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Agent’s of S.H.I.E.L.D. – 3×20 Emancipation

Por: em 13 de maio de 2016

Agent’s of S.H.I.E.L.D. – 3×20 Emancipation

Por: em

Acabo de assistir Emancipation e já afirmo: que episódio bom! Sempre quando eu começo a escrever sobre algo que acabei de ver – e gostei – fico procurando as palavras para exprimir o que estou sentido, porque acho que isso nos aproxima muito. No que tange Agent’s of S.H.I.E.L.D., a temporada foi toda construída com calma (as vezes até demais) para estabelecer este momento que chegamos nesta semana. Até alguns elementos que no começo eram questionados, agora começam a fazer sentido e mais uma vez a série se confirma como uma das melhores do gênero em exibição atualmente.

Com a estreia de Capitão América: Guerra Civil no último final de semana, nos Estados Unidos, o episódio ficou responsável de dar a continuidade aos acontecimentos que vimos nas telas do cinema. As referências tão amadas dentro do MCU foram claras com a manchete do jornal evidenciando o atrito entre o Capitão América e o Homem de Ferro – deixando bem claro que mesmo andando com as próprias pernas, Coulson e seu time fazem parte do mesmo universo.

Não é surpresa que o diretor da S.H.I.E.L.D. esteja alinhado com o posicionamento do Capitão, mas como acontece no filme, na série também não há um lado certo e o outro errado. Os argumentos dele contrapostos com o do general Talbot nos fazem pensar sobre a necessidade do Acordo de Sokóvia em um mundo onde uma ameaça como a Hive, inumano capaz de destruir toda a civilização de um planeta onde foi exilado pelos seus criadores. Quando Talbot descobre que Daisy foi aliciada, o ponto dele também é extremamente válido. Inumanos em mãos erradas são um dos motivo que se faz necessário ter algum tipo de monitoramento sobre eles.

Agent’s of S.H.I.E.L.D. deu um panorama do Pacto de Sokovia, pois como eu disse, a série também caminha com as suas pernas. Inclusive Talbot dá um detalhe que não foi mencionado no cinema: Os países, através deste acordo, chancelado pela ONU quer desenvolver algo como o Índex que a S.H.I.E.L.D. matinha. Nele ficam registrados todos os dados destas pessoas e potencial. A série estabeleceu a sua própria Guerra Civil, no diapasão do registro dos inumanos e na resistência de Coulson, por acreditar que ele precisa dos seus Guerreiros Secretos nas sombras para lutar contra ameaças que não abrangem a jurisdição dos Vingadores.

Sei que muitos questionam o fato dos heróis mais poderosos da Terra não serem acionados nessa situação, mas além das restrições orçamentárias que impedem participações de tal vulto (infelizmente), hoje em dia eu já entendo que para estabelecer os seus segmentos, as coisas precisam ser individualizadas. Ora, por que na invasão dos Elfos Negros o Thor não chamou seus companheiros? Ou quando a S.H.I.E.L.D. estava entrando em colapso, o Tony Stark não apareceu com toda a sua influência política? Ora, Wilson Fisk mandando e desmandando em Nova Iorque ou Killgrave tocando o terror, os Guerreiros Secretos e uma May não seriam úteis? Se fosse assim os Vingadores seriam a resposta para tudo, mas a Marvel quer que eles como equipe apenas juntem-se quando a humanidade estiver em risco. Muito provavelmente veremos a equipe reunida novamente apenas em 2019 – quando Thanos descer com tudo com a sua Manopla do Infinito.

Mesmo assim é bom ver Talbot falando o quão delirante ele está em lidar com tudo isso sozinho, já que uma intervenção do Exercito Americano talvez reforçasse uma resposta mais incisiva à Hive, nem que seja por conta de material. Aliás, eu gosto bastante do personagem de Adrian Pasdar. O jeito inquieto dele faz uma boa contraposição com a serenidade de Coulson, além do fato dele dar certa legitimidade para a S.H.I.E.L.D. que caiu depois do colapso que vimos em Soldado Invernal. Podemos ler da decisão de Coulson em abrir as portas da base para que o oficial conhecesse o QG da agência, bem como conhecer os inumanos que estão sob jurisdição deles. Ficou claro que ele quis dar uma dimensão do que e quem são estas pessoas que – em sua maioria – passou pela transformou de maneira inadvertida e não obrigatoriamente querem dar algum tipo de funcionalidade. Se levarmos em consideração que a disseminação do terrígeno, acredito que a quantidade não pode nem ser calculada.

