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American Horror Story: Hotel – 5×03 Mommy

Por: em 25 de outubro de 2015

American Horror Story: Hotel – 5×03 Mommy

Por: em

É verdade que o terceiro episódio de American Horror Story não foi tão empolgante quanto o segundo, mas com certeza teve cenas memoráveis, de tirar o fôlego e de fazer qualquer espectador se apaixonar mais um pouquinho pelas estranhezas do Hotel Cortez. Mommy preocupou-se em desenvolver melhor alguns personagens e suas histórias e não trouxe grandes incógnitas para o enredo de Hotel – até porque, nesse início de temporada, poucas coisas foram esclarecidas e, claro, ainda é bastante é cedo. Por essa razão, temos um episódio que se não aumenta a empolgação deixada por Chutes and Ladders, mantém a expectativa de assistirmos uma bela temporada de American Horror Story. De qualquer forma, o episódio da última quarta-feira, já deixou uma certeza: Hotel  é sem dúvida a mais ousada e sangrenta temporada da série de Ryan Murphy!

Naomi Campbell como Claudia Bankson em American Horror Story: Hotel

O episódio explorou um pouco melhor a relação de Alex com o desaparecimento de seu filho Holden e deixou expostas as feridas do decadente casamento com o policial Lowe. Outro relacionamento bastante precário é o de Donavan e sua mãe Iris, ainda não podemos entender muito bem a relação de amor e ódio entre os dois, mas parece que a solidão de Dono vai durar pouco tempo. As questões que envolvem esses  personagens e até mesmo Sally, acabam um pouco ofuscadas pelo ritmo e pelos impactantes percursos do núcleo vampiresco da trama!  Se a pretensão de Murphy  era dar destaque as complexas experiências maternas de Alex Lowe e Iris ou delinear um pouco melhor o perfil psicológico de John Lowe e Sally, talvez esses aspectos tenham acabado em segundo plano, já que esse terceiro episódio foi, definitivamente, dos personagens de Finn Wittrock, Lady Gaga (sim, de novo!) e Angela Bassett (que estreou em Hotel da forma mais inesperada, polêmica e maravilhosa!).

Angela Basset como Ramona Royale em American Horror Story: Hotel

Elizabeth parece conhecer muito bem seu magnetismo sexual e por isso conquista e rejeita à seu bel-prazer as pessoas que lhe soam mais convenientes. Ao eleger Tristan Duffy  como seu amante oficial, ela relegou Donavan  ao esquecimento. A insatisfação de Dono e sua aproximação meio compulsória com Ramona Royale (Angela Bassett) já deixa entrever possíveis rumos narrativos de Hotel. Principalmente, porque descobrimos que Ramona e Elizabeth foram amantes ao longo dos anos 80 e que a relação delas não terminou nada, naaada bem! Já Tristan, mimado e imprudente, apesar de ser um personagem interessante, parece não passar de um fantoche sexual de Elizabeth e ganha destaque em Mommy por protagonizar as principais cenas eróticas do episódio – o que talvez não signifique muito pro desenrolar narrativo de Hotel.

Elizabeth e Ramona Royale

Apesar do apelo erótico e violento da temporada, não podemos deixar escapar o que, apesar de ofuscado, me pareceu os grandes temas emocionais da temporada. Hotel apresenta personagens ressentidos e culpados. Nesse sentido, o casal Lowe e Sally apresentam-se como grandes personagens. O sumiço de Holden causou males ao relacionamento de Alex e John que parecem insuperáveis. Ao passo que John não consegue eliminar o sentimento de culpa, Alex parece incapaz de amar novamente e superar o ressentimento que alimenta desde a perda do filho. A fase de afastamento e conflito resulta em um pedido de divórcio que expõe ainda mais as fragilidades do detetive.
Além dos mistérios que envolvem os “crimes dos mandamentos”, o contato entre e Sally e Lowe ainda não dá brecha para muitas especulações, mas não podemos negar que existe algum afinidade entre os dois. Desde Chutes and Ladders essa aproximação (ou reconhecimento) entre os personagens, ainda que sutilmente, ganhou certo destaque. Em Mommy, Sally, em uma cena rápida e perturbadora, diz ao policial que eles foram feitos um para o outro e depois disso desconfio bastante das possibilidades entre a exótica hóspede do Cotez e o durão John Lowe. O que será que vem por aí?

Sally e Jonh Lowe em American Horror Story: Hotel

Observações:
– Espero mesmo que a história de Hotel se desenvolva bem e que tenha um encerramento digno da ousadia e bom gosto estético e musical que temporada apresentou nesses primeiros episódios!
Hotel ganha pontos ao apresentar corajosamente tantas possibilidades sexuais. É claro que o assunto é polêmico e delicado, mas por enquanto as cenas serviram de maneira coerente a proposta da temporada e, principalmente, o que é mais importante, ao desenvolvimento da história do Hotel Cortez.
– A cada episódio que passa eu tenho mais certeza que Elizabeth poderia se chamar Lady Gaga de uma vez!
– Angela Basset, Lady Gaga e Kathy Bates apresentam tão bem suas personagens que, sinceramente, ainda não senti tanta falta de Jessica Lange na temporada.
E vocês o que acharam do terceiro episódio de American Horror Story: Hotel? Deixem seus comentários!


Natasha Mastrangelo

Historiadora e feminista por natureza. Meio Frances Ha, meio Kat Stratford. Não vive sem queijo, batata e Toddynho.

Rio de Janeiro

Série Favorita: Skins

Não assiste de jeito nenhum: Arrow

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