Finalmente! Posso ter tido todos os problemas do mundo com essa temporada de Supernatural – e os tive -, mas já faz algum tempo que os roteiristas encontraram o ponto certo e a coisa está fluindo muito bem, seja o episódio filler ou mitológico, como esse. Há apenas 2 capítulos antes do season finale, que este ano será no episódio 23, as coisas esquentaram e espero que o nível se mantenha. Não fossem 2 pequenas ressalvas – que eu vou falar logo – , teria dito que foi um episódio excelente.
Não vou dizer que o mérito é todo da volta do Cass porque seria injusto com o trabalho de roteiro e edição, mas grande parte da qualidade se deve sim ao personagem. Chegamos a um ponto em que eu acredito ser QUASE unanimidade que o anjo é a melhor coisa da série hoje em dia e foi o que salvou boa parte das temporadas passadas.
O Cas que a gente viu aqui lembrava muito mais o Cas do passado do que aquele do episódio 18 e acho que isso contou muito a favor. As ironias sutis, um quê de mágoa guardada no olhar e nas palavras, uma cautela antes de dar qualquer passo… Pelo que ficou subentendido, o anjo ainda estará presente nos 2 episódios finais da temporada e assim eu espero. Acho que o modo de agir dele aqui – meio catatônico, até – está relacionado as lembranças que absorveu do Sam.
A primeira das minhas ressalvas é que eu ainda não consegui comprar essa história de Palavra de Deus. Ok, se aquilo é realmente os escritos do Metatron (a piadinha com Transformers foi uma boa sacada), que sentido há no Dick Roman querer desenterrá-las, já que contém exatamente o que pode destruí-los? É estúpido e idiota, no mínimo. Eu vou dar o benefício da dúvida e esperar uma explicação melhor nos episódios seguintes. Mesmo que ele tenha desenterrado aquilo com o intuito de “proteger”, ainda é forçado demais, pois ela estaria bem melhor protegida sem ninguém saber da existência.
Por aqueles momentos finais (Leviatãs são mais fortes que anjos pra matá-los daquela forma? Muito medo disso), essa trama vai ser bem recorrente nessas 2 semanas que ainda falta. Só tenho medo porque o ator que interpreta o Kevin é bem fraquinho, não sei bem se o problema é na interpretação ou no personagem, mas em nenhum momento me convenceu – talvez seja porque eu ainda não tenha conseguido me dar muito bem com esse plot da Palavra.
Tive um pouco de problemas também com o modo como o roteiro colocou o Kevin no caminho dos Winchester. Não por ele ser escolhido ou coisa do tipo, mas pelo Sam ser suficientemente burro a ponto de deixar a bolsa com a Palavra dando sopa tempo o suficiente para o Kevin roubá-la. Chega a ser forçado.
Eu gostei de ver anjos e demônios novamente na história. Eles me lembram da melhor fase de Supernatural e incrivelmente sempre funcionam, na grande maioria das tramas em que são colocados. Ainda acho que uma boa opção para a série sobreviver é focar mais nessas histórias do Céu. O Cas já vem levando a série nas costas há 2 anos mesmo, não custa nada “oficializar” isso.
Pelo que eu vi, teremos o Crowley novamente até o fim da temporada. Ele não seria citado do nada. Isso é bom. Muito bom, na verdade. Mark Sheppard nunca é demais. No fim das contas, acho que tudo vai acabar mesmo em uma guerra entre anjos, humanos, demônios e leviatãs.
PS. Supernatural renovada para uma 8ª temporada. Vocês decidem se isso é bom ou ruim.
