I Will Face My Enemie deu uma brecada no ritmo e nos trouxe um episódio parecido com os que vimos na primeira temporada, mais focado em uma operação específica. Fiquei um pouco sem entender o início com padres, uma igreja destruída e uma suposta pintura de mais de 500 anos, que teria sobrevivido milagrosamente a um incêndio. Tudo faz sentido quando descobrimos que o verso dela está cheio de desenhos similares aos que o Coulson passa algumas noites desenhando nas paredes.
Mas isso não quer dizer que o episódio foi ruim. Ver o Diretor da S.H.I.E.L.D. e May, trabalhando disfarçados de casal moderno em uma festa para ricaços angariarem fundos com o objetivo de reconstruir uma igreja incendiada e roubar a pintura foi, no mínimo, engraçado, mesmo sendo a parte mais “fraca” do episódio. A reação da Skye ao escutar May rindo me divertiu. Ri ainda mais do braço direito de Coulson dizendo que seu rosto estava doendo por conta dos sorrisos. Acho que ela usou a cota anual deles de uma vez só.
Desde a primeira temporada, nós sabemos que Coulson e May são velhos conhecidos, mas sem muitos detalhes. Ao desligarem a escuta, deixando a equipe no Bus às escuras (e sem nada para fazer), dá pra saber mais sobre a relação deles. Eles entraram juntos na academia da agência, e eu achei que ficou no ar que eles já tiveram um lance. Vocês também tiveram essa impressão?
Coulson insiste em conversar sobre um plano de contingência com a agente, tendo em vista os sintomas decorrentes da sua ressurreição. O temor dele é se transformar em um novo Garret (Bill Paxton), mas May consegue fugir da conversa ao notar a presença do General Talbot. Ou seja, bye bye disfarce! Fiquei surpresa com a decisão do Diretor da S.H.I.E.L.D. de ir bater um papo com Talbot, que mais surpreendentemente ainda levou “numa boa” o fato dos agentes estarem ali, concordando em não atrapalhá-los. Ok, estranho… O militar faz uma ligação para a Hydra. OI?! TALBOT TA MANCOMUNADO COMA HYDRA?! Confesso que tive um pequeno heart attack, porque ia ser um plot twist muito louco e não faria o menor sentido! E ele ainda concorda em cooperar com eles, deixando que eles analisem o quadro sob sua vigilância. Como era de se esperar, eles estranham o comportamento “fofo” do militar e coordenam que May irá na frente para checar qual é a jogada.
May ao chegar ao local combinado vê Talbot supostamente trabalhando para Hydra, mas logo depois descobrimos ser Bakshi usando uma máscara holograma, sei lá como se chama. Ainda vemos a Agente 33 apagando a May, e com a tecnologia ela vira o que chamarei de May 33, tipo uma doppelganger, que vai atrás de Coulson no Playground.
Nessa oportunidade a May 33 implanta um vírus no Bus , e fala para Coulson que a barra está limpa com Talbot. Coulson não demorou muito para perceber que ela não era realmente a May, mas não antes de revelar que ele é o atual Diretor da S.H.I.E.L.D. e que se por acaso ele precise ser abatido, que fosse por May e ela também assumiria o comando da agência. Veja bem, Nick Fury (Samuel L. Jackson) passou diretamente para Phill e, a pessoa que ele mais confia para se necessário continuar sua missão é a japa. Não é pouca coisa não!
Além de Coulson e May, outro foco do episódio foi na integração da equipe, que desta vez acabou não atuando em campo, ficando de bobeira no Playground. E mais uma vez só tive olhos para Fitz e sua Simmons imaginária (que não deixa de ser o Fitz), tentando encorajá-lo a interagir com o resto do time. E, mais uma vez, elogio a atuação do ator Iain De Caestecker: ele consegue demonstrar exatamente como Fitz está se sentindo, mesmo sem ele conseguir falar direito. O personagem meio que nasceu de novo, de um engenheiro que adorava mostrar suas habilidades a um jovem muito inteligente, porém acuado.