De Yoyo, que aparece para representar o quão humano um inumano pode ser – passando por Lincoln, que ainda apresenta uma resistência emocional para com a organização e terminando em Lash, Talbot pôde ter uma dimensão do que os inumanos podem representar. Mas quando se depara com Hive, a analogia feita com o próprio demônio, afasta novamente a dimensão da situação dada por Coulson. Como enfrentar essa ameaça que, em tese, não tem nada que a possa impedir de agir?

Enquanto isso na HiveCity, Daisy está literalmente dando seu sangue para que Radcliffe consiga criar novos inumanos. Não sei o motivo, mas parece que o médico começou a rever a aliança que fez, já que passou a mostrar sinais de que não estava mais tão confortável com tudo aquilo, apesar de continuar com os experimentos. Daisy está cada vez mais consumida e a Hive, junto com James, arquitetam um plano para conseguir mais cobaias para o teste. Mais uma vez, com os Watchdogs, vimos que uma parcela da sociedade levou o Pacto de Sokovia como solução para a questão dos super-poderosos, mas outros ainda acreditam que o extermínio dessas pessoas é a verdadeira resposta.

Tudo isso direcionou essa dissidência para uma emboscada, onde podemos ver uma cena do Hellfire completamente inspirada nos quadrinhos. Neles, o personagem possui uma corrente incandescente tal qual a que ele usa para subjugar os Watchdogs. Como fã e heróis, achei a sequência maravilhosa – slow motion sempre agrega um valor para o drama. O que Emancipation quis provar é que a Hive não é tão idealista: Ele não quer libertar os humanos, mas sim transformá-los em seres primitivos sob o seu comando. Ele degradou a humanidade daquelas pessoas, mesmo com Daisy e Radcliffe apontando que aquilo não estava certo. Logo, a Hive é sim um grande vilão e depois de afirmar que queria sacrificar Daisy para atingir seu objetivo, as coisas ficaram ainda mais graves.

Aliás, voltando a falar em Lincoln, eu realmente comprei a fuga dele com a ajuda de Daisy e isso me fez ter muito ódio dele durante os minutos em que a narrativa construiu essa perspectiva. Como ele poderia acreditar, depois de tudo, que a jovem realmente iria deixar a Hive para sair pelo mundo ao seu lado. Mas da mesma forma que eu estava perdendo a paciência com Linclon, algo não estava fazendo sentido nas atitudes dele – apenas se ele estivesse de alguma forma contaminado pela Hive. Graças ao bom Odin, os últimos 10 minutos de Emancipation finalmente redimiram o Pikachu pelas suas atitudes nos últimos tempos.

Como muitos acreditavam, foi nesta semana que Lash – personagem que não havia mostrado à que veio – finalmente cumpriu função e infelizmente pela última vez. O Pikachu sempre repetiu um dos ensinamentos de Jiyaing que cada inumano existe por um motivo, para restabelecer algum balanço na natureza. O Lash foi um dos aspectos que Agent’s of S.H.I.E.L.D. não soube trabalhar: No começo ele foi colocado como uma ameaça, para depois ser revelada a sua identidade como o outrora pacífico Andrew Garner. O ex-marido de May explicou que as atitudes do seu alter ego eram instintivas, caçando todos àqueles que nãos seriam merecedores da sua condição. Unindo isso à ideologia pregada por Lincoln, a conclusão natural era acreditar que ele seria o nêmesis da Hive.

Confronto que muitos acreditavam ser o endgame da temporada aconteceu em Emancipation. Eu realmente me empolguei com a rápida guinada do Lash, como a capacidade dele de refutar os poderes da Hive – surpreendendo o vilão. E, quando Daisy aparece sem conseguir se sustentar, ficou um pouco confuso se realmente Andrew tinha sucumbido à selvageria inicialmente proposta. Um dos poderes dele, inclusive, era expurgar toda infecção – finalmente retirando Daisy da influência, permitindo que ela retornasse para os seus.

