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American Idol – 15×19 Top 6 Revealed & Top 5 Perform

Por: em 21 de março de 2016

American Idol – 15×19 Top 6 Revealed & Top 5 Perform

Por: em

Um episódio que começa com Adam Lambert e Mad World não tem como dar errado.

Sim, finalmente um episódio digno de American Idol. Song choices (em geral) boas, eliminação coerente com o que acontece no palco, MUITO apelo emocional, muito Adam Lambert. Deu tudo certo. Mesmo com a audiência fraquejando, a última temporada do Idol conseguiu dar uma polida na imagem do programa, que se encerra com um top 5 melhor do que o esperado.

Com a escolha das músicas “nas mãos do público” e o fim da escolha dos jurados, o programa começa a ficar com aquele senso de closure, e agora é definitivo. Como eu venho continuamente insistindo, o trunfo do Idol em relação aos outros realities de música/talento dos Estados Unidos é o de ter formado artistas que são parte fundamental da cultura norte-americana e, em alguns casos, da cultura pop global. Adam Lambert acabou de terminar uma turnê com o Queen, sabe? American Idol foi sempre fiel à proposta de formar grandes artistas, prontos para um mercado sanguinário, e por muito tempo conseguiu efetivar essa ideia. Insisto que as chances de La’Porsha do vencedor desta temporada se tornar um popstar reconhecido são pequenas, mas isso não diminui a beleza da temporada, que com todos os percalços e obstáculos, muitas vezes colocados pela própria emissora, fez um trabalho no mínimo aceitável.

Mas vamos às performances?

Primeira Rodada

Trent HarmonCounting Stars

Não entendi muito bem o processo de “escolha” das canções pelo público, mas fiquei com a impressão de que o Scott Borchetta criou várias contas falsas no twitter e ficou pedindo a música que ele queria ver os acts cantarem. Porque quem foi que achou que Counting Stars era a melhor música para Trent? Aliás, quem foi que achou que Counting Stars é a melhor música para um reality show? Certas músicas ficam lindas no estúdio, adequadíssimas para o rádio, mas ao vivo, numa competição, não rola. Counting Stars é uma delas. Trent fez um trabalho bom, comandou direitinho a música – que fica numa região aguda super confortável para ele – mas a performance ficou defasada porque a letra da música é muito cheia, o fim de um verso emenda no começo do outro. Uma solução seria aproveitar mais os vocais consistentes de Trent em alguns momentos, como no começo do último refrão, e deixar os backing vocals seguirem a letra –  exatamente como Trent fez semana passada com Stand By Me, mas com um pouco mais de controle.

Dalton RapattoniNumb

Essa performance foi toda estranha. Já começa por aquele telão vergonha alheia, passa pelo violão desnecessário, e termina naquele arranjo ????????. Honestamente, quem foi que achou que botar Dalton para cantar Linkin Park era uma boa ideia? Pois achou certo. Só que Dalton NÃO cantou Linkin Park. Era um ótima oportunidade de, mais uma vez, fazer Dalton nos convencer pela performance, pela energia, e nos fazer esquecer por um momento de que os vocais dele não são essa Coca Cola toda. No fim das contas, ficou tudo mediano. O arranjo não funcionou, os vocais não impressionaram; sorte a dele que foram duas apresentações. Se a ideia era provar a capacidade vocal do garoto, que fizessem uma versão totalmente acústica da cação, sei lá, mas esse chove-não-molha foi um flop homérico.

La’Porsha RenaeReady For Love

Ouso dizer que foi a pior performance de La’Porsha até aqui, mas mais por culpa do arranjo do que dela em si (aliás, essa primeira rodada foi bastante cagadinha nos arranjos). E ainda assim, a melhor do 1º round. Que mulher. Que vocais, que performance, que emoção. Mesmo com a produção na contramão, a black diva garantiu uma performance sólida e convincente, impecável mesmo. Até cansa falar das performances de La’Porsha, porque é sempre a mesma coisa. Perfeita.


Pausa para a performance de Jussie Smollet e Yazz, provando que a dupla mais carismática de Empire ainda pode fazer música juntos!! Vai ter Dynasty feat. Empire? Enfim, sem spoiler. Só a esperança de que a segunda parte da temporada seja melhor que a primeira (e a trilha sonora também).

