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Arrow – 2×23 Unthinkable (Season Finale)

Por: em 18 de maio de 2014

Arrow – 2×23 Unthinkable (Season Finale)

Por: em

Deixei a poeira baixar um pouco para não dizerem que eu estava empolgado demais com um episódio que, na opinião geral, foi bem menos agitado que seus anteriores. Mas a questão é a seguinte: os produtores avisaram que teríamos um final ponderado, dividido em partes e foi nesse episódio que veio o encerramento de grande parte das tramas. Foi sim bem menos agitado, mas de maneira alguma isso foi ruim. Foi só uma maneira coerente de se fechar os arcos abertos pela temporada sem ter uma correria de 40 minutos para falar tudo. Tendo isso em vista, eu não poderia estar mais satisfeito com o que vimos nesse episódio final, concluindo uma excelente temporada para Arrow.

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Tudo continuou do caos que terminamos o episódio anterior. A situação crítica que se encontrava a cidade com a invasão quase que certa do exército da ARGUS, Roy em um estado desconhecido após ser injetado com a cura e Thea atirando em seu pai, Malcomn. Dessas três situações, a única que me agradou menos foi a resolução fácil que foi dada para o “coma” de Roy. Do nada ele acordou e saiu lutando contra o exército de Slade, o que me pareceu um pouco forçado – mas considerando o contexto que estamos inseridos, a cura pode realmente ter feito isso. O que me agradou foi a sequencia disso, finalmente com Oliver aceitando ajuda de outras pessoas e até dando uma máscara para Roy, o que meio que o consolida como Arqueiro Vermelho. Anseio bastante pela interação desses dois agora que não há mais efeito do mirakuru para atrapalhar nos ensinamentos e Roy tem um grande motivo para lutar, já que Thea o abandonou de vez.

Quando a irmã de Oliver, vale comentar que o tempo todo a série danifica essa garota. Sempre com mais mentiras em cima de mentiras, o que acabou corroborando para o final que observamos no episódio. Por mais que ela goste de Roy, o que ninguém bota em questão, toda a trama de mentiras que ele se envolver ao se aliar ao Arqueiro acabou destruindo qualquer confiança que existia entre os dois. Eu, como desconhecedor dos quadrinhos, não sei se há algo no futuro da garota, mas essa união dela com seu pai (que agora entra para o elenco regular da série) pode não ser uma das melhores coisas para Thea. A Canário foi de fundamental importância nesse episódio, até por trazer aliados para a luta contra Slade. E esse, pelo menos para mim, foi o ponto mais surpreendente do episódio: eu poderia jurar que Sarah morreria, mas parece que a série não quis desperdiçar um personagem tão bom em um momento como este. Sua volta a Liga dos Assassinos abre espaço para que Laurel se aproxime mais do Arqueiro e, quem sabe, do seu papel como nova Canário (para quem não pegou, houve uma cena bem sutil onde Sara deixa a jaqueta com Laurel e ela diz que serviu perfeitamente).

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Os fãs do casal Olicity também devem ter ido a loucura nesse episódio – o que me pareceu bem sem propósito. Não sei, mas no momento que vi aquela cena da declaração do Oliver, achei tudo tão forçado que pareceu mesmo que tinha algo por trás. Quando eles revelam que Felicity era a carta na manga, tudo fez mais sentido. Claro que as cenas que os dois compartilharam foram lindas e a conversa na ilha também serviu para mostrar que eles ainda estão em lugares diferentes nesse relacionamento, mas que é óbvio que o roteiro irá apostar nisso em algum momento, disso não tenho dúvidas. Enfim tivemos o embate final entre Slade e Oliver, que foi sensacional, principalmente pela edição ter mesclado cenas do embate no presente e no passado, o tom ideal que o momento precisava. Vimos como Oliver enfiou uma flecha no olho dele e, de certa maneira, vimos a evolução do Arqueiro como herói. Ele foi capaz de abrir mão de uma vingança para preservar o que acreditava, mesmo Slade tendo matado sua mãe.

Não havia lugar melhor para aprisionar Slade do que na própria ilha, o que me faz acreditar que em breve podemos revisitá-la. Esse final foi bem acertado porque não mata um personagem que poderia render muito na série no futuro – o que temos a certeza que vai acontecer. Na ilha, tivemos a segunda separação entre Oliver e Sara, o que explica ele pensar que ela estava morta e também o grande gancho que encerra a temporada: Oliver conhecendo a chefe da ARGUS. Isso abre espaço para uma infinidade de tramas que poderemos ver no terceiro ano da série. Enfim, não tem como não se empolgar depois desse excelente ano que Arrow fez. Para quem não sabe, Oliver Queen estará no piloto de Flash, obrigação para todos os fãs do Arqueiro. Obrigado pela companhia aqui e espero que vocês voltem para a próxima temporada! Até mais!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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