Desperate Housewives volta da pequena pausa para nos apresentar a Robin! Não que eu não tenha gostado da singela homenagem, não foi das melhores, mas também não foi ruim. Só que no final, fiquei com a impressão de que o Marc Cherry estava tentando derrubar um preconceito que existe mais na cabeça dele (ou dos americanos, vai saber) do que na dos telespectadores: o de aceitar que uma stripper entre na série.
Até poderia ir pelo lado de que é difícil que uma stripper seja aceita logo de cara em qualquer comunidade. O preconceito existe, não tem como negar. Mas Desperate não é uma série que se propõe a ter alguma discussão muito profunda sobre nenhum assunto e a Robin foi aceita tão facilmente que nem chega a ser um problema ela ser stripper. O problema, na verdade, é ela ser uma mulher bonita e gostosa, como aconteceu com a Eddie.
Claro que a Robin também terá outro papel fundamental: cenas calientes (ou, no mínimo, provocadoras) com Katherine, que, seguindo o conselho da loira, vai abrir os horizontes sexuais, começando pela roommate.
Apesar de ter gostado da mudança no estilo de narração, mostrando como a Robin conquistou cada uma das residentes de Wisteria Lane, não achei muito necessária. Afinal, as histórias das donas de casa mal se conectam e todos os episódios contam as tramas delas de uma forma tão separada que, na verdade, a única diferença é que as histórias foram contadas por família e não em ordem cronológica. Mas não faria diferença se fosse contada da forma tradicional.
Desta vez, eu não achei a Lynette a dona da melhor história do episódio. A história dela foi bem bobinha, previsível e o Tom fazendo piadinhas e sendo bobo ajudou a melhorar a trama. Mas foi boa para percebemos que, antes de criticar o vizinho, temos que olhar para a nossa casa.
A melhor história foi a da Bree. Foi doce, sensível, uma graça! Karl morreu, a Bree voltou a sentir algo pelo Orson e está tentando reviver o casamento. Ela tentando fazer a lap dance e se atrapalhando foi meigo e enternecedor.
Gaby deu um jeito de se livrar da sobrinha, mas não conseguiu terminar o namoro dela com Danny. Agora que o menino foi atrás da Ana em New York, quem sabe a história dos Bolen se desenvolve melhor? Sempre que o Danny está sumido, os pais têm algo interessante a mostrar.
Susan, para variar, teve a história mais chatinha e sem nexo. Sério, parece que não tem mais história para ela! Ela, que colocou a stripper para morar junto dela, mesmo com o Mike dando um toque e perguntando se estava tudo bem… foi sentir ciúmes e surtar porque a Robin estava ajudando o Mike a se alongar? Motivo besta. E coitado do Mike!
A Katherine se deu bem. Completamente recuperada do surto pelo encanador, ela está partindo para outra e ainda teve um beijo roubado pela mulher mais cobiçada do episódio. Foi genial colocarem a Robin como lésbica e não como mais uma garota bonita que vai roubar os maridos alheios. A gente já viu essa história antes!