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Agents of S.H.I.E.L.D. – 4×11 Wake Up

Por: em 28 de janeiro de 2017

Agents of S.H.I.E.L.D. – 4×11 Wake Up

Por: em

Wake Up seguiu praticamente a mesma fórmula dos episódios que Agents of S.H.I.E.L.D vem apresentando desde que voltou do hiatus: Um desenvolvimento da história de Aida, uma pitada do plot dos inumanos, algum plot twist no meio do episódio (já tá ficando chato isso de ser enganado toda semana…), mas se diferencia por, enfim, ter unido as duas linhas narrativas da temporada. Aparentemente, de agora em diante, ambos os plots, LMD e Senadora Nadeer, vão andar juntos.

No que tange a Aida, May, real e androide, foi a grande estrela do episódio, de longe. Não houve nenhuma surpresa no modo como a May real foi capturada, mas finalmente sabemos que se a androide carrega memórias da May original, foi porque Radcliffe se certificou para que isso acontecesse. A obsessão dele pelo Darkhold o levou a construir um modelo quase perfeito… Tão perfeito que nem ao menos tem a consciência inicial de que é um robô. Foi bem interessante observar o “despertar” disso na May androide, que juntou os pedaços do que estava sentindo/vendo e finalmente descobriu sua verdadeira natureza. Esse plot abre possibilidades muito interessantes, como a androide eventualmente descobrindo como burlar as configurações de seu criador e se revoltando contra ele ou se “acostumando” à vida que lhe foi repassada e sendo mais um perigo para a May original. Por agora, resta a bagunça mental, sentimentos descontrolados (que nem dela originalmente são) por um certo agente Coulson e muita, muita dúvida.

Enquanto isso, a May original já sabe tudo que está acontecendo e batalha contra a impotência de não poder fazer nada. O roteiro do episódio me enganou muito bem durante a “fuga” dela, porque em momento algum eu me questionei se aquilo era real ou não, mesmo quando ela “matou” Aida (já houve tantos plots twists na temporada, por que não mais um?). Saber que tudo era uma simulação foi um choque e deixou a situação ainda mais desesperadora. Estamos acostumados a ver Melinda lidando com tudo que cai em seu colo, chutando bundas e dando ordens… É bizarro demais vê-la impotente, toda rodeada por aparelhos, presa em um mundo falso e cheio de mentiras. Aliás, colocá-la pra reviver um momento absurdamente doloroso da sua vida é de uma maldade impressionante e tenho certeza que, quando ela acordar, não vai sobrar nada de Aida ou Radcliffe pra contar história.

Não deve demorar muito para que alguém descubra que a May que está na S.H.I.E.LD. é falsa. Coulson pode até estar um tanto cego pela afeição genuína que tem por May, mas Fitz, Daisy e Simmons não. O primeiro, inclusive, me fez calar a boca. Achei que toda sua obsessão por investigar Aida era fruto da decepção pelo projeto não ter dado certo ou alguma outra megalomania de cientista, então me surpreendeu que ele estivesse fazendo tudo aquilo para investigar o papel de Radcliffe em tudo o que aconteceu. Que isso tenha sido revelado logo é uma prova de como a série não está enrolando para nada e sabe muito bem para onde caminhar – em outra temporada, teríamos mais uns 3 episódios de Jemma emburrada, brigando com Fitz e ele escondendo a verdade dela. É bom ver essa história resolvida e espero que não arrumem mais problemas para o casal de agora em diante.

A partir do momento em que Radcliffe deixou soltar com Aida que existia outro androide em atividade, eu passei o tempo todo achando que se tratava do Fitz, mesmo depois dele chegar até o cientista e prendê-lo. Quando os dois finalmente estavam cara a cara e Fitz despejou todas as verdades no cientista, foi que eu cogitei a possibilidade dele ser o Fitz real e outro personagem ter sido o substituído. Mas não esperava que este fosse Holden. Mais uma vez, como em quase todos as viradas de roteiro dos últimos episódios, parece tão óbvio que eu não sei como não me questionei isso antes. É claro que Radcliffe não se deixaria prender. E deixar um androide em seu lugar é exatamente o tipo de coisa que ele faria. O que não é óbvio disso tudo? Seu acordo com Ellen. É interessante que os dois estejam juntos para que a temporada agora caminhe em uma só direção, mas ainda preciso de mais explicações de como e porque isso acontece.

Quanto a senadora, ela segue seu caminho rumo ao posto de um dos personagens mais odiados da série até então. Foi ótimo o discurso de Daisy contra ela na audiência pública, deixando claro que inumanos também são pessoas como quaisquer outras e merecem ter seus direitos respeitados. A ideia de Coulson e Ioio de invadir o gabinete da senadora durante o momento em que Daisy assinava o Acordo de Sokovia foi sim boa, mas tenho que concordar com o Talbot que era algo imprudente e arriscado demais. Eles poderiam ser pegos por “n” motivos e acabaram sendo graças a aliança de Radcliffe e Ellen. Agora, todo o avanço feito quanto a legalização da S.H.I.E.L.D. enquanto empresa pode ir por água abaixo e uma nova crise pode afligir a instituição. Esse plot não me soa muito bem, já vimos ele antes e espero que a série não perca muito tempo com isso e resolva logo.

Pelo menos, com o clima mais ameno e enfim civilizado entre Mace e outros, eles podem passar por essa crise de uma maneira mais fácil. Foi muito bacana o modo gradual como o roteiro aproximou Jeffrey e Daisy, mostrando por ótimas cenas e uns bons diálogos que eles tem muito mais em comum do que aparentam e pode sair uma amizade bacana daí. Tanto Mace quanto Johnson são pessoas que procuram seu lugar no mundo, sofreram uma boa parcela de rejeição e pancadas da vida e, de certa forma, canalizaram isso pra suas personalidades. Vai ser uma relação bem interessante de se ver desenvolvida.

E, pra encerrar, tivemos também um pequeno desenvolvimento da história de Mack e Ioio. Além de Fitz, também cogitei que ele poderia ser o outro androide quando passou boa parte do episódio desaparecido. Ao invés disso, ganhamos um pouco do seu passado. Saber que ele teve uma filha que morreu há 11 anos, ainda recém nascida, explica um pouco porque Mack sempre anda como se carregasse muito peso nas costas e construindo muros que impedem muita aproximação dos outros. Talvez agora, esses muros caiam para que Ioio entre e os dois, finalmente, tenham um pouco de paz.

 Outras observações:

— É muito bizarra essa obsessão da Aida em querer matar a May.

— Foi bem interessante o modo como Radcliffe ligou a May original com a androide.

— E agora, o que será que a androide vai fazer? Esse plot me lembra demais Battlestar Galactica

— Não consigo imaginar quem/o quê possa ser esse Superior que está acima de Nadeer e, agora, de Radcliffe. Teorias?

— Essa semana a resenha demorou um pouquinho mais do normal por contratempos da vida, mas espero semana que vem conseguir postar normal. Me desculpem.

E você, o que achou de Wake Up? Deixe seu comentário e até semana que vem! 


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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