Não importa se a sua preferência é O Bebê de Rosemary, Pânico ou Rocky Horror Show, você tem que admitir: todo mundo adora uma boa história de terror americana.
Valendo-se desta máxima e da forte influência do gênero no folclore americano, a dupla Ryan Murphy e Brald Faulchuck, responsáveis pela badaladíssima Glee e pela polêmica Nip/Tuck, criaram a já badalada e polêmica nova produção do FX: American Horror Story, que conta ainda com produção executiva de Dante Di Loreto, outro envolvido com Glee. O piloto, dirigido e escrito por Murphy e Faulchuck, foi aprovado pelos executivos do canal em Julho deste ano, quando a produção da série começou.
O novo seriado é descrito como um thriller psicossexual sobre uma família tentando recomeçar. Na história, Ben, Vivien e Violet se mudam de Boston para Los Angeles depois do aborto expontâneo de Vivien e da descoberta de um relacionamento extra-conjugal entre Ben e uma de suas pacientes. O novo lar da família, uma nobre mansão gótica, já foi palco de assassinatos e segredos, e hoje é tida como mal-assombrada. A série seguirá a reconstrução do relacionamento de Ben e Vivien, a depressão de Violet e o desvendamento dos mistérios da mansão e de sua vizinhança.
A premissa é interessante, reutilizando ideias clássicas da ficção de terror – podemos ver plots parecidos em O Iluminado, em Horror em Amityville ou em Os Outros, mas aqui, a maneira como são utilizados é diferenciada. “Quando você dispõe [os clichês] em um prisma de sexualidade e emocionalidade, eles tornam-se mais interessantes“, disse Ryan Murphy, em entrevista ao Collider. Na mesma entrevista, ele disse que pretende dar um toque de realidade à sua história, envolvendo a crise econômica que assola os Estados Unidos: “A questão é: ‘o que você faria se tivesse investido todo o seu dinheiro em sua casa e, então, de repente, quisesse sair, mas não pudesse vendê-la?‘”
O elenco é definitivamente o que mais chama atenção, a primeira vista: é um exagero de nomes consagrados de Hollywood. Connie Britton (Friday Night Lights) é Vivien Harmon, cotada como a heroína da série, Dylan McDermott (The Grid) é o psicólogo e patriarca Ben Harmon, Evan Peters (Kick-Ass) é Tate Langdon, sociopata paciente de Ben Taissa Farmiga é a adolescente problemática Violet Harmon, Denis O’Hare (True Blood) é o fantasma Larry Harvey, Jessica Lange (Um Bonde Chamado Desejo) é a vizinha Constance, uma mãe superprotetora, Frances Conroy (Six Feet Under) é a governanta Moira, que é vista por Ben e Vivien de maneiras diferentes, Shelby Young (A Rede Social) é a sexy Leah, Zachary Quinto (Star Trek) é Chad, o antigo dono da casa, e Teddy Sears (Direito de Amar) é seu parceiro.
Murphy citou o filme Inverno de Sangue em Veneza e a novela cult americana Dark Shadows (ou Sombras da Noite, no Brasil) como as mais fortes influências deste novo trabalho, além de uma experiência paranormal que teria ocorrido com ele em sua casa. Para seus criadores, a série funciona ao mesmo tempo como uma homenagem ao terror e a fundadora de um novo conceito dentro do gênero.
A campanha de divulgação da série foi massiva: tivemos as séries de vídeos Clues, House Call, Terror Tour e Behind the Scenes, que você pode assistir através do canal da série no Youtube, além dos intrigantes pôsteres, que você pôde conferir neste post.
A exibição do primeiro episódio aconteceu ontem no FX americano e os críticos ficaram divididos – enquanto uns viram em American Horror Story uma grande promessa, outros disseram que ela não passa de uma tentativa vexatória de causar medo. O que é consenso é que esta série é extremamente ousada e estarrecedora, um must see para qualquer um que acompanha esta temporada da televisão americana. As reviews da série ficarão por minha conta, e a do primeiro episódio sai hoje, logo mais.
Enquanto isso, fique com a abertura deste verdadeiro freak show:
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