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Apostas da CW para a temporada 2012/2013 – Parte 1

Por: em 11 de fevereiro de 2012

Apostas da CW para a temporada 2012/2013 – Parte 1

Por: em

Entra ano, sai ano, vem fall season, vai fall season, mas uma coisa nunca muda: a CW é o canal que mais dá o que falar (e não é a toa que seu slogan é tv to talk about, né?). Goste você ou não, é preciso admitir que o que este canal faz, nenhum outro consegue fazer igual.

Como não poderia deixar de ser, estamos aqui mais uma vez, Alexandre e Leandro, para comentar o que nossa emissora favorita está preparando para a sua audiência na próxima Fall Season. Notícias não param de sair, as escalações estão a mil e a gente não deixaria você de fora dessa por nada desse mundo. Mas primeiro, vamos analisar a atual situação dos shows que ainda estão no ar atualmente.

Bom, a única série do canal que pode se considerar 100% segura é The Vampire Diaries, já que é o único programa que beira os 3 milhões (quando não ultrapassa; esta temporada já chegou a quase 3 milhões e meio, no episódio 3×08)  e sempre está acima de 1 ponto na qualificada. Muito provavelmente por causa do lead-in, The Secret Circle também é garantia de renovação. Supernatural e Gossip Girl, quase que certamente, também ganham novas temporadas (E finais, assim a gente torce, né?).

Para Ringer, Nikita e 90210, a situação é crítica. Conversas de corredores – e números de audiência, claro – dão quase por 100% certo o cancelamento das três. O futuro de Hart of Dixie ainda é incerto, mas provavelmente deve receber mais uma temporada. One Tree Hill, como todos tristemente sabem, chega ao fim em abril. Isso nos dá, por cima, um número de 3 ou 4 lacunas na grade – mais do que isso, seria uma surpresa.

Vale ressaltar, também que o canal agora apresenta-se sobre uma nova direção. Dawn Ostroff que comandou tudo nos últimos anos, cedeu lugar a Mark Pedowitz, que logo que assumiu a emissora em maio, tratou de afirmar que mudará o foco da audiência – antes era mulheres na faixa de 18-34 anos, agora passa a ser adultos de maneira geral, na mesma faixa de idade, o que pode acabar influenciando nas decisões tomadas.

Considerados os fatos, chega a hora de apresentarmos os novos possíveis shows que a emissora está preparando. E preparem-se, pois se dependesse de nós, todos os shows seriam produzidos, vamos ver vocês. Comparado com o post do ano passado, teremos algumas novidades. Além dos tradicionais comentários sobre a série, uma breve sinopse e o veredicto no padrão CW, duas novas categorias entram em vigor. Teremos a ‘Cena Esperada’, onde nós e nossa imaginação fértil vamos descrever uma situação que gostariamos de ver no show, e também o ‘Reviewer Indicado’, que não passa de uma grande brincadeira com nossos colegas de blog, onde julgaremos quem seria o mais indicado a fazer reviews da série (além de nós claro, que já temos contrato assinado com a emissora).

Meus caros, conheçam as produções que a CW prepara para que não paremos de falar delas:

À primeira vista, a definição resumida do show chama atenção por si só: um romance épico, 300 anos no futuro. Quais as chances de, na CW, isso dar errado? O Spoiler.TV, nosso adorado site de spoilers, teve acesso ao script do piloto de The Selection e descreveu o mesmo como – vejam bem – uma mistura de Kings, série antiga da NBC, Harry Potter e a cafonice de Once Upon a Time. Se eles queriam fazer disso um comentário positivo ou negativo, vai da interpretação de cada um.

A história se passa em reino de fantasia distante, onde as pessoas são separadas em grupos numerados. Uma garota, aparentemente chamada America (sim pessoas, ela se chama America), é vendida por seu pai para uma competição (a tal The Selection) onde garotas disputam para (pausa dramática) se tornarem a nova princesa do reino. Vai, pode rir. É totalmente compreensível (o que não nos exime de querer torcer por America). E America ainda é apaixonada por um garoto, de outro grupo, o que é considerado uma ofensa à sociedade conservadora e pode resultar até em PRISÃO (gente, sexo fora do casamento é crime para eles – engulam essa).

