Se a intenção era deixar quem assistiu a este episódio com agonia de ver a Charlotte na cama, conseguiram. Eu mal podia ver a hora de ela ter as outras bebês e mudar de posição e parar de ser “aquela mulher” que ela tanto se queixou quando a Amelia sugeriu dar um chá de bebê na clínica no episódio do Cooper.
Assim como a Stephanie, essa santa, a gente entende o que leva a Char a agir como agiu, a ser essa chata de galochas, a chamar as enfermeiras o tempo todo, a se incomodar com qualquer coisa, a achar que o mundo precisa parar de girar porque ela está sofrendo (de ponta-cabeça, diga-se de passagem). Mesmo ela não sendo nem a primeira e nem a última pessoa no mundo a ficar grávida de trigêmeos e ter complicações durante a gravidez.
Nem preciso dizer que gostei muito de como o episódio se desenvolveu e de saber que, mesmo sem as bebês terem nascido de fato, estão bem próximo disso e pelo menos esta parte do drama já terminou. Não sei se vão mostrar a Char se adaptando à nova vida em casa ou se ela vai inventar de trabalhar mesmo com recém-nascidas (como fez da cama do hospital), mas seja como for, é difícil imaginá-la sem trabalhar, em casa, sofrendo com as crianças.
Uma das coisas que eu mais gostei foi mais um acessório na trama do que algo que mudasse de verdade alguma coisa. A Char mandar a galera pensar em cinco jeitos de melhorar a vida dos pacientes, reclamando do teto, da goteira e dos travesseiros, mandando o coral de Natal ir embora e falando mal da comida mostrou alguns dos problemas de se ficar internado provavelmente em qualquer hospital do mundo.
Não posso dizer que me surpreendi com o Mason aprontando longe dos pais. Qualquer criança, por mais boazinha que seja, acaba errando uma hora ou outra e aí chega a hora dos pais serem pais. Não dá para não ficar do lado da Char nessa briga toda; o Cooper passando a mão na cabeça do Mason não ajuda em nada (e isso vale para adultos também) e pode só agravar o problema se não tivesse uma mão firme interferindo.
Claro que sendo o Mason, depois ele voltaria a ser a criança mais adorável do mundo, com a árvore de Natal enorme e pedindo desculpas para a mãe, percebendo que errou. Só por isso, arrisco a dizer que os valores da Char é que vão prevalecer na educação dos filhos e o Cooper vai aprender algumas coisas ali.
Mas não serei injusta com ele; o pai também estava sofrendo tentando manter a Georgia viva e as intenções dele eram boas sim – mas não adianta ter só boas intenções, principalmente quando se falar em criação de filhos.
Outro destaque foi o crescimento da Stephanie na trama e de volta ao coração do Sam. Alguém tinha que ter coragem de falar na cara da paciente mais chata do hospital que ela não tem o direito de ser uma bitch ingrata. E era melhor ter uma pessoa de personalidade forte lidando com a Char grávida do que várias enfermeiras tremendo de medo de chegar perto do quarto.
Por fim, foi muito bacana ver a Char e o Cooper dançando diversos estilos musicais, mas não entendi direito o motivo disso, além de marcar a transição do tempo de uma forma divertida. Gostei em especial do tango, hip hop e do sapateado.
Private Practice entra em um pequeno hiato neste final de ano e volta no dia 8 de janeiro para os últimos três episódios da série. Já estou sentindo saudades! A todos que acompanham as reviews, que tenham uma ótima passagem de Ano e que 2013 seja muito bom para todos nós =)
P.S.: Foi lindo a Char dando uma comida de rabo na mulher do RH que queria demiti-la sutilmente. Leis trabalhistas são quase inexistentes nos EUA e, por isso, gravidez é um problema enorme para as mulheres.