MacKenzie BourgWild World

MacKenzie!! Finalmente sem violão! E andando no palco! Uma performance controlada, meticulosa, mas também convincente e verdadeira. Ótima escolha de música. Essa instabilidade de MacKenzie me preocupa, mas se levarmos em conta essa performance, o top 4 está mais do que garantido.

Tristan MacIntoshIndependence Day

Finalmente Tristan está no Bottom, segura esse tombo Scotty B! Os vocais foram bons, mas nada inédito e nada interessante. A música não colaborou muito, porque exigiu demais da voz dela e, mais uma vez, deixaram as limitações evidentes, fazendo dessa performance um atestado de óbito bem amargo.

Sonika Vaid –  Let It Go

Já está mais do que na hora da América largar de ser misógina, eliminar um homem e quebrar a previsibilidade. Como esperado – principalmente pelo sistema de apresentação, que praticamente esquece do fato de quem é salvo pelos jurados também tem que ser votado -, Sonika foi para o Bottom. E ainda assim, entregou uma performance impecável vocalmente, forte e segura. Pelo amor de deus, não eliminem Sonika Vaid no top 5. 🙁

Segunda Rodada – Top 5

Depois da eliminação de Tristan, ficamos com a nata (não sei bem nos critérios de quem) da temporada. A partir daqui, é só consolidação de trabalho e performances para cumprir tabela. É tipo fim de período eleitoral: tudo que a gente precisa saber a gente já sabe. Agora é só apelo emocional para garantir alguns votos extras. E, vou te dizer um negócio, dos 5 VTs pré-apresentação, eu chorei em 4. Deve ser meu emocional frágil, mas o apelo foi FORTE. E as escolhas das músicas foram bem melhores do que na primeira rodada, e a produção estava mais refinada… Escolha seu favorito e curta essa emocionante viagem pelas performances da segunda rodada.

Dalton RapattoniThe Sound Of Silence

O “argumento emotivo” de Dalton foi até interessante: a bipolaridade. Um tema que transparece na personalidade dele – e na persona que ele criou para o palco – e que funcionou bem com essa faixa. Primeira performance dele que não se baseou em uma eletricidade explosiva desde Rebel Yell, a função dele aqui era entregar bons vocais com emoção e verdade, porque é essencial uma performance diferenciada para garantir a passagem para a final. A emoção convenceu, a produção tava linda, e os vocais foram contidos e graciosos, sem o exagero e a “rasgação” de apresentações anteriores. Curti bastante, mas acho que entre os meninos que sobraram ele é o mais fraco pro voto do público.


Pausa para 01 homem maravilhoso: Adam Lambert. Que desempenho… fabuloso. Vamos torcer para que essa música faça bastante sucesso, porque Welcome To The Show é um hino que deve ser louvado e exaltado. Não dá para comentar os vocais desse homem, de onde que sai isso pelo amor de Deus? E ele é um fofo, né? Um gato mesmo. E Laleh: nunca te vi sempre te amei. Todo mundo botando Welcome To The Show na playlist já!!!

MacKenzie BourgBillie Jean

Voltando para o mundo real onde não temos Adam Lambert todas as semanas, é hora de confessar um pecadinho: eu só fã de MacKenzie desde antes do Idol. Sim, desde a época do The Voice. Aliás, esse assunto da doença cardíaca que ele tem foi o principal tema do VT dele na audição às cegas, e eu estava surpreso que a produção do programa não tinha usado ainda porque é bastante apelativo (foi uma doença que ajudou Philip Philips vencer Jessica Sanchez na 9ª temporada, se vocês bem se lembram). Mas ele veio numa boa hora, porque introduziu o ‘wow moment’ que ele tanto procurava. Essa foi, muito provavelmente, a melhor performance dele na temporada. O arranjo estava incrível – mesmo sendo uma fórmula um tanto batida a da voz-e-violão em Billie Jean -, mas o que me faz dizer isso foram os vocais seguros, firmes, nesse estilo confiante de quem conta uma história. Mais uma vez pontuo essa preocupação: a instabilidade de Mackenzie assusta, mas pelo arranjo da competição essa semana ele provavelmente passa ileso.

