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Agent’s of S.H.I.E.L.D. – 3×11 Bouncing Back

Por: em 11 de março de 2016

Agent’s of S.H.I.E.L.D. – 3×11 Bouncing Back

Por: em

Agent’s of S.H.I.E.L.D. retoma a sua 3ª temporada depois de um hiato prolongado – coberto por mais aventuras de Agent Carter – e em uma semana quente para o universo cinemático da Marvel. Além da proximidade da estreia de Demolidor, que traz na esteira uma quantidade enorme de material promocional, nesta quinta fomos presenteados com mais um trailer de Capitão América: Guerra Civil. No meio de toda essa empolgação com o MCU, apertei play em Bouncing Back esperando um pouco mais do que me foi entregue essa semana.

O episódio não foi ruim, só não teve o impacto que eu esperava para iniciar 2016 com o pé direito, apesar de contribuir com alguns elementos para o desenvolvimento do enredo desta temporada. Talvez esteja falando isso por conta de todo o buzz criado com os Guerreiros Secretos antes do 3º ano começar, deixando de ser uma novidade agora que finalmente parece estar se realizando, com o time de inumanos encontrando-se cada vez mais em um lugar comum.

A frente principal de Bowncing Back envolveu uma viagem de Daysy, Mack, Joey, Bobbi e Hunter para a Colômbia, a fim de verificar atividades de um possível inumano em Bogotá. Uma coisa que realmente me atrai mais no universo Marvel é o fato de haver essa verossimilhança com o nosso mundo, não se utilizando de lugares fictícios para situar a sua história.

Ver uma potencial personagem aparecer em um país da América do Sul é algo bem mais interessantes, fazendo com que a trama da série abarque a escala global proposta tanto no cinema quanto na TV. O time então se depara com Elena Rodriguez (Natalia Cordova-Buckley) que, depois de Terragênese, adquiriu o poder de velocista, possibilitando que ela de tiros nos intervalos de seus batimentos cardíacos. É impossível não sentir um deja-vu com a inserção dela, já que corredores são amplamente explorados no universo dos heróis em geral (The Flash é um banquete deles).

Apesar de morno, foi legal assistir a colaboração dos inumanos. Yoyo (Mack é meio que o nosso Cisco)  foi a descendente alienígena mais bem trabalhada até então. De origem humilde, o fato dela perceber seus poderes como dons divinos dados à ela para fazer o bem, fez com que todos começassem a enxergar de forma diferente essa realidade louca que se instalou desde que os cristais terrígenos caíram no mar em S.O.S. O fato dela apenas conversar em espanhol também possibilitou que Joey desse um passo a frente na operação, aproximando-se da velocista – o que foi ótimo, já que foi a primeira vez que ele teve uma participação mais relevante desde a primeira vez que o vimos no season premiere.

Elena também conseguiu dar um novo ângulo na perspectiva de Mack sobre os Inumanos. Ele que foi uma das principais resistência à incorporação deles pela S.H.I.E.L.D., encontrou uma afinidade com a religiosidade da colombiana (além de ter rolado um clima…), o que também serviu para adicionar mais uma dimensão no parceiro de Daisy. Tremor, por outro lado, se viu finalmente liderando uma missão com seus irmãos de linhagem e vendo ela ser bem sucedida, mostrando uma Chloe Bennet completamente confortável com seu papel bem mais amadurecido do que a antiga hacker curiosa Skye lá da estreia. A atriz em evidente crescimento junto com a sua personagem, Agent’s of S.H.I.E.L.D. só ganha com isso.

A questão envolvendo policiais corruptos também foi uma trama muito tangível, trazendo toda essa realidade louca um pouco mais para perto da audiência. Ver que a ideia de pessoas com poderes é algo que começa a ser visto como normal também é um passo importante. Aqui tivemos Hunter e Bobbi deixando claro que descobrir-se inumano não seria um problema tão grande. O constrangimento deles confessando ter experimentado uns óleos de peixe para ver se ganhavam algum poder foi engraçado, provando que isso é uma problemática superada dentro da S.H.I.E.L.D.

Do outro lado do episódio, Coulson se movimenta para conseguir rastrear Gideon Mallick, para ele a nova cabeça da Hydra. A agência pelo menos pareceu crescer um pouco mais de importância, vide o reconhecimento da importância dela pelo presidente Hellis que deu peso à importância do trabalho de Phil ao encontrar-se com ele na casa de Rosalind. Só me espantou um pouco o fato da reticência do – em tese – homem mais poderoso do mundo – em ter uma posição mais ativa contra Mallick. Ora, o malvadão realmente conseguiria ter mais influência do que o presidente dos Estados Unidos, que tem sob sua jurisdição direta o maior time de heróis da Terra? Bom, pelo menos agora a S.H.I.E.L.D. não atua mais na ilegalidade, sendo a A.T.C U. apenas uma laranja para as operações unidade estratégica. De qualquer forma, adorei a nomeação do General Talbot para substituir Rosalind – ele é um personagem carismático, engraçado e todas suas interações com Coulson foram divertidíssima. Essa parceria pode prover bons momentos para a série de uma forma mais constante agora.

