“This is not a coronation for a King. It is for a King and Queen.”
Mais uma vez me pego encarando uma página em branco e tentando encontrar as palavras certas para falar sobre Reign. É verdade que esse episódio foi bem superior ao da semana passada, mas ainda sinto que algo está errado. Alguma coisa parece faltar e Reign simplesmente já não parece Reign. É fato que a série nunca foi perfeita, mas havia algo especial sobre ela, um certo charme e algo adorável que me fazia ansiar pelos próximos episódios e aproveitar cada segundo deles. Parte disso parece ter desaparecido ou talvez eu esteja me tornando mais crítica e menos impressionável. De toda forma, acho melhor irmos direto ao ponto.
Nessa semana presenciamos a tão comentada coroação dos novos monarcas da França. Agora é oficial, Francis e Mary são rei e rainha, mas antes disso muita tensão esteve presente na corte. A França passa por um período difícil, a peste negra dizimou grande parte da população, as terras férteis se tornaram escassas , o país está quase falido e a fome é uma realidade gritante. Enquanto o povo morre de inanição, Catherine organiza uma festa extravagante e caríssima (Maria Antonieta feelings) em uma tentativa de não demonstrar fraqueza diante os representantes de outros países.
Em meio a tudo isso há Lorde Narcisse que adia constantemente a entrega dos grãos, que deveriam alimentar o povo e impede que os outros nobres o façam. O homem ainda busca vingança e não é difícil perceber que quer provar aquilo que vem sendo repetido desde o início dessa temporada: os monarcas precisam do apoio dos nobres para governar. Ainda assim, foi lindo assistir Mary e Francis mostrando quem manda nessa história e colocando Narcisse em seu devido lugar. Até chegarmos aí assistimos a alguns conflitos entre o casal e meu sangue feminista fervia a cada momento em que o Francis sugeria que a Mary não deveria se “intrometer” em certos assuntos.
Particularmente acho a nova rainha muito mais corajosa que o rei. Ela não tem medo de lutar pelo que acredita e fazer o que acha certo para seu povo. O acordo com o alemão parecia realmente o melhor a ser feito, concordo que haviam algumas coisas a se considerar, mas em um contexto em que as pessoas já estão roubando e se matando por comida não havia outra solução. Francis precisa ser um pouco mais seguro e ter um pulso mais firme se quer ser rei, ou pelo menos parar de reclamar, já que a Mary buscava soluções para os problemas do país, enquanto ele estava procurando o fantasma do pai. Não vou entrar em muitos detalhes sobre essa trama, já que ela me irrita profundamente, mas acho interessante não terem esquecido que o Francis matou o próprio pai. Isso com certeza seria algo que o assombraria para sempre, só não precisava ser tão literalmente.
Além desse plot, tivemos basicamente Bash tentando lidar com sua nova posição na corte. O que foi atrapalhado quando Kenna deu fim à única evidência de um crime que ele investigava, em uma tentativa de proteger o marido. O fato gerou uma pequena tensão, mas foi facilmente resolvido. Ainda assim, foi bonito ver a moça dizer que faria qualquer coisa para não perder o amado, enquanto ele demonstrava que continua o homem integro e corajoso que sempre foi. #KennashForever
No fim, Mary e Francis foram coroados e o rei parece ter entendido que precisa de sua rainha e está disposto a deixá-la governar efetivamente. De um modo geral, foi um episódio satisfatório, mas ainda está faltando tempero. Reign pode fazer melhor do que isso e eu espero que faça!
Observações:
— Voltei a babar nos figurinos e surtar com a trilha sonora. Nesses aspectos o episódio foi impecável.
— Existe coisa mais maravilhosa que ver a Catherine sambando no Narcisse? #diva
— As cenas finais confirmam o quanto Mary e Francis estão realmente dispostos a produzir herdeiros!
— Só eu senti um clima entre o Conde e a Mary? Espero que seja só impressão, porque fantasmas e outro triângulo amoroso é demais para mim.
— Alguém consegue não amar o Bash?
— Campanha: menos fantasmas e mais Bash!