Notável foi o momento em que ele tem a oportunidade de ser útil ao time e a Simmons imaginária some. Ele salva o Bus de explodir, por conta do dispositivo implantado pela May 33. A interação dele com Hunter enquanto eles estavam tentando salvar o Bus foi uma dinâmica bem engraçada e vê-lo tomar uma bebida com os rapazes ao final foi um grande momento para o personagem, pois significa um grande passo para sua recuperação. Essa reinserção do personagem à dinâmica da equipe é quase como uma forma de demonstrar que Fitz não precisa mais de Jenna. O fato de a dupla dinâmica ter se separado creio que vai ser muito importante para o crescimento dos dois personagens. E em algum momento sabemos que o encontro entre eles vai acontecer.
Voltando ao hotel, encontramos May em uma sexy camisola, que consegue nocautear Bakshi rapidinho e já parte para briga com a May 33, deixando Coulson livre para ir atrás da pintura. Para mim a luta entre as duas Mays foi uma das coisas mais legais de se assistir na série toda, sem exageros. Acredito inclusive que ultrapassa a surra que ela deu em Ward na season finale da 1ª temporada. A coreografia foi feita com maestria, e quem já imaginou poder assistir May x May?! Até Coulson fica abismado – “I can’t believe I am the only one seeing this“. O que foi aquele chute com os dois pés, batendo a cabeça da May 33 na mesa?! Sensacional, quero ser essa japa quando crescer!
I Will Face My Enemy não foi um episódio como os outros, mas divertiu e trouxe algumas novidades para a série. Podemos ver Ming-Na-Wen mostrando mais da sua interpretação, tirando por alguns momentos a carranca da cara da May. Ainda descobrimos que os desenhos feitos atrás da pintura são recentes, ou seja, temos mais uma pessoa rabiscando coisas estranhas por aí. E finalmente Coulson deixa claro que o plano de contingência, caso ele vá para o lado negro da força é May matá-lo. Ela, somente ela, meter uma bala na cabeça do Phill.
Será mesmo que veremos algum dark side desse agente que todo mundo ama desde a sua primeira aparição em Homem de Ferro? E pior, a Hydra agora sabe quem está no comando da S.H.I.E.L.D. Por quanto tempo eles vão manter segredo sobre a real situação de Coulson para o time?
A cena “pós-créditos” foi Whitehall implantando algum dispositivo em Raina, para que ela lhe entregue o Obelisco em 48 horas. Creio que isso vai dar ruim.
Assista agora a promo do episódio” A Hen in the Wolf House”, que vai ao ar dia 21 de outubro.
E então, o que acharam do episódio? Fiquem a vontade para comentar e expor suas opiniões.
ÁREA RESERVADA PARA MARVEL MANÍACOS:
– Quem reparou Hunter brincando com a Brazuca? Bola oficial da Copa do Mundo aqui no Brasil.
– A tecnologia dessa máscara holograma foi usada pela Viuva Negra no filme Capitão América 2: Soldado Invernal
– Alguém reparou que a série parou de mencionar, com a frequência que fazia na primeira temporada, coisas que os relacionassem ao universo cinemático? Sempre era um Tony Stark pra cá, Nova York pra lá. Não que eu não goste, mas a série já tem espaço para sobreviver por si só. Quero que as alusões aos heróis e acontecimentos dos filmes sejam relevantes à história da série, não só jogados ao vento. Estão de parabéns!
– Alguém sentiu falta do Ward?
– Faço a mesma reclamação de Tripplet, ele só fica de babá do avião. Ele fez tanto para conseguir a confiança de Coulson, não consigo entender porque não dão mais espaço para o personagem. Ele é neto de Howling Comando, merece!
– Hilária a “mágoa” de Talbot ao saber que Coulson não realizou imediatamente que não era ele na festa.
– Não quis comentar lá em cima, mas na promo vemos que Adrianne Palicki fará sua primeira aparição como Bobbi Morse, conhecida também como Harpia. Nos quadrinhos ela é leal a S.H.I.E.L.D, e ainda se casou com o Gavião Arqueiro. Vamos acompanhar para ver como ela será inserida no contexto da série.
– Essa semana ainda foi lançada a bomba de que o próximo filme do Capitão América será baseado no arco da Guerra Civil, em que ele e Tony Stark se tornam inimigos. Já estou sonhando com as próximas temporadas da série.
Até semana que vem!
