O que dizer dessa season finale de American Horror Story, hein? O que estava ruim terminou ruim e o que estava bom… errr… o que estava bom mesmo? Ah, o que importa é que os showrunners de AHS conseguiram encerrar a temporada de um jeito interessante e não se esqueceram do que em alguns momentos pareceu ser o tema central da temporada: o recomeço. A ideia de renascimento ficou bastante evidente nas histórias de Liz Taylor, Iris, Alex Lowe e, finalmente, na história do Hotel Cortez que parece ter entrando em uma nova era após a ~morte~ da Condessa.
O último episódio teve um andamento bem ~didático~ e se resolveu tratar com carinho o desfecho de alguns personagens, quase ignorou outros. A Condessa, interpretada pela premiadíssima Lady GaGa, apareceu apenas duas vezes pra fazer o que fez a temporada toda: matar e seduzir pessoas. Ramona Royale também não marcou muita presença e John Lowe apareceu no final pra… nada. O policial morreu na porta do Cortez e agora só aparece nos dias de halloween pro Devil’s Night organizado por James March. Tá bom, né? Resumindo, os assassinatos em série cometidos por Lowe foram só resultado da megalomania de March mesmo, o que faz todo sentido, apesar de não ter significado quase nada para o enredo de Hotel. Lowe entrou pro seleto hall de serial killers americanos e Scarlett Lowe, esse poço de tranquilidade e (in)sensatez, parece visitar anualmente o Cortez para dormi com a família. Ai, Ryan Murphy…
A história de recomeço de Liz e mesmo de Iris foram ótimas, mas nenhuma foi melhor que a de Sally, hahaha! A personagem de Sarah Paulson passou toda a temporada à margem dos enredos principais, sempre exalando um ressentimento e dor típicos dos moradores do Cortez, mas… ah, nada que uma tecnologia moderninha não resolva, não é verdade? Sally descobriu o Facebook e o Instagram (adicionem: SallyThatGurl64, rsssss), já tem um bocado de curtidas nas redes sociais e parece bem feliz e satisfeita – imaginem só quando ela descobrir o Badoo! O desfecho de Sally foi bastante inesperado, o que me faz acreditar que é melhor não levar tão à sério a suposta densidade da narrativa dessa História de Horror Americana, rs.
A nova fase do Cortez é liderada por Liz Taylor que sem dúvida foi a personagem mais bem aproveitada nessa temporada capenga que foi Hotel. Mesmo com algumas falhas, ela protagonizou a história de recomeço mais bacana; desde sua aceitação como Liz Taylor até a reconciliação com o filho e o nascimento da netinha no último episódio. É verdade que o reencontro com Douglas (Josh Braaten) foi um pouco fraco, mas em quesito de fraqueza nada se compara ao seu relacionamento com Tristan. O romance entre os dois parece que só serviu pra justificar a morte do modelo e alimentar uma vontade de vingança contra a Condessa que também não deu em nada. No fundo mesmo, a relação de Liz e Elizabeth é mais de gratidão e carinho do que qualquer outra coisa. A cena (bem bonita, diga-se de passagem!) em que Liz decide morrer no Cortez deixou isso bastante claro!
No final das contas, American Horror Story: Hotel foi um grande desperdício. A qualidade do figurino, dos cenários e do elenco acabou se perdendo na falta de um enredo central, o que fez a temporada parecer confusa e sem um objetivo narrativo bem definido. Enquanto o Cortez estava cheio de personagens interessantes, com histórias e personalidades super intrigantes, Hotel perdeu muito tempo com vampiros mirins que tiveram pouca utilidade e com personagens como Alex Lowe que contribuíram quase nada para o desenvolvimento da temporada. Mas é assim, né? Uns ganham uma temporada furreca, outros ganham um Globo de Ouro de melhor atriz em minissérie. Pelo menos, alguém se deu bem com Hotel e não foram nós, os espectadores, rs!
A sexta temporada de American Horror Story já foi renovada! O que será que vem por aí? Palpites? O que você achou dessa season finale? Gostou da temporada? Deixe seu comentário!
Observações:
-A participação de Billie Dean Howard, personagem de Sarah Paulson em AHS: Murder House, foi uma ótima solução para o encerrar a temporada e a história de John Lowe! Além de coerente, foi bem legal rever a personagem! Foi uma escolha bem esperta dos showrunners, viu!
