Se antes alguns tinham dúvidas se conseguiriam manter o nível da história apresentada na premiere, esse episódio chega para confirmar isso da melhor maneira possível. Se preparem, pois a sucessora de Asylum finalmente chegou e promete cada vez mais.

Dando continuidade aos acontecimentos do episódio passado, vemos a relação de Matt e Shelby ficando cada vez mais frágil. E, mesmo com eles se perdoando, nada garante que isso não possa vir a mudar. O problema mesmo vai ser quando Lee retornar, afinal, ela nunca gostou de Shelby, e duvido muito que ela a perdoe. Mas entre uma briga e outra, a tensão apertou mesmo quando o Homem-Porco passou a persegui-los pela casa. Em uma cena empolgante como há muito não se via em American Horror Story, tivemos uma noção do verdadeiro perigo que ronda a casa.

E se os episódios passados careciam de informações, esse transborda uma tonelada delas. Tudo isso graças ao retorno de Elias que, em pouco tempo em tela, se tornou um dos personagens mais legais da temporada. Claro, não poderia deixar de comentar sobre um dos pequenos defeitos de Roanoke: as mortes precoces. Primeiro demos adeus a Mason que, apesar de ser bem odiado, geraria um bom drama familiar com Lee sobre o desaparecimento de Flora. Como se não bastasse, Elias, que até então não tinha sido apropriadamente apresentado, também deu adeus de uma forma bem insatisfatória. Será mesmo que Roanoke tem tanta história para contar que precisa ficar desperdiçando alguns personagens? Seja como for, ele irá fazer muita falta nos próximos episódios.

Mas, mesmo com essa triste despedida, foi graças a ele que conhecemos mais sobre o passado da casa. É difícil não notar essa incoerência do roteiro, afinal, Shelby pesquisou no Google sobre as enfermeiras e sobre a antiga colônia… Mas, e a casa? Será mesmo que era preciso de um personagem apenas para contar a história dela? Seja como for, o interessante da história é que foi feita uma conexão até então inesperada e surpreendente. A casa foi construída por Edward Felippe Mott. Reconhece o sobrenome? Ele é o antepassado de Dandy Mott, o garoto rico e psicopata de Freak Show. É interessante como essa temporada busca se conectar com as demais, mostrando a profundidade da história em geral.

E assim como em Murder House, essa casa também fora palco de vários assassinatos e os espíritos continuam presos a ela. Alguns por não conseguirem fugir a tempo, mas outros por vontade própria, como a Açougueira. O pacto com a Bruxa da Floresta realmente frutificou, mas como vemos em muitas histórias do gênero, tudo tem seu preço. É necessário um sacrifício humano, e a pobre Priscila foi uma desses. E apesar de triste, foi graças a ela que não só descobrimos o esconderijo de Elias, como também vimos Flora sendo salva. Com certeza esse foi um dos momentos mais esperados desde seu desaparecimento, mas como nem tudo é um mar de rosas…

…Cricket foi, sem dúvidas, o melhor personagem de Roanoke. Mesmo tendo uma participação tão curta em relação aos outros, foi graças a ele que tivemos um desenvolvimento maior na história. Sendo sempre o mais inteligente e o mais engraçado, foi difícil quem não se sentiu pelo menos um pouco triste por sua morte. Claro, talvez ele acabe voltando como um fantasma, mas mesmo com esse pensamento positivo, a cena do esventramento ainda é bem chocante.

American Horror Story está quase chegando à metade de sua temporada. Em entrevistas, Sarah Paulson prometeu dois grandes plot twists. Ainda é difícil imaginar quais possam ser, mas é inegável o fato de que Ryan Murphy está retirando a série do fundo do poço em que ele mesmo a colocou. Seja como for, os próximos episódios prometem ser cada vez mais intrigantes e nós só temos a agradecer por isso.

Observações:

–Lady Gaga está incrível. Quem julga a atuação dela por causa da Condessa, é melhor repensar.

–Cada vez que o Homem-Porco aparece, eu quase morro. Parece até o Demônio do Vício de Hotel.

–Boatos de que Evan Peters interpretará Edward Mott. O que acham?

–Um episódio sem Lee? Sério? Eu preciso da minha dose diária de Angela Bassett!

–Mesmo as enfermeiras sendo horríveis, não tem como não sentir agonia na morte delas.

–E a família Chen que mal apareceu, mas já considero pakas?

–E os garotos do episódio passado? Realmente achei que eles teriam um papel importante na história.

–Os dialetos dos aldeões são bem interessantes. É legal ver que os roteiristas se preocuparam até mesmo com isso.

–Eu conheço esse termo Cricket hahaha

–Croatoan!

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