão desenvolver esse plot: “Você está detonando a garrafa pelo que acha que pensamos de você ou pelo que você vê quando se olha no espelho?”. Será que Nathan Ford ficou tão incomodado assim porque percebeu que a idéia seria plausível, que ele seria capaz de matar um homem como Morris Beck?
Agora, as melhores partes do episódio. Primeiramente, a festa à fantasia! Capricharam no visual, muito lindos os figurinos, adoro festas à fantasia! Misture uma festa à fantasia com uma casa misteriosa e temos um episódio intrigante. Com tantos nomes de detetives famosos, não resisti e fui “googar” todos eles por pura curiosidade. Eu ri muito quando descobri que a Sophie escolheu personagens adolescentes para Parker e Hardison.
Charlie Siringo (Eliot) é um detetive cowboy cuja biografia interpretativa foi escrita pelo historiador Howard R. Lamar.
Hardy Boys (Hardison) são dois fictícios irmãos adolescentes, Frank e Joe Hardy, que aparecem em diversos livros para crianças e adolescentes como detetives amadores. Eles foram criados por Edward Stratemeyer, fundador do Stratemeyer Syndicate, uma editora e escreveu vários livros, durante anos, debaixo do pseudônimo de Franklin W. Dixon.
Nancy Drew (Parker) é personagem de um filme, uma detetive adolescente que acompanha seu pai numa viagem de negócios a Los Angeles. Lá, ela descobre pistas que podem levá-la a solucionar um misterioso assassinato envolvendo uma grande estrela de cinema.
Irene Adler (Sophie) como já esclareceu minha vigarista preferida, é uma personagem de ficção da série de romances e contos sobre Sherlock Holmes.
Ellery Queen (Nate) é um detective e escritor com um grande poder de observação e dedução, um misto de Sherlock Holmes e Dr. Watson, criado em 1929 pelos primos Frederic Dannay e Manfred B. Lee, dois escritores norte americanos de romances policiais.
A descrição de Nate, testemunha do crime, veio em flashbacks e norteou a busca de Eliot pelo assassino, uma construção interessante do episódio, quando de outro lado Parker e Hardison seguiam o plano original da busca pelas plantas das construções. A capacidade de improviso da Sophie sempre me surpreende positivamente. Tocante a super preocupação do Eliot em solucionar o assassinato para evitar que Nate fosse preso novamente. É muito bom ver que o grupo está cada vez mais unido. Uma jogada genial inserir aquela casa no cenário, me lembrou os desenhos de Scooby doo e sua turma, quando eles saiam resolvendo mistérios de monstros e fantasmas.
Quanto aos suspeitos, a lista não poderia ser maior. Potter (o assistente), Tom Case (o sócio), Capriotti (do sindicato) seriam óbvios demais, descartei esses logo de cara. Ray Hammett, o policial, desde o começo não me inspirou muita confiança e a filha do Morris também não parecia estar no episódio apenas por figuração, o que atraiu minhas suspeitas rapidinho. Confesso que não pensei que ambos estivessem em concluio. Quase surtei quando o Nate deu um “Good bye Friends” e tirou seu comunicador. Foi um daqueles momentos: o que vai acontecer agora? Ele vai se entregar? Vai ser preso de novo? Virá mais um plano mirabolante para tirá-lo da cadeia? Ainda bem que tudo se resolveu e eles conseguiram escapar ilesos, mais uma vez.
Leverage é um drama de suspense contagiante que me ganha pela obra como um todo e me faz rir com os detalhes. A frase “Não traga um problema se não tiver uma solução.” é ótima, vou anotar em algum lugar pra não esquecer. Hardison confessando que vai ao oscar desde o 15 anos e aplaudindo Halle Berry foi divertidíssimo. O nocaute no guarda também merece destaque. A cena de mímicas entre Nate e Parker é outra que vai pro rol de momentos hilários da série. Agora, impagável foi a cara da Parker quando a filha do Morris sugeriu que ela se juntasse ao casal nos amassos, eu ri muito disso.
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