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Agents of S.H.I.E.L.D. – 4×19 All the Madame’s Men

Por: em 27 de abril de 2017

Agents of S.H.I.E.L.D. – 4×19 All the Madame’s Men

Por: em

“Um homem sábio uma vez me disse que uma pessoa pode fazer qualquer coisa a partir do momento em que ela entenda que faz parte de algo maior. Levou um tempo para que eu entendesse isso. Por anos, eu fui apenas um rosto na multidão, um professor de história espalhando as mentiras da Hidra. Eles pareciam se impor a qualquer pessoa que lutasse.

Mas agora eu escolho lutar. Escolho ser parte de algo maior. Eu acredito que juntos, podemos tudo. Porque a verdade é que eu não sou um professor de história. Meu nome é Phil Coulson. E eu sou um agente da S.H.I.E.L.D.”

Cara. Eu sei que às vezes pode ser chato elogiar excessivamente toda semana, mas não tem condição de ser diferente: Que arco fantástico Agents of S.H.I.E.L.Dvem apresentando com esse universo artificial. Se a temporada começou bem, mas sem surpreender muito, com o Ghost Rider e elevou o nível com o L.M.D., agora ela atingiu seu ápice com Agents of Hidra. Semana após semana, a trama segue em desenvolvimento rápido, com qualidade ascendente e cenas fantásticas. Só palmas.

A coisa já começou pegando fogo com a fuga de May e Daisy do prédio da Hidra. Foi sensacional ver Daisy em ação novamente com seus poderes de Tremor, mas o mais legal mesmo é vê-la novamente aliada de May. Era óbvio que ninguém daquele prédio iria ter chance alguma contra as duas agentes mais badass juntas, mesmo a toda poderosa Madame Hidra. Sua queda após ser atingida pelos poderes de Daisy acabou revelando muito do plot do Framework que até então permanecia em mistério. Quando Aida “acordou” após a queda, a primeira coisa que me perguntei foi qual seria a desculpa que o roteiro encontraria para que ela deixasse May viva, já que diferente da Daisy, ela está ao seu alcance. A resposta veio do reprogramado Ivanov. Faz sentido que eles não consigam ferir ninguém que não seja ameaça ao Framework já que a proteção de todos era uma das bases do projeto original de Radcliffe. De certa forma, isso também casa perfeitamente com o fato de May não saber que aquilo é um mundo artificial e, ao invés disso, apenas ter começado a questionar sua lealdade cega. Se Daisy contasse a ela, ela se tornaria uma ameaça e poderia facilmente ser ferida por um dos androides.

Outra coisa interessante que a queda de Aida/Ophelia fez foi elevar Fitz ao posto de primeiro em comando na Hidra, o que nos deu uma noção do que é o Projeto Espelho (já já a gente fala disso) e também serviu pra mostrar que mesmo naquele mundo totalmente reprogramado, sua relação com o pai não é uma maravilha e que ele não conseguiu apagar totalmente os sentimentos que Fitz possui, apenas os redirecionou para que o filho evite senti-los. Será que uma conversa mais sincera com Jemma pode ajudar Leo a “acordar”? Achei que a uma altura dessas, os dois já teriam ao menos se encontrado, mas ainda nada. Algo a se esperar nos próximos episódios, que devem continuar com o pé no acelerador, agora que o Projeto Espelho está quase chegando ao fim.

Que delícia que foi ver Trip e Jemma juntos numa missão de reconhecimento para descobrir mais sobre. Eu gostava bastante do Trip, senti um pouco quando ele morreu, então é bem bacana que a série nos dê esses momentos com ele, para matar um pouco a saudade (mas pode deixar ele lá mesmo, viu. Nada de trazer ninguém desse mundo). A revelação de que o projeto faz parte de um plano de Aida para contornar sua programação e se tornar humana se encaixa naquela coisa que é óbvia se você parar pra pensar, mas que eu estava tão envolvido com a temporada que nem tinha cogitado. Tudo que ela fez teve esse objetivo e agora, ela está mais perto do que nunca. O que eu duvido muito é que Ivanov também seja parte desse plano, como ela disse. Seu olhar para o russo deixa claro que Aida o considera descartável e que vai ter algum plot twist envolvido aí.

