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Análise do Emmy 2016 – Coadjuvantes de Drama

Por: em 31 de agosto de 2016

Análise do Emmy 2016 – Coadjuvantes de Drama

Por: em

Por muitas vezes, eles roubam a cena (e a série) pra eles. São mais queridos que os protagonistas e muitos até se recusam a entender porque concorrem nessa categoria. E em um ano onde a Academia do Emmy parece disposta a apostar em mudanças e quase metade das vagas são preenchidas por alguém de Game of Thrones, as duas categorias de coadjuvantes de drama estão entre as mais abertas do ano.

Ator Coadjuvante 

atores-coadjuvantes

A categoria de ator coadjuvante em drama traz figurinhas repetidas, mas que nunca venceram ou tiveram seu merecido reconhecimento, como Jonathan Banks, de Better Call Saulque vem merecendo desde os tempos de Breaking Bad, justiça seja feita, e Michael Kelly (House of Cards) e seu Doug, um dos melhores e mais deliciosos personagens do drama político da Netflix. Algum dos dois tem chance de levar a estatueta esse ano? Banks bem mais que Kelly, mas nada está definido ainda.

Favorito da crítica ano passado, Ben Mendelsohn retorna esse ano concorrendo mais uma vez pelo disfuncional Danny, o personagem que, há que se dizer, dá o tom e a alma a Bloodline (sim, a gente também ama Kyle Chandler, mas não há como negar que os conflitos da série existem por causa de Danny) em uma atuação avassaladora e que se não ganhar seus louros agora (o que provavelmente), um dia o fará.

Mas para saírem vitoriosos, Banks, Kelly e Mendelsohn vão ter que enfrentar a espada o hype enorme em cima de Kit Harington e seu Jon Snow. Protagonista do maior episódio do ano até agora (a famosa Batalha dos Bastardos), capa de revista internacional divulgando sua ressurreição, inúmeras participações em programas de TV falando sobre como teve que guardar o segredo de sua volta e uma temporada irretocável, com uma quase unanimidade crítica a seu favor. Jon Snow pode até não saber de nada, mas uma coisa a gente sabe: Harington é o nome a se bater na categoria.

Correndo por fora, temos dois nomes: Peter Dinklage, atual vencedor e mais um representante de Game of Thrones e Jon Voight, de Ray Donovan. Dinklage vem de uma temporada sensacional, mas onde Tyrion esteve mais apagado do que nunca, brilhando apenas no season finale, em sua conversa com Daenerys sobre finalmente servir a uma rainha que acredita – o que, claro, pode muito bem convencer a Academia a lhe dar mais um prêmio, o que eu não acredito. Já Voight, por melhor que seja, não tem o suficiente de hype e apoio crítico para competir com nenhum dos outros  5 e é o grande azarão da categoria.

Quem deve levar: Kit Harington

Quem deveria levar: Ben Mendelsohn

Quem faltou: Como assim vocês esqueceram do Christian Slater (Mr. Robot)?????

 

Atriz Coadjuvante 

atrizes coadjuvantes

Melhor atriz coadjuvante ou melhor atriz de Game of Thrones, fica a dúvida. Mesmo no melhor ano da série, ter 3 indicadas em uma categoria com 6 vagas é algo MUITO grande e já dá prévias da força avassaladora que a série da HBO adquiriu e que deve lhe render a maioria dos prêmios da noite. Quem pode barrar uma vitória aqui? O saudosimo em torno da temporada final de Downton Abbey e da sempre sensacional Maggie Smith. A Condessa Violet era sem dúvida alguma a melhor personagem da série britânica e, talvez, a despedida traga consigo o gosto da vitória.

Quem também pode surpreender é Maura Tierney. Se no primeiro ano de The AffairRuth Wilson colheu (merecidamente) todos os elogios pela sua atuação como protagonista, a segunda temporada focou mais em Helen e elevou Tierney a um novo nível. De personagem escada, ela passou para o centro da ação, sempre com competência, força dramática e cenas avassaladoras, que colocaram a crítica aos seus pés e representam, aqui, sua chance de vitória. Vale lembrar ainda que essa foi a única indicação da série da Showtime nas categorias principais, o que significa que a Academia olhou com carinho para Maura.

Uma das séries mais elogiadas do último ano, UnReal está aqui representada por Constance Zimmer, outra favorita de público e crítica que pode surpreender e arrematar a estatueta. Não é fácil ser indicada pela primeira temporada de um show de um canal um tanto quanto fora do radar, mas a atuação de Zimmer como Quinn foi suficiente para quebrar esse tabu e lhe garantir uma vaga entre os indicados. Tem muita gente apostando em uma provável vitória da produtora. Mais alguém torcendo?

Porém, se tudo sair como esperado, uma das meninas de Game of Thrones leva essa. Qual? Bom, a única coisa que sabemos é que não será Emilia Clarke. Por mais destaque que Dany tenha tido nessa temporada, ainda não é o suficiente para fazê-la digna sequer de uma indicação, o que dirá da vitória. A briga mesmo está entre Lena Headey e Maisie Williams, com Headey ganhando muita vantagem devido ao hype construído desde o ano anterior e a walk of shame e sequências de tirar o fôlego no season finale desse ano. Demoramos a dormir depois do sorriso diabólico de Cersei ao ver seus inimigos pegando fogo e sentando-se, finalmente, no Trono de Ferro. Claro, Maisie também teve destaque (seu encontro com Walder Frey foi inesquecível), mas nessa guerra, os Lannister devem ganhar.

Quem deve ganhar: Lena Headey

Quem deveria ganhar: Lena Headey

Quem faltou: Joanne Froggatt (Downton Abbey)


Agora é sua vez. Conta pra gente quais suas apostas e não deixe de acompanhar a cobertura do Apaixonados por Séries do Emmy 2016!


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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