E como se tudo isso já não fosse o suficiente, há também um plot lésbico, onde a filha da rainha mantém um affair com uma das garotas da competição. É a CW tocando na ferida. Segundo o SpoilerTV.com, a série seria focada em um público ainda mais jovem do que o canal está acostumado, o que contraria totalmente a iniciativa do novo presidente da emissora e pode indicar muito dos rumos que o show pode tomar. Uma pena, diríamos. Longe de uma produção de ponta, a série tem chances de ser um grande fracasso (e vamos combinar que aqui está a maior das chances) ou acabar se tornando mais um dos guilty pleasure’s que insistimos em assistir.

Talvez seja uma grande quebra no que estamos acostumados a ver na televisão, mas dificilmente The Selection engrene em meio as séries da emissora. Não vemos nenhuma série fazendo um lead in eficiente nesse caso, além do que, confiar na CW para abordar plots tão polêmicos de forma bacana é meio que um tiro no escuro. Mas que seria divertido assitir ao menos alguns episódios disto, ah, seria.

 

Cena esperada: America tenta resistir ao charme de seu amor mais velho, porém não consegue. No meio do furor de amor dos dois, alguém os flagra e espalha isso para a sociedade conservadora. America está destruída, corre para a sua casa onde encontra a rejeição de seu papai. Se tranca no banheiro, encosta na porta e cai em meio ao seu pranto solitário. Lembrando do seu grande amor em flashbacks da sua mente, America cai em um choro mudo enquanto a música chega ao seu refrão e toma a cena totalmente. (Trilha recomendada: Stop and Stare – One Republic).

Reviewer indicado: No caso de The Selection, a gente, depois de muito debate, acha que o nosso colega Caio seria a pessoa ideal para escrever os textos da série, já que ele é super fã de dramas épicos e este, com certeza, é um, e dos imperdíveis.

Veredicto no padrão CW de qualidade: Levando-se em conta que até The Beautiful Life saiu do papel, não vemos nenhum problema com The Selection. O porém é agregar o público. Sendo exibida, talvez, no mesmo dia de Gossip Girl, existe uma chance de boa audiência. Se sair do papel, ultrapassar a primeira temporada será uma vitória.

 

Provavelmente, a nova série com mais chances de engrenar, já que vai atingir todo o grande (?) público orfão de Sex and the City. Até mesmo pra que não viu o show ou os filmes, a trama soa interessante – se você for fã de série teen, claro. Porque é isso que The Carrie Diaries (qualquer semelhança ao nome com The Vampire Diaries é mera coincidência – ou não) será, da cabeça aos pés: o clássico drama adolescente, focado na vida de Carrie Bradshaw (que na série e no filmes é interpretada pela Sarah Jessica Parker), aos 16 anos.

O ano é 1984 e Carrie é recém-chegada aos 16. Ou seja, encontra-se naquela fase onde é complicado segurar os desejos juvenis e onde o medo do futuro começa a bater cada vez mais forte na porta. Sua mãe morreu de câncer há 3 meses e como desgraça pouca é bobagem, ela vive às turras a irmã e o pai. Ela é amiga de Jill (que, por algum motivo bizarro, é conhecida como “The Mouse” – ela deve ser algo como o princípio da cultura geek no mundo, vai saber), Maggie (pois é, nome ideal para um personagem masculino), filho do chefe de polícia da região) e Walt, o cara com quem Maggie está saindo e que ainda não saiu do armário. Temos aí o grupo de amigos (mas não espere nada como Carrie, Charlotte, Miranda e Samantha.)

Também há uma personagem chamada (PREPARAM-SE) de Donna LaDonna, a típica mean girl da escola e que entrará em conflitos com Carrie e seus amigos. Ela e Carrie disputarão a atenção de Sebastian, que acaba de chegar a escola e com quem Carrie teve rápidos encontros no verão. Já no piloto, um plot twist aparecerá, onde Carrie acabará indo passar uma semana em Manhattan, em um escritório (ela quer ser advogada). Pois é gente, muito a se esperar da série, porém se as comparações com SATC começarem logo no piloto, o show não tem chances de vingar. Encará-la como uma série independente é o primeiro passo para o sucesso.

