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American Horror Story – 6×08 Chapter 08

Por: em 4 de novembro de 2016

American Horror Story – 6×08 Chapter 08

Por: em

Estamos seguindo para os últimos capítulos de American Horror Story e a série continua nos surpreendendo. Com uma temporada praticamente imprevisível, o roteiro continua nos guiando para o que aparenta ser um grande final. Resta saber se a complexa trama criada em Roanoke conseguirá ser fechada satisfatoriamente.

Finn Wittrock, Adina Porter e Robin Weigert - American Horror Story

Dando continuidade aos acontecimentos passados, presenciamos o desespero de Shelby e Dominic. É estranho ver a inesperada dupla improvável que eles formaram, mas mais estranho ainda ver Shelby dando seu último suspiro. Que atire a primeira pedra quem nunca pensou que a mesma fosse a sobrevivente. Afinal, nos primeiros episódios presenciamos a história de sobrevivência dela com seus familiares, já na segunda parte, vemos a história dela tentando reconquistar o marido. Era nítido que ela era responsável por mover a história e que parecia ser a peça chave para solucionar essa história. Mas, como já cansamos de perceber, o roteiro não está mais previsível como outrora. Além do novo formato, Ryan Murphy inovou o seu próprio modo de contar uma história. Só uma pessoa irá sobreviver, mas está ficando cada vez mais difícil descobrir quem será.

Dominic, por sua vez, finalmente revelou seus motivos de voltar. Assim como todos os atores, ele era cético. Em nenhum momento ele acreditou no personagem que interpretava, tudo que importava era o dinheiro. Claro, Sidney entendia muito bem disso e conseguiu manipulá-lo a seu favor. Quem em sã consciência iria recusar um programa próprio? Ele sabia que em Roanoke Audrey sempre seria a protagonista, então foi impossível pensar duas vezes antes de aceitar. É interessante ver que todos os atores foram vítimas de seu própria arrogância. Agnes só queria aparecer na TV e, para isso, acabou sendo possuída pelo seu próprio personagem. Ela viveu por ele e morreu através dele. Rory, por sua vez, se achava invencível. Edward, sendo um fantasma, poderia lidar com qualquer coisa que aparecesse, não ele. O fato do mesmo querer proteger Audrey não foi apenas preocupação, mas sim a vontade de querer aparecer. Já Dominic queria se tornar ainda mais conhecido com um spin-off. E, vendo por esse lado, até que preço pagaríamos pela fama? Será que é tão importante assim sermos amados pelo mundo e não só pelos que nos são importantes?

Seja como for, é possível ver que o perigo está aumentando cada vez mais. Com uma pequena nostalgia de Murder House, vemos todos os espíritos unidos com um único objetivo. Mas, enquanto na primeira eles estavam tentando ajudar, agora eles fazem o oposto. É engraçado ver como eles são tão diferentes, mesmo sendo espíritos. Os espíritos da primeira temporada foram mortos injustamente, mas mesmo assim prezavam pelo bem. Já nesse ano, mesmo tendo sido mortos por motivos fúteis, os fantasmas se tornaram vingativos. Claro, as enfermeiras e o Homem-Porco não se encaixam nessa questão, mas e a família Chen? Talvez seja mais fácil se unir do que viver isolado de todos, como Edward faz. Apesar de ter sido uma má pessoa em vida, ele ainda continua nos túneis para ajudar aqueles que estão em desespero. Mas, todo esse comportamento dos espíritos é claramente influenciado por apenas um ser: A Açougueira.

Chega a ser estranho o fato dela ter sido tão importante na história, mas nem chegar a ter falas nessa segunda parte. Afinal, qual será o destino deles? Será que eles tomarão a terra a qual dizem pertencer? Pelo visto, a fuga dos participantes está por tirar o foco dessa parte. Claro, ainda há tempo para esse núcleo ser trabalhado, mas é impossível não sentir medo por um possível abandono. Não seria a primeira vez que Ryan Murphy deixa uma ponta solta, mas será que mesmo com todas essas mudanças, essa característica ainda se manterá? Tudo que podemos fazer é ter esperanças.