Ainda sobre Coulson, parece que todos os acontecimentos, principalmente o “encerramento” do seu gato e rato com Ward, que culminou na morte do ex-agente pelas mão do diretor, alterou bastante a forma dele se relacionar com o mundo. Desde que ele foi ressuscitado por Fury, o Diretor enfrentou uma série de dificuldades em distinguir o certo do errado, além da responsabilidade de tocar a S.H.I.E.L.D. depois dos acontecimentos de Capitão América: Soldado Invernal. A viagem dele para aquele misterioso planeta aparentemente deixou tudo mais controvertido na cabeça do outrora agente que chegava perto de ser uma pessoa ingênua, pura, bem diferente de Nick Fury.

A maneira com que ele lidou com o filho de Von Strucker, infligindo ao enfermo a passar alguns minutos na máquina da memória, foi mais uma de suas questionáveis escolhas em prol de um bem maior. Essa obsessão em derrubar Malick só vai aumentar, já que em breve o fato de Ward (ou algo como Ward) ser a chave de todo o poder que o novo cabeça da Hydra julga ter, potencializando a transformação de Coulson em uma pessoa cada vez mais sombria e implacável – um homem atrás de fazer o certo, custe o que custar. Tanto que ao ver que Fitz ainda está mexido por ter “matado” Will, Coulson assegura que as vezes devemos fazer uma coisa difícil para fazer o trabalho bem feito. Esse foi o primeiro sinal de que Phil está em uma espiral não muito solar… Afinal, ele se juntou mesmo à cavalaria?

Falando em Ward, ainda não ficou muito claro o que ele é, apesar da confirmação de que o ser que se apossou dele é o Hive – um parasita que, nos quadrinhos foi criado pela HYDRA em laboratório visando incorporar os ideias da dissidência nazista. Em Agent’s of S.H.I.E.L.D. a ordem dos fatores foi invertida, com a HYDRA na realidade revelando ser uma organização ancestral fundada para cultuar e localizar o paradeiro do Hive.

A existência da Hive da um contorno interessante para trama e um novo uso para o finado Ward. A série mostrou que ela é uma entidade que se compõe de diversas modificações genéticas, adquirindo inclusive as memórias dos seus hospedeiros. Ele pode virar qualquer coisa, já que é uma criatura sem identidade própria, o seu desenvolvimento secular pode adicionar elementos novos e ricos para a história de Agent’s of S.H.I.E.L.D. e também para o MCU. Além do desejo de formar um exército inumanos, o que podemos falar sobre Ward Zumbi agora é que ele não está em sua melhor forma e que ele guardou o sentimento ruim que o ex-agente tinha para com Coulson. Ou seja, uma poderosa criatura vai se colocar no caminho da S.H.I.E.L.D. e ninguém tem a menor noção do que pode sair daqui.

Mitigando tudo fiz parecer até que foi um episódio melhor do que realmente foi – o fato de dividirem a equipe em dois, fez com que algumas das nossas personas favoritas fossem subutilizadas. Fitz-Simmons, por exemplo, até tiveram um belo momento no fim do episódio (não quero mais sofrer por esse ship), mas May e Lincoln adicionaram vários nadas essa semana. A solução de entregar o relóginho dos Power Rangers pode acabar sendo uma boa saída para evitar essa sobra de gordura daqui para frente. Ora, não precisamos gastar os personagens em cena se eles não forem necessários, deixando-os livres para seguir com as suas respectivas vidas até serem chamados. Isso elimina um problema que surge com a aparição de novos personagens, que não são tão imprescindíveis para a história. Quando a S.H.I.E.L.D. precisar derreter uns metais ou de alguém para correr, ela vai convocar Elena e Joey pelos seus Iwatches.

Bouncing Back não foi o retorno explosivo que eu esperava, mas certamente trouxe importantes adições ao enredo desta temporada – ainda mais no que tange os inumanos. Com a captura daquele policial Medusa, ficou indicado que veremos uma corrida entre a S.H.I.E.L.D. e a HYDRA por eles pelo resto da temporada. E todo o mistério envolvendo essa criatura Hive também pode ser muito rico para o desenvolvimento de Agent’s of S.H.I.E.L.D., que já teve a 4ª temporada confirmada pela ABC!