Apesar do reviewer do SpoilerTV comparar a série com aquele antigo piloto que Gossip Girl tentou emplacar sobre a vida de Lily (ainda na segunda temporada da série), vemos chances muito maiores nesse drama teen dos anos 80. Além disso, por mais que o fôlego de GG se esgote a cada dia, é inegável que ela seria um perfeito lead in para The Carrie Diaries, já que é bem provável que as duas partilhem do mesmo público. Público adequado, dramas adolescentes e conflitos na sociedade, tem alguma coisa que você vê não funcionando na CW? Pois é, nós também não, fazendo dessa uma das maiores apostas da temporada para o canal americano.

 

Cena Esperada: Carrie está cansada de seus problemas familiares e, além de tudo, sofre com a pressão da adolescência. Chegando na escola, esbarra em Donna Ladonna, que óbviamente, encara isso como um insulto. Cansada de confusão, Carrie fala um simples ‘Go to hell‘ e sai andando como se nada tivesse acontecido. Donna Ladonna revida a frase com um ‘Hell? That what they thought about you. At least i’m not a virgin‘. E essa é a gota d’agua para Carrie partir para cima de Donna Ladonna e as duas protagonizarem uma belo quebra pau de meninas em meio ao corredor da escola. Então as duas se estapeiam enquanto ‘Smell like teen spirit’ (Nirvana) atinge seu refrão e a câmera se desloca pelo corredor, até a porta da escola se fechar na nossa cara e vermos o logo da série.

Reviewer Indicado: Levando-se em conta que a Bianca escreve sobre Gossip Girl e assistiu Sex and the City (e gostava, acreditamos), seria ela a pessoa perfeita para falar sobre Carrie Diaries.

Veredicto no padrão CW de qualidade: Muitas chances de engrenar e durar uma 3 temporadas, no mínimo.

De longe, é a nova série que mais chama atenção e que mais parece se aproximar do novo perfil que Pedowitz pretende impor à emissora. História de mistério, trama intricada e personagens adultos, ficando, por exemplo, bem mais próxima do estilo de Nikita ou Ringer do que de Gossip Girl ou 90210.

É a história de Jeff e Nate Solton, dois irmãos com personalidades distintas. Jeff é um repórter tentando reconstruir sua reputação, enquanto Nate é um completo aficcionado por Cult, uma série de TV que fala sobre Eric Collins, um detetive que teve toda a sua família sequestrada, segundo ele, por Billy Grimm, líder de uma seita obscura. O programa é um sucesso de audiência, daqueles que mobilizam todo um país, deixam os fãs obcecados com seus mistérios. É o tipo de show que, a partir do momento em que participa, você não sabe o que vem a seguir.

Nate acredita, contudo, que tudo aquilo não é apenas um programa e que algo muito mais obscuro se esconde detrás das câmeras. E depois de uma visita aos estúdios, Jeff começa a acreditar que ele pode estar certo. Em resumo: é uma série sobre uma série e supostos crimes e mistérios ligados a mesma. Parece bem o novo estilo que Pedowitz procura. E resta saber, também, se o público da emissora irá comprar a ideia. Na produção executiva da série, o sempre presente Josh Schwarts (The OC, Gossip Girl, Chuck, Hart of Dixie). É o tipo de show que ou dá muito certo ou muito errado. É esperar pra ver.

Apesar dessa grande dúvida, a série parece bastante promissora. Com um elenco afiado, tramas bem trabalhadas e uma chance do público, talvez tenhamos uma grande show vindo por ai. Agora isso será uma grande dúvida até a estreia da qual partilharemos. Mesmo assim, apostamos que seria uma excelente chance de ver Josh explorando novos estilos na televisão.

