Você não precisa de um cérebro para ouvir música – Luciano Pavarotti
Como não amar esse programa? Quando um Reality Show é capaz de te causar tantas emoções ao mesmo tempo, essa é uma pergunta que com certeza virá a sua cabeça. A resposta eu considero muito simples: é impossível não gostar do The Voice. Seja pelo quarteto de “jurados” famosos – que demonstram estarem entrosados desde a 1ª temporada-, pelos candidatos que realmente cantam ou pelo formato diferenciado, o fato é que 1h30min nunca passou tão rápido. E a audiência continua provando que fôlego é o que não falta.
E se na última review eu fiz questão de falar sobre Adam e Christina, dessa vez o que não pode faltar é o Blake. O cara era desconhecido para a maioria dos Brasileiros que assistem o programa, e ninguém fazia ideia do motivo dele estar ali. De repente foi conquistando espaço com aquele sotaque marcante e o humor incrível e muitos fãs já não imaginam ficar sem ele. Sem o Country Guy talvez o sucesso do programa não seria tão grande. Não somente em relação ao Bromance com Adam, sua participação e comentários são aguardados ansiosamente por mim e tenho certeza que os que lerem isso concordarão comigo. Ele é o cara!
Episódio cheio de candidatos e com ótimas surpresas. Vamos lá?
Quando eu vi as primeiras imagens da Melanie Martinez tive certeza que só poderia sair coisa boa dali. O estilo diferente sempre me agrada muito, e quando vivemos em um mundo lotado de cópias, é ótimo presenciar uma apresentação tão peculiar. Eu confesso que já estava encantada, ai ela começou a cantar uma versão de Toxic da Britney Spears que fez com que a música realmente valesse a pena e foi mais do que o suficiente para entrar na minha lista de favoritos. Não entendi como essa apresentação não fez com que as 4 cadeiras virassem, já que pra mim ela é a cara do programa. Mesmo sem Christina, a disputa entre Adam, Blake e Cee Lo foi sensacional. Pensando sabiamente em escolher um coache que permitisse que ela pudesse expor toda sua criatividade, eu pensei que a escolha seria o Cee Lo, mas acho que o Adam foi uma boa pedida! Esse é o tipo de artista que eu quero ouvir e comprar o Cd… que venham mais Melanie’s pela frente!
“..you so unique, playing the tambourine with your feet it’s so awesome “
Se você quer se livrar de um rótulo, o que faz mais sentido é mudar totalmente de rumo. E por isso eu não entendi o Cupid. Depois de escrever uma música e criar um vídeo que teve milhares de acessos, ele decidiu ir ao programa e provar que sabia cantar de verdade, e que não era um artista de apenas um sucesso. Só que em vez de escolher qualquer música do mundo, ele resolveu cantar a única que não devia: a dele. Apesar de afinado, a sua decisão acabou com qualquer oportunidade de ser escolhido por um dos coaches. Errar é humano, mas insistir no erro é burrice.
Faço aqui a minha primeira tentativa de previsão para o futuro do programa: Brian Scartocci tem chances altíssimas de estar na final. Um cantor não deve ser simplesmente afinado, tem que ter presença de palco, personalidade, estilo e nessa apresentação eu consegui enxergar todas essas características. Amei a escolha da música, afinal Isn’t She Lovely é um clássico do Stevie Wonder e isso já vale muito. A voz dele tem uma aspereza e suavidade que me conquistaram. Fora isso, a história de vida foi muito comovente, ainda mais pelo fato dele querer mostrar para os filhos a realização do sonho. E mesmo sem saber de tudo isso, o Cee Lo conseguiu perceber na forma como ele cantou, todos esses sentimentos. Achei tudo emocionante, e como o Carson Daly, meus olhos também ficaram marejados. O Blake conseguiu ser hilário ao tentar achar algo em comum com ele, mas foi o papo do Stevie do Adam que realmente fez efeito. Meu Deus, #Team Adam não para!
“You have on jeans and a vest, I often wear those. You have a scorpion on your belt buckle, I have those in my house.. I think we have a serious chemistry”
E veio o primeiro combo dos eliminados. Se eu pudesse fazer um pedido para a produção do programa, seria para não entregarem as coisas de bandeja. Depois de pincelarem a apresentação de 3 duetos que não conseguiram nem uma cadeira virada , nós fomos apresentados a Beat Frequency’s e o resultado era muito óbvio. Ficou claro que eles seriam escolhidos por alguém, mas eu não entendi por que. Pelos pontos já apresentados na review anterior, nós sabemos que eles não tem chance de chegarem longe. Se fosse somente o histórico contra, tudo bem. Mas eu achei os vocais bem fraquinhos. E se eu esperava que alguém virasse, não me passou pela cabeça que seria a Christina. Mas o pior foi o Adam dizendo que não tinha conseguido perceber que eram duas pessoas – só eu achei isso absurdo? Só nos resta esperar para ver o que acontece.
“You guys are from a different part of music.. I don’t think that I’d have anything to offer at all”
Alright. Foi dessa forma simples e bem segura que a Liz Davis começou sua apresentação. Pensei que seria apenas mais uma cantora country, e me surpreendi por ter gostado bastante da apresentação. Além de ser bem segura no palco, ela tem uma voz super bonita. Decidi então ouvir a versão original da música Here for the Party, e posso afirmar que ela foi muito superior e acho que tem boas chances de ficar um bom tempo no programa. O Adam quis virar antes dela começar a cantar, e a Christina fez questão de afirmar que foi a primeira a fazer isso, mas como competir com todo o repertório de Blake Shelton? A cena dele tirando o troféu que ganhou no ACMA foi hilária. E acho que mesmo sem isso, o country falaria mais alto.