Mas Lash foi morto por Hellfire, uma morte boba, claramente colocada para descartar o personagem – ainda tivemos que escutar que o real propósito da criatura em que Andrew se transformou seria libertar Daisyzzzzz. Lash é um bom exemplo de potencial desperdiçado – depois de uma temporada inteira sendo cozinhado, ele passou do ponto e foi para o lixo. Além disso, fez o arco dramático da May soar bem inócuo, já que mesmo com a redenção do ex-marido, ela o perdeu definitivamente. Infelizmente ela é uma grande aposta para ser a agente caída que a publicidade vem anunciando há 1 mês.

Mas a coisa boa é que Daisy voltou e a personagem mais uma vez passou por uma experiência traumatizante, diria até que uma situação muito parecida com as das vítimas de Killgrave em Jessica Jones. Será que uma vez libertada pelos poderes de Lash, ela está imune?

Apesar dessa pequena frustração com Lash, o episódio foi sólido. Talbot e Lincoln foram para mim as surpresas. O foco do season finale (de duas horas) será impedir a multiplicação dos mínions da Hive, bem como conseguir interromper os planos dela de eclodir a fórmula modificada do terrígeno na atmosfera. Quem já teve curiosidade de saber sobre os inumanos nos quadrinhos, sabe que algo muito parecido aconteceu durante a minissérie Infinito (2009). Um dispositivo foi criado por Maximus, o Louco, que uma vez acionado poderia espalhar a Névoa de Terrígeno pelo espaço e transformar populações inteiras em inumanos.

Ela foi acionada na Terra, quando o rei Raio Negro usou a sua voz para derrotar Thanos, destruindo Attilan e acionando a bomba. O evento fez com que as pessoas com o gene Kree passassem pela Terrigênese, aumentando exponencialmente o número de Inumanos por aqui. Logo, a inspiração para o plano final da Hive é clara – a diferença é que ele não quer desenvolver ninguém, mas sim subjugar toda uma raça. Como a S.H.I.E.L.D. vai impedir isso, eu não tenho a menor ideia – mas claramente envolve uma missão espacial, onde perderemos alguns agentes… Mas quem?

Fique agora com a promo de Absolution/Ascension, season finale de 2 horas, que vai ao ar dia 17 de maio:

E você? Preparado para mais uma bombástica (perdão pelo trocadilho) season finale? Quem será que vai morrer? Fique a vontade para comentar e complementar a resenha!

Área reservada para Marvelmaníacos

Agent Carter foi cancelada. Doeu ver Coulson falando sobre como ela e o Capitão fundaram a S.H.I.E.L.D. e eles talvez fossem testemunhar o final dela.

='(

Most Wanted também não vingou. Provavelmente Bobbi e Hunter voltarão para a série – com a morte de um personagem importante, vai ser bom vê-los novamente.
– Poderiam utilizar os atores que haviam sido escalados para o elenco em Agent’s of S.H.I.E.L.D., não?
– Maurissa Tancharoen acidentalmente deixou escapar em uma entrevista que quem morrerá na season finale será uma mulhe
“Rasta-Hulk is your husband?” – adoro o Talbot
– “Now I’m thinking maybe I’m not the Inhuman whisperer” – Mack!
– “ “You need a beer and some faith” – Yoyo (quem não precisa?)
– ““I don’t care if that thing used to be Ghandi!” – Talbot
– Os inumanos primitivos foram criados em um teste Alpha, uma possível referência aos Aphas – uma espécie inumana escrava criada para servir os inumanos efetivos.
– No final do episódio, Elena deu o colar dela para Mack… Mas acho que isso foi só uma forma de confundir. Eu não sei, vou sentir muita dor por qualquer um que morra na série. Tenho apego por todos.
– Além de Talbot, espero que Radcliffe continue na série. John Hannah é ótimo e só a cara dele já é engraçada!
– Por onde anda o Deathlok? Ele seria bem útil agora…
– Não deram nenhuma importância para May por conta da morte de Andrew, aquela ceninha de segundos com ela ao lado do marido morto foi ridícula – por isso que infelizmente creio que será ela a vítima do season finale…Não há mais espaço para Melinda crescer. =(
– Caso eles consigam se livrar da Hive, espero que o Ward não se reinvente mais uma vez. Também creio que semana que vem será a última de Brett Dalton.
– Estamos shippando Mack e Yoyo?
– Gostaria de ver a May trabalhando mais com o Lincoln.
– Que dor ver a Daisy acabada daquele jeito…


Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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