Mesmo com o 5×10 tendo anunciado o que todos nós esperávamos – a separação de Addison e Sam –, a continuação da história foi muito melhor do que o esperado.
Em nenhum momento, fiquei com medinho de que eles voltariam a ser um casal. Por mais carente que a Addison estivesse e por mais deprimente que seja ela ficar acordada vigiando a casa do vizinho ou assistindo a um campeonato de chutar canelas, o Sam parece muito convicto de que foi a decisão correta a se tomar (e eu concordo 100% com isso). Quando ele propôs que os homens da clínica tivessem uma noite para eles, fiquei animada. Acho muito engraçado e adolescente quando eles decidem fazer essas coisas, e sempre acontece algo para movimentar um pouco o episódio.
Achei super fofo o Sam ser tão educado e gentil com a mulher que conheceu no bar. Foi bem sem-noção a forma como ela queria brincar de teatrinho (como se os dois estivessem em uma lua de mel, sendo que se conheceram na noite anterior? Até eu sairia correndo), mas se serviu para ele entender que ele não precisa agora, está valendo. Sempre achei o Sam muito certinho, mas acho que ele vai se soltar mais nessa solteirice.
Do lado da Addison, fiquei extremamente feliz com o fato de ela ter seguido em frente com o sonho de ser mãe. Já esperava que ela ficasse um pouco desacreditada com a história depois da Melanie mudar de ideia e foi uma graça o Jake ter ajudado-a nesse momento.
Outra história tocante foi a da Erica, Charlotte e Amelia. Ou melhor, Erica e Char. Foi tocante a Char começar a cogitar e a se preocupar com o futuro do Mason oferecendo um espaço na casa para ele se instalar e ficar mais de uma noite. Para quem não queria uma criança por perto, foi uma evolução e tanto. A Amelia, de novo, foi coadjuvante e só serviu para ser a pessoa que descobre que tem algo de errado com a Erica. Fiquei curiosa para saber como o crianção e impulsivo Cooper vai reagir à notícia, sem deixar o filho super preocupado.
O episódio foi tão bom que até uma história sem conexão alguma com algum personagem foi muito bonita. De novo, o Sheldon mostrou o quão bom e ético ele é, como pessoa e como profissional, e a coragem que ele teve em enfrentar o Joe em relação ao Aaron.
Também foi muito interessante a conversa entre o Joe e o Sheldon no escritório do segundo, sobre como nenhum dos policiais está bem, em como eles precisam continuar a trabalhar para não pensar no que fazem em seus trabalhos, em como eles precisam evitar o processo de luto por ter matado uma pessoa, independente do quão ruim ou boa ela era em vida. Conversa muito bem com um texto excelente da Eliane Brum, sobre a nossa necessidade atual de tomar remédios para poder continuar vivendo, principalmente quando algo impactante acontece e não podemos “nos dar ao luxo” de passar alguns dias superando a dor, pois o mercado de trabalho de põe na rua e você precisa ser produtivo mesmo em tempos ruins.
Desconfio que essa trama não vai parar só no Aaron. Como o Joe disse que o Sheldon devia esquecer que os dois são amigos, deve ter mais pano nessa manga ou não faria sentido termos conhecido um amigo do psicólogo só para sabermos que eles não são mais amigos. Pelo menos para mim, mais um reforço do quão honesto o Sheldon é acaba sendo um desperdício de roteiro.
Violet e Pete também tiveram os seus momentos. Quando a Violet descobre que o Pete ficou com alguém na noite anterior e cai no choro depois foi um dos melhores momentos da personagem nesta temporada. Em uma separação, ainda tem aquele sentimento de que talvez eles possam voltar, então foi curioso ver essa vulnerabilidade da psicóloga. Entendo bem, até acho engraçado, quando sabemos racionalmente de uma coisa, mas a emoção diz outra.
E que gatinho o paramédico (Stephen Amell, o Jason de Hung) que a Violet arranjou, hein?
