Eu amo Peggy Carter desde que a vi pela primeira vez nocauteando um cara em Capitão América: O Primeiro Vingador, que cena maravilhosa que já nos mostrou de logo de início que essa era uma mulher que você não iria querer do lado adversário. Dito isso, tenho que expressar minha grande decepção com o episódio dessa semana, eu estava dando o benefício da dúvida para a temporada até agora, mas não dá mais. Desde o começo dessa season que o tom da série mudou radicalmente e isso seria “ok” se não tivessem descaracterizado tanto a série e sua protagonista. Talvez minha decepção se deva ao fato de esperar muito dessa série que foi uma das minhas favoritas em 2015.

Um dos meus grandes problemas com os filmes da Marvel é o excesso de comédia, eu entendo que é entretenimento, mas precisa mesmo fazer piada de tudo? Não que os filmes sejam ruins, não foi isso que eu quis dizer de forma alguma, entretanto o abuso de piadas acaba tornando tudo muito banal e foi exatamente o que aconteceu em Agent Carter essa semana. O excesso de piadas tornou o episódio uma comédia barata com cenas tiradas diretamente de filmes pastelão.

Sinceramente, eu não sei o que os roteiristas estavam pensando, eles despiram Agent Carter completamente de sua identidade e estão querendo empurrar essa versão medíocre para nós. Peggy beijando um cara para “apaga-lo” com batom anestésico é engraçado e astuto, Peggy apagando a memória de outro cara 10 vezes enquanto o revista não é nem engraçado nem esperto, simplesmente deprimente. Seria muito mais interessante vê-la usando persuasão, ou até mesmo Rose, já que queriam incluí-la no episódio, mas do jeito que foi feito me senti assistindo uma cena de “Todo mundo em Pânico”.

Jarvis é outro problema dessa temporada, pois apesar da sua presença ter sido essencial para o desenvolvimento da série ano passado, dessa vez parece muito forçado. Peggy levando-o consigo para missões agora não faz o menor sentido, Sousa está ciente da investigação então ela não tem motivo nenhum para envolver um civil em assuntos oficias. Não é que as interações entre Jarvis e Peggy sejam menos que ótimas, mas não faz mais o menor sentido tê-lo como parceiro.

E o que falar de Whitney? Ela querer recriar o evento que trouxe Zero Matter para essa dimensão é um plot mais do que esperado, mas todo o plano dela para obter a bomba foi patético para dizer o mínimo e o embate dela com a Peggy foi decepcionante, espera um jogo estratégico de gato e rato entre elas antes dessas duas se encontrarem novamente. Apesar de um ritmo acelerado ser uma característica de Agent Carter, dessa vez tudo parece muito apressado, não estão desenvolvendo os plots e os personagens novos parecem unidimensionais demais.
E vocês o que acharam do episódio dessa semana?

Outras Observações:

– Jason e seu plot de imaterialidade já está chato, podem passar para o próximo por favor.

– Não aguento mais triângulos amorosos, porque ninguém pode mais simplesmente fazer uma série com apenas um casal em potencial?

– Por onde Ana Jarvis?

– Como Angie e Dottie fazem falta.

– Sousa e a enfermeira: deveria me importar?