“I do have connections in country music. That is all”
Não tem como não pensar que o JR Aquino é a cara dessa nova geração. Foi através do youtube que ele conseguiu muitos fãs e provavelmente a coragem que faltava para dar esse passo. A quantidade de visualizações dos seus videos já era uma prova de que ele sabe cantar, mas eu fiquei esperando algo que me explodisse a cabeça e isso não aconteceu. Como eu gosto muito da voz do Bruno Mars ficou impossível não fazer a comparação entre os dois, e diferente da apresentação do Bryan Keith no 1º dia da blind auditions, achei que nessa ficou faltando algo. Quero muito ouvir ele cantando uma música mais animada para ver a potência que a voz dele pode ter. Como os comentários pós cantoria são sempre os grandes momentos do programa, eu duvido que alguém não tenha dado risada sobre a piadinha de morar no Alasca e ser bronzeado, e sobre a quantidade de bares do local – que o Blake fez questão de afirmar que conheceu todos em uma noite só. No final foi o Cee Lo com a postura de sempre, que conseguiu mais um integrante para o seu time. Se JR passar pelo Battle Round, vai ser difícil competir com o fã clube já formado.Esperem pra ver!
“Cee Lo was actually last, because he hates you”
E como sonhos também são destruidos no The Voice, conhecemos a história de Tyler Lillestol e Agina Alvarez. Os dois foram convidados a participar do programa, e tudo dava a entender que eles seriam escolhidos. O primeiro decidiu cantar U Got It Bad do Usher e me deixou desconfortável na apresentação inteira. Além do fato dele ter desafinado feio logo na primeira nota da música, aquilo não se parecia em nada com a sua personalidade – eu acho. Pelo jeito a decisão de deixar o beisebol não foi uma boa ideia. Já no caso da Agina as coisas eram um pouco diferente. Depois de ter fechado contrato com algumas gravadoras, como não pensar que ela seria incrível? A voz grossa é realmente uma surpresa, mas foram muitos gritos e não me passou nenhuma empatia. Mas eu sinto que ainda vamos ver ela por ai.
Stand by Me é uma das minhas músicas favoritas de todos os tempos, e mesmo com uma versão totalmente diferente, eu simplesmente amei. No estilo alá Thunderbird, Nicholas David é o tipo de cantor que a mídia atual não daria nenhuma oportunidade, e isso faz com que eu ame mais ainda o conceito do programa. Depois de saber que o Cee Lo não volta para a próxima temporada, senti um certo de medo de perdermos artistas tão peculiares como este. Mas como gosto é gosto, eu só posso agradece-lo por ter apertado o botão e dado a oportunidade de vê-lo novamente em ação. Será que o público Americano está preparado para alguém tão diferente assim?
“I love the unique quality of your voice”
Não sei se estou sendo muito crítica com os candidatos, mas até o meio da música Alessandra Guercio não tinha me surpreendido em nada. Apesar de The Climb não levantar muita moral por ser interpretada pela Miley Cyrus, não tem como não reconhecer que é uma música de difícil execução – principalmente pelos agudos que ela tem. E foi exatamente nessa parte que Alessandra cresceu como cantora. Como apontado pelo Adam, com apenas 17 anos existem detalhes que vão sendo moldados com o tempo e a experiência, e realmente acho que ela pode ser muito melhor do que nessa apresentação. Sem hesitação nenhuma, a escolha foi o #Team Adam – óbvia após a tremedeira na voz ao ver a cadeira dele virando.
“Fantastic job. Pick me.”
O segundo pacotão de candidatos do dia foi daqueles que foram escolhidos, mas que parece que a produção não quer que a gente se apegue muito. Adana Duru foi de Lady Gaga cantando The Edge Of Glory e conseguiu conquistar o Adam. Kelly Crapa também de 15 anos, cantou Sparks Fly da Taylor Swift e fez com o Blake virasse sua cadeira. E Paulina que só apareceu fazendo o La La La da música You Make Me Feel da banda Cobra Starship, foi para o time Xtina. Alguém vai lembrar deles na próxima fase? Tomara que sejam ótimas aquisições para o show.
Parece que adiantando a participação de Usher na próxima temporada, mais uma música dele fez parte desse episódio. Diferente de outras performances, foi assistindo várias vezes que eu comecei a gostar de ouvir o Avery Wilson cantando. Ele leva todo o jeito de ser uma mistura de Chris Brown e um bom cantor, e me surpreendeu positivamente. Como parece que o programa foi tomado pela juventude, esse menino de apenas 16 anos parece ser uma boa promessa. Foram 4 cadeiras a disposição, e o Cee Lo conseguiu um ótimo integrante. Ô música que vicia essa Without You!
“Hey man, my name’s Blake. I hit my button out of absolutely respect for your vocal ability.”
ps: Não posso deixar de comentar a fofura da filha do Brian Scartocci pulando no colo do Carson, e falando que o pai deveria escolher o Country Boy.
ps2: Já estou sofrendo por antecipação ao saber que na próxima temporada não vou ouvir: – Where you from? do Cee Lo. #Adoro!
E o melhor dialogo da noite vai para:
Blake – You’re bringin’ your Grammys tomorrow?
Christina – No. There wouldn’t be enough room on the chair.
E vocês, o que estão achando do programa? Favoritos? Apostas? E qual é seu coache favorito? Comentem!
Até a próxima parte da Blind Auditions!