 

Cena Esperada: Nate está convencido de que tudo não passava de meras idéias tolas da sua cabeça, principalmente agora que estava ali, presente no estúdio onde tudo acontecia em frente ao seus olhos. A gravação começaria em breve e a mente do jovem começo a divagar pelas coisas que anteriormente havia pensado. Não fazia sentido algum, como era tolo. Todos estão na posição, o diretor dá o ok. A atenção não poderia ser maior da parte de Nate. Então, num surdo estalar de um revolver, um ator cai no chão. Nate observa bem, pois todos parecem surpresos com a queda do colega e a poça de sangue que logo se forma ao redor dele. Todos cerram os olhos a procura da fonte do disparo. Não era encenação, o ator fora atingido de verdade. A câmera pega o corpo caído em meio a poça de sangue e mostra o rosto de Nate que só consegue pensar uma coisa: ‘Oh my fucking God, i was right’.

Reviewer Indicado: Depois de muito pensar e debater, acabamos chegando a conclusão de que, por mais clichê que seja, o Leandro seria o mais indicado para a série, afinal vocês viram o que esse menino foi capaz de inventar acima de tão animado que ficou com a série, né? Pois bem.

Veredicto no padrão CW de qualidade: Tudo vai depender da recepção do público. Das duas uma: Ou será um sucesso, ou fracasso. Não acreditamos existir meio termo.

Joey Dakota é uma das séries que ainda não se sabe quase nada. Nenhum portal teve acesso ao scrip do piloto, como no caso das 3 que a gente falou acima, então ficamos apenas na base da especulação. O que se sabe é que é uma série que envolve viagem no tempo e os musicais dos anos 90. Como falamos da CW, pode esperar aí um romance proibido, uma adolescente drogada e coisas do tipo.

Mas já que temos total liberdade com a emissora para fazer apostas em suas tramas, podemos esperar muitos sucessos dos anos 90, casais apaixonantes e plots incríveis, afinal estamos falando de um show que mistura viagem no tempo e musical meus caros. Se acertada a escolha do elenco (pois não é qualquer um que pode ser colocado para fazer um musical), o tom que a série terá e suas tramas principais, somos capazes até de nos divertir bastante com essa possível nova série.

Claro, temos traumas de viagens no tempo (leiam Lost), temos. Musicais geralmente tropeçam em tramas repetidas e podem beirar a mesmice (leiam Glee), claro. Só que estamos falando de CW, meu povo. Se tem uma coisa que essa emissora sabe fazer é escolher uma trilha sonora perfeita para suas séries, então, pelo menos nas músicas, podem botar fé que não terá erro. Agora nos resta aguardar para mais informações e rezar que essa não seja uma das que ficaram para trás na geladeira da emissora.

 

Cena Esperada:O casal protagonista partilha de um momento de muita tensão entre eles, pois logo irão se separar, afinal estão destinados a viajar no tempo e não partilhar da mesma realidade. O momento é de extrema tristeza entre eles. Realmente, não tem como não se envolver. E aos poucos, eles começam a se afastar um do outro, até que apenas a ponta dos dedos estabelecem algum tipo de conexão. Luz branca. Eles estavam longe já, separados pelo tempo que é implacável. Perdidos em pensamentos do passado que compartilharam, os dois embalam ‘As Long As You Love Me’ separados pelo vida, mas juntos em pensamento.

Reviewer Indicado: Como nossos colegas Tobias e Luana dividem o posto de reviewer de Glee, um falando da história e outro da parte musical, não vemos porque isso também não funcionaria com Joey Dakota.

Veredicto no padrão CW de qualidade: Só é uma lastima que não veremos sucesso antigos em português, porque nós pagariamos para ouvir clássicos bregas da música brasileira, como ‘Fogo e Paixão’ ou ‘O Amor e o Poder’. Dificilmente isso sai do papel, pois até para a CW isso parece absurdo. Agora se sair, estaremos, semana a semana, comentando os clássicos que os atores iriam cantar viajando pelo tempo.

 

Pois é pessoal, o post ficou tão grande que tivemos que dividi-lo em duas partes. Então na quarta-feira, dia 15 de fevereiro, vocês poderão curtir a segunda parte das estreias que podem surgir nas nossas telas no final do ano. Agora, a gente já falou demais, chegou a vez de vocês soltarem o verbo nos comentários. Curtiram? Odiaram? Riram? Choraram? O espaço é de vocês! Até quarta!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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