Ah! A série foi mais uma série a lançar mão de um flashfoward como recurso para intrigar seus espectadores. Ora, alguém consegue pensar no que pode ter causado aquela nave a deriva pelo espaço 3 meses à frente? Quem serão as pessoas que parecem estar fadadas à um destino não tão auspicioso? Aquele crucifixo flutuando pela falta de fravidade me fez pensar em Elena…ou Mack… Só com o decorrer dessa parte da temporada iremos descobrir. Algum palpite?

Fique agora com a promo de The Inside Man, que vai ao ar dia 15 de março:

E você? Curtiu o retorno? Fique a vontade para dividir suas impressões aqui conosco!

Área reservada para Marvelmaníacos:

– Será que aquele flashfoward é resultado de alguma missão dos Guerreiros Secretos no espaço? Claramente ela não vai dar muito certo.

– “We’ll keep doing what we do, and you’ll keep pretending we don’t exist” – Hmmm, essa fala do Presidente Ellis exprime um pouco da importância da série para o MCU. Com todas as excelentes produções feitas na parceria com a Netflix, gostaria de ter um pouco mais do peso delas aqui também… Mas continuo te amando S.H.I.E.L.D.

– Mack ficou amarrado numa pia igualzinho o que ele fez com o Hunter na temporada passada. O mundo realmente dá voltas.

– Com toda discussão sobre os poderes dos inumanos, creio que a teoria de Lincoln voltará a ser abordada. Serão eles entes responsáveis em restabelecer um equilíbrio?

– Como você pode ver, o próximo episódio vai trazer de volta um personagem que gerou polêmica dentro do MCU. Carl “Crusher” Creel ou Homem Absorvente voltará a dar o ar da sua graça depois de confusão que causou com o Deviner na temporada passada. Para quem não se lembra, o personagem também foi colocado como easter egg em Demolidor, aparentemente tendo enfrentado o pai de Matt Murdock em uma luta décadas atrás. Será que vamos entender um pouco mais sobre o personagem agora?

– Yoyo apareceu pela primeira vez na revista The Mighty Avengers #13 (2008). Nos quadrinhos ela é porto riquenha, e seu pai é um vilão – e tem a forma de um Grifo. Ela juntou-se aos Guerreiros Secretos depois de lutar ao lado dos Vingadores. Eventualmente ela assumiu o codenome Slingshot. Ela é um membro importante da equipe e chega a perder os braços em uma das missões.

– Adoro contar curiosidades legais para vocês, como a participação da dupla Fitz-Simmons em um episódio de Ultimate Spider-man (obs: O Coulson também já apareceu e foi dublado por Clark Gregg):

– A aparição do presidente dos Estados Unidos na série para discutir a aparição dos inumanos pode significar um bom crossover com o MCU, mas também um importante ponto para nova série Marvel’s Most Wanted. Pensando bem, um evento que faria Bobbi e Hunter seguirem para o spin-off poderia muito bem ser a morte do presidente pelas mãos de Mallick, culpando o casal de alguma forma, o que faria necessário eles fugirem de tudo e de todos…algo que consta na sinopse da nova série, já que eles serão perseguidos por todos, inclusive a S.H.I.E.L.D. #Vamosrefletir

– Com a proximidade da estreia de Demolidor, gostaria de lembrá-los que Skye já mencionou conhecer Microchip, um Hacker aliado de Frank Castle. Se uma série do mercenário realmente acontecer, pode ser que tenhamos mais uma conexão de antemão.

– Aproveitando o gancho para falar sobre o Justiceiro, também quero lembrar que naquele curta ‘Hail the King’ (Homem de Ferro 3) há uma menção sobre os responsáveis por matar a família de Castle – o Clã Costa. Só uma anotação mental para utilizar nos próximos dias.

– Mesmo querendo Elena por perton, Daisy sabe que não pode obrigá-la. De boa-fé ela dá o mesmo espaço para Joey e os relógios sinalizam que ambos aparecerão novamente. Mas o que é importante notar dessa cena é a conclusão da conversa dela com Mack – “Let’s hope the director is sure”. O uso de palavra diretor ao invés do usual Coulson pode demonstrar um distanciamento de Phil da equipe.

– Ao final do episódio descobrimos em que Fitz ficou trabalhando durante todos os 40 minutos: Coulson tem uma mãozinha nova!

“Fox News won’t shut up” – Adoro essa verossimilhança!

“You’ve been nothing less than extraordinary this whole time.” – Jemma, pare!

– A série sempre foi usada também para trilhar o caminho para a história dos filmes, sendo inclusive afetada pelos seus acontecimentos. Estou curiosa para ver como o contexto de Guerra Civil será encaixado dessa vez.

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Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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