Rogue Time nem de longe foi um episódio tão bom quanto seu antecessor e deu uma forte pisada no ritmo frenético que a série vinha apresentando. Isso não quer dizer, nem de longe, que tenha sido um capítulo ruim. Foi apenas menos desinteressante, mas como estamos em uma temporada de 23 episódios, é normal que, semana ou outra, a coisa seja um pouco mais light.
O principal foco aqui é a volta temporal de Barry. Li algumas pessoas se perguntando porque o tempo em Arrow também não foi alterado, mas acho que não dê pra considerar isso um erro tão grande de roteiro sendo que o reset foi de apenas algumas horas. Agora, se Barry realmente seguir com a ideia de voltar e salvar sua mãe, aí sim as histórias precisarão estar em sintonia. Contudo, depois de Rogue Time, fica a pergunta: Será que vale mesmo a pena Barry usar dessa manobra?
Como foi dito, o tempo sempre vai encontrar uma forma de colocar as coisas em ordem, não importa o quanto o passado seja alterado. Levando isso em conta, podemos afirmar que em algum momento, Iris vai descobrir que gosta de Barry e o velocista irá se revelar a garota que ama. Mas isso não será por agora e por isso mesmo não gostei de ver Barry colocando um ponto em final em sua história com Linda. Claro que enganar a garota nunca seria válido, mas Barry jogou fora uma chance de ser feliz (porque no fundo ele começava a gostar de Linda) para esperar Iris. Por quanto tempo? Nem ele sabe. Uma pena, porque Linda era super legal.
Ir atrás de Iris e tentar forçar os sentimentos da garota foi, de longe, a coisa mais burra que Barry já fez em nome do seu amor pela garota, e olha que a concorrência é grande. Allen precisa entender que essa é uma descoberta que a jornalista vai ter que fazer sozinha e pressionar não ajuda, pelo contrário. Apenas piora, como aconteceu quando Eddie descobriu do acontecido. Partir pra força bruta nunca é o melhor, claro, mas não dá pra culpar totalmente o cara pela reação extremada. Qualquer um ficaria revoltado. Ainda bem que existia uma Caitlin para salvar o dia.
Com o tempo alterado, as desconfianças a respeito de Wells não chegaram aos ouvidos de Cisco e, dessa forma, o rapaz continuou vivo – ao menos por agora, já que eventualmente, o tempo deve encontrar uma forma de manter o equilíbrio (só duvido que seja tão cedo, The Flash não parece ser o tipo de série que descarta personagens regulares dessa maneira). Assim, ele foi jogado num plot super desinteressante de disputa pessoal com o irmão com quem sempre teve alguns atritos.
Nem mesmo a volta de Snart conseguiu deixar essa história interessante. Não apenas pelo Mago do Tempo ser um vilão muito mais interessante do que o Capitão Gelo, mas porque a própria trama não empolgou e contou com rumos bastante previsíveis. A coisa mais interessante do plot foi Cisco entregando a identidade de Barry a Snart, que agora tem uma arma contra o velocista escarlate. Comovente a cena onde ele se desculpa com o amigo e recebe de Barry um abraço compreensivo e um pedido de desculpas por tê-lo colocado nessa.
A última conversa entre Flash e Snart foi o ponto alto do episódio. O que mais podemos tirar dela é a evolução de Barry nestes episódios. Claro que ele ainda tem muito o que aprender, mas ele não é mais aquele moleque perdido do piloto que não sabia bem o que fazer com seus poderes. Pouco a pouco, Barry vai se tornando o herói que Central City precisa.
E começar a investigar Wells, finalmente, é a prova disso. Os desdobramentos desse plot já podemos ver no episódio seguinte, cuja review você encontra aqui.