Lily Rabe e Adina Porter - American Horror Story

E falando em esperança, os outros participantes precisam dela mais do que nunca. Lee finalmente nos revelou a verdade, mas será que valeu a pena? Se alguém achar as filmagens – o que já é certo acontecer – poderia ir mesmo atrás dela? Ela não quer proteger a colega que matou a Mama Polk, mas sim a si mesma. Ela confessou em um momento de fraqueza, quem poderia culpá-la? Mesmo assim, é difícil não querer saber mais da história. Como uma pessoa bêbada conseguiria matar um homem grande, queimá-lo e levantá-lo naquela altura? Ou será que ela o matou na floresta, por isso a cara de surpresa ao ver o corpo naquele local? Seja como for, Lee não é nada inocente e prova isso matando o Jovem Polk. Ele não era uma pessoa má, apenas foi criado assim. Ele não queria matar ninguém. Mas, naquela situação, era impossível salvá-lo. A morte dele foi o preço a ser pago pela salvação das garotas.

Mas, levando em conta tudo isso, quão grande deve ser a dor de perder um filho? Agora sabemos que Mama Polk não tinha apenas os três da primeira parte, ela possuía mais um, mas, sem nenhum motivo aparente, não quis mostrá-lo. Seria por se importar com a segurança dele? Mesmo vivendo naquela situação, uma mãe sempre ama o filho. O garoto podia não saber, mas talvez essa atitude dela tivesse sido uma prova viva disso. Ela queria protegê-lo. E é possível ver como os irmãos ainda se importam com as crianças. Será que as veremos novamente? Será que elas terão um papel importante nessa história? É difícil afirmar, mas os Polk não deixarão tudo que aconteceu passar em branco. A fuga de Monet, apesar de esperançosa, pode ter sido o passaporte para sua morte. Se ela esperasse, poderia estar a salvo com as garotas. Agora, ela está sozinha pela própria arrogância de não querer ajudar o próximo.

Já Audrey começa a nos surpreender e mostrar um lado mais humano. Assim como Lee, ela agora também tem um crime nas costas. E, assim como Shelby, ela também perdeu seu grande amor. Mas, apesar da mesma ter se matado, ela ainda mantém suas esperanças. Na floresta, ela queria morrer, mas era fácil ver que tudo não passava de uma mentira. Ela queria viver. Ela queria viver por ela e por Rory. Ela ainda o amava e nem a morte foi capaz de impedir isso. A fuga dela com Lee foi, no mínimo, intensa. Agora, é impossível saber o que o futuro reserva para elas. Apenas uma pessoa irá sobreviver, mas seria uma delas a sobrevivente? Com a chegada de Dylan, tudo pode acabar mudando. Não é possível confiar em mais ninguém, então, o que será dos participantes?

Sarah Paulson e Adina Porter - American Horror Story

No geral, American Horror Story conseguiu manter sua trama até o momento. Diferente das temporadas anteriores, é possível ficar confiante com o final que já está a caminho. A Lua de Sangue ainda está no céu, o que significa que a pior parte pode estar por vir. É impossível prever o que poderá acontecer. Os personagens já perderam a esperança, mas esse sexto ano conseguiu trazer de volta a nossa.

Observações:

Mataram tanta gente que agora precisam trazer mais.

Aliás, será que Dylan foi contratado por Sidney para assustar as pessoas com aquela fantasia? Afinal, no documentário ele interpretava apenas Ambrose.

Espero que o Wes tenha um bom papel dessa vez, gosto muito dele.

Incrível a revelação do passado do Homem-Porco, tanto o de Murder House quanto esse.

Finn tinha sido creditado como Cain Polk, mas parece que ele revelou um outro nome, não?

Coitada da Lee. Com aquela perna eu ficaria apenas esticado no chão esperando o pior.

Monet falsa, provavelmente vai precisar de ajuda. Quero ver todo mundo virando a cara.

Declaro oficialmente Roanoke como a sucessora de Asylum.

Aquela câmera da fazenda se aproximando me deixou curioso. Será que alguém está observando?

Estou apaixonado pela Adina Porter. Sério.

 


E você? O que achou do episódio? Não se esqueça de deixar sua opinião e continuar acompanhando as reviews aqui, no Apaixonados por Séries.


Lucas de Siqueira

Apaixonado por Tom Holland, séries históricas, documentários sombrios e guerras. 19 anos de pura imersão em diferentes universos através da leitura e pronto para criar outros através da escrita.

Santa Branca/SP

Série Favorita: Game of Thrones

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

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