Quem acompanha o Apaixonados por Séries numa regularidade constante já deve ter visto por aqui a notícia de que Bones foi renovada para sua temporada final, para os que não estavam informados do fato – estão sabendo agora, o drama investigativo que já está no ar a 11 anos caminha para o seu 12º com a intenção de finalizar de maneira digna e satisfatória a trama da Drª Temperance Brennan (Emily Deschanel) e do Agente Especial Seeley Booth (David Boreanaz), também de toda a equipe que desvenda crimes no Jeffersonian Institute, dentre os principais, Angela Montenegro (Michaela Conlin), Jack Hodgins (T.J Thyne), Camille ”Cam” Saroyan (Tamara Taylor) e James Aubrey (John Boyd).

Por esse motivo segue abaixo uma lista com 5 motivos para maratonar Bones antes da sua temporada final:

Os vilões das temporadas

Tudo bem que de alguns anos para cá Bones não insere mais em seu desenvolvimento grandes vilões que as vezes levavam uma temporada inteira para serem pegos, mas capacidade para isso a série tinha, visto que criou alguns memoráveis como, Howard Epps  1º temporada – que se relacionava com jovens louras e as matava, Grave Digger (Coveiro) 2º/4º/5º/6º temporadas -enterrava as pessoas vivas para extorquir dinheiro de suas famílias, Gormogon 3º temporada –   mata e come membros de sociedades secretas, Broadsky 6º temporada – sniper de aluguel que assassina um dos estagiários do Jeffersonian, entre outros personagens, e por fim o maior e melhor de todos, Christopher Pelant 7º/8º/9º temporadas – o hacker pode ser facilmente considerado o vilão dos vilões de Bones, era instigante acompanhar sua arrogância e inteligência, quase sempre a um passo a frente de Booth e dos outros, numa obsessão doentia por Brennan, serial killer que caprichava nos cenários onde abandonava suas vítimas, auto confiante ao ponto de deixar pistas para a continuidade de sua caçada, esse deu trabalho e marcou profundamente os fãs.

The Squints

Os cientistas do Jeffersonian também merecem destaque, esta equipe de apoio é formada basicamente por Angela, melhor amiga de Brennan, tinha o sonho de ser artista, no Instituto é especialista em reconstrução craniofacial dando rostos as vítimas, também é capaz de reproduzir em seu computador possíveis cenários e armas do crime, Cam, chefe da divisão de polícia do instituto, e Hodgins, entomologista e especialista esporos e minerais, acredita em diversas teorias de conspiração. Uma tática implantada há algum tempo permite um ”rodízio” de estagiários, a cada episódio, e caso, um desses estagiários é introduzido na história, cada um com personalidades divergentes, competentes e correspondentes às exigências da criteriosa Brennan.

Wanda e Buck

Wanda e Buck merecem um tópico só pra eles, os episódios com os casos que requerem a presença desse casal são escassos, mas quando os mesmos são incorporados já é sinônimo de 40 minutos de ação, disputa e comédia. Wanda e Buck são os alter-egos de Brennan e Booth que dão o ar da graça quando existe a necessidade de se infiltrar em algum cenário, já rolou a incorporação de trapezista e atirador de facas no circo, dançarinos em uma competição de dança, e ainda nesta temporada os dois se acobertaram em uma competição no estilo faroeste, entre outros. A aparição dessas personificações dão a série uma nova dinâmica, fugindo da rotina explorada geralmente, em que se descobre o cadáver e se passa o episódio inteiro tentando descobrir o assassino, sua motivação e a arma utilizada, e fugir do esperado é sempre bom né gente, Bones entrega isso com maestria.

Os Casos

Bones geralmente usa uma fórmula pré-conceitual em seus casos, os procedimentos seguem os mesmos elementos de desenvolvimento, é a descoberta do cadáver, análise do cenário em que o corpo foi descoberto, recolhimento de materiais, estudo dos ossos para identificar a causa da morte e a arma utilizada, tudo isso dá embasamento para a ação policial que vai em busca de possíveis suspeitos, a família, colegas de trabalho e pessoas próximas à vítima. Mesmo que esta fórmula seja a premissa de quase todos os episódios não o torna desanimador e rotineiro, a busca pelo assassino alia-se aos dramas pessoais da vítima e dos profissionais do Jeffersonian e do FBI, a série nos dá lições de moral, explora assuntos atuais, acima de tudo desperta a nossa empatia quando nos colocamos no lugar da vítima ou do criminoso a medida que os motivos que levaram ao crime são explorados.

B&B

B&B = Brennan e Booth, o casal principal se difere em diversos aspectos, mas como em uma típica e boa história de amor, se complementam de forma magistral. Brennan é racional, pragmática, quase sem habilidades de relacionamento social, uma cientista que coloca a sua fé no provável e palpável. Já Booth é carismático, religioso, valoriza o conceito de família, já lutou na guerra e hoje é um homem da lei. B&B já estavam destinados a ficar juntos, sinceramente, todo mundo já sabia o rumo que a coisa ia tomar, mas era mais instigante acompanhar todo o conceito no ar, as sugestões sutis e possibilidade de romance. Por este motivo foi tão difícil aceitar, e acreditar, em como tudo se sucedeu, quando quase sem prévia alguma Temperance aparece grávida de Seeley. Mas tudo bem né, assim sendo, se antes parceiros de investigação, agora B&B são parceiros na vida (filosofei), assumidamente juntos a dinâmica e a química do casal continuam afiadas, e esta relação é uma das melhores coisas apresentadas neste drama.

Bones é super recomendável, sou fã assumida, mas sou extremamente realista, a série vem notavelmente caindo de nível, demonstrando desgaste e se tornando massante, por este motivo a notícia de sua finalização não me pegou de surpresa ou me entristeceu, ao contrário, eu fiquei feliz pela promessa de que tudo vai ser bem fechado e não vai deixar pontas soltas, finalizando com o resto de dignidade que a série ainda tem.