Foi ótimo ver quase todo mundo trabalhando junto no plano para levar Daisy até a base, até um Mack sem muito treinamento algum naquele mundo. Que a agente também tenha se colocado ao lado de May durante o resgaste é um ótimo demonstrativo que, diferente de Jemma no começo, ela entendeu que para sobreviver naquele mundo, precisa se adequar a tal. Por mais que seja difícil, é preciso entender que aqueles não são seus amigos, são programações diferentes, com sentimentos e vidas diferentes. E, claro, isso se aplica também aos inimigos e é muito bacana ver a redimensionada legal que o roteiro do framework deu a Ward. É claro que, não, a gente não vai começar a gostar dele da noite pro dia e ele continua sendo um grande fdp, mas sua versão boazinha foi um ótimo diferencial.

Não tem como não sentir ao menos um nó na garganta quando ele e Daisy conversam e ele diz que espera que ela acredite que ele não tem nada daquele Ward que ela conheceu. E ele não tem. Diferente do Ward que a gente aprendeu a odiar, esse Ward é uma pessoa que realmente se importa com os outros, lutou contra a Hidra e ainda pede desculpas por tudo que sua outra versão fez. Não sei se Daisy foi sincera quando disse que ter o conhecido fez ela entender que, no fundo, havia algo de bom em Grant Ward, mas acho que é verdade. Por mais escroto que ele tenha sido, essa sua versão alternativa mostra que tudo na vida depende das escolhas que fazemos, da criação que temos e das circunstâncias da vida. Foi um ótimo exercício de análise que a série se propôs a fazer e teve sucesso. Deu aquele aperto real no coração quando ele pergunta se depois que ela for embora, ele terá sua Skye de volta.

Os momentos finais são incríveis. Além daquela pequena cena entre Coulson e May antes dele entrar no ar após a invasão da emissora de TV que dá aquela aquecida no coração, o discurso dele revelando ao mundo o que a Hidra fez (que está na abertura da review) foi incrível. Esse não é o Coulson professor. Esse é o Coulson diretor, que assumiu indiretamente o posto depois da morte de Mace e, durante todo o episódio, se mostrou como tal. É o Coulson que luta, que cai, que está disposto a tudo para salvar o mundo e seus amigos. E, como ele brilhantemente colocou, já que chegar até o ponto de saída deixado por Radcliffe é complicado, conseguir apoio geral contra a Hidra pode ser uma excelente opção. O aviso do carinha da emissora pra Ward de que as pessoas estão na porta e querendo lutar é aquele prenúncio de que a corrente começou a mudar e que as coisas vão dar certo.

E eu mal posso esperar pela conclusão desse arco incrível.


Outras observações: 

— Ward citando Victoria Hand, o coração chega fica menor </3 Agora a gente entende que ele é realmente leal a S.H.I.E.L.D. aqui porque foi recrutado por ela e não pelo Garret.

— A cena “pós-crédito” mostrando que Ivanov e Aida encontraram onde Daisy e Jemma estão adormecidas é a prova de que, mesmo que no framework as coisas começaram a dar certo, tudo ainda pode dar errado.

— E o final do Radcliffe, alguém aposta como vai ser?

— As cenas de luta aqui estavam ainda melhores.

— Tenho a impressão que essa questão da filha do Mack vai dar problema quando for a hora dele sair do framework.

— Tem gente achando que alguns personagens podem sair do Framework com a mesma personalidade, tipo Fitz. Espero sinceramente que não.

— Renova isso, ABC! A gente merece uma temporada final planejada.

Fique com a promo incrível de “Farewell, Cruel World“, episódio de próxima terça. Até lá, comenta aí comigo!


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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