Trent HarmonSimple Man

Com o choro no final da apresentação, Trent também deve ter passagem garantida para o top 4. Eu particularmente não fiquei tão emocionado assim, mesmo com a carta do amigo falecido, mas eu tenho uma explicação para essa comoção toda. Todo mundo já sabe – e quem não sabe tá lá na página do Idol na Wikipédia –  que o programa tem uma tendência a premiar artistas do Sul dos Estados Unidos (que também é a região onde o programa é mais assistido). Só para você ter uma ideia, 4 dos 5 finalistas da temporada são de estados do Sul, com exceção de Sonika que é de Massachussets. Foi nessa linha de pensamento que o comentário de Harry me chamou a atenção: Trent tem essa ‘essência sulista’ no jeito de se apresentar, e, independente de cantar músicas que não são de gêneros tipificados, como o folk e o country, essa atitude fica presente, e se transforma nesse TCHAN apelativo e convincente que Trent tem e eu não conseguia explicar direito. Parece que é isso que vai faze-lo chegar na final, somado ao fato de que tem uma voz bem interessante, lógico. Nessa apresentação, eu não me convenci tanto porque acho que a canção exigia um pouquinho mais de simplicidade, e a aposta dele foi nos melismas e vibratos exagerados, como de costume. A bancada amou. Eu não.

Sonika VaidClarity

A trilha do VT ser Bring Me To Life é quase um clamor: que volte a Sonika do primeiro live. A angry girl que virou a mesa a favor dela e foi aplaudida de pé por Kelly Clarkson estava precisando voltar para a competição, até porque dois Bottoms seguidos não é bom sinal. Essa apresentação foi impecável, do começo ao fim. O único problema é que faltou um pouquinho de vulnerabilidade na apresentação, principalmente porque a música não exigia muito isso. Somado com a apresentação menos tocante dos 5, uma recepção não tão boa da bancada e um histórico super instável, Sonika pode estar em problemas – mesmo com uma performance adequadíssima.

La’Porsha Renae No More Drama

Já pode acelerar o processo do programa e entregar o prêmio para essa mulher. Mesmo eu achando que a melodia estava alta demais, engolindo os vocais dela no começo mais grave – primeira vez que eu critico as duas apresentações de La’Porsha na semana, olha só – a energia ascendente da canção, que carregava uma força imensurável, provou que La’Porsha é a voz a ser batida. Merece o pimp spot da semana, merece as lágrimas da bancada e da plateia e merece o prêmio que vai ganhar daqui a 2 semanas.

Enfim, temos um top 5 bastante interessante e, com exceção da provável eliminação de Sonika semana que vem, fica difícil prever quem serão os finalistas. Certo, La’Porsha com certeza estará na final e Trent é o candidato mais forte, mas não podemos subestimar a fã-base de MacKenzie e nem o apelo de Dalton. Daqui para frente tudo pode ser uma surpresa. Mas fica um provável ranking, baseado nas performances ao vivo até aqui:

La’Porsha Renae
Trent Harmon
MacKenzie Bourg
Dalton Rapattoni
Sonika Vaid

Entre os garotos, Dalton parece ser o mais fraco, já que não tem o apelo singer-songwriter de MacKenzie. Eu aposto na preferência do público sulista/tradicional em Trent, por isso a 2ª posição para ele. E viva La’Porsha Renae.

 


Mic Drop 1: Jennifer, uma dica de amigo: demite seu figurinista.

Mic Drop 2: Mamilos do Yazz, quem viu?

Mic Drop 3: Minhas previsões para o top 5 foram precisas. Ao contrário da imprensa gringa. Beijos.

Mic Drop 4: A música que tocou no VT da 2ª apresentação do MacKenzie é uma música dele que eu escuto desde 2013. Chama Everyone’s Got A Story e é linda de morrer.


Gustavo Soares

Estudante de Cinema, fanboy de televisão, apaixonado por realities musicais, novelões cheios de diálogos e planos sequência. Filho ilegítimo da família Carter-Knowles

São Paulo - SP

Série Favorita: Glee

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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