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Arrow – 3×03 Corto Maltese/3×04 The Magician

Por: em 3 de novembro de 2014

Arrow – 3×03 Corto Maltese/3×04 The Magician

Por: em

Depois de quatro episódios, fica fácil constatar que Arrow vem fazendo um excelente terceiro ano, portanto essa não é a justificativa para o atraso nos comentários do episódio da semana passada. Faculdade no último ano, muitas atividades rolando e acabei travando na hora de escrever – o que não fazia sentido algum, porque o episódio tinha sido extremamente consistente com seus antecessores. A verdade é que a saga do Arqueiro se transformou naquele ‘must see’ para quem gosta desse tipo de seriado e vem provando, semana a semana, que é um show conciso e surpreendente – claramente a minha série preferida nessa fall season. Portanto, sem mais delongas, vamos aos comentários dos últimos dois episódios:

3×03 – Corto Maltese

Um pouco diferente do seus antecessores, Corto Maltese deu um pulo no passado e nos mostrou como tem sido a vida de Thea Dearden Queen (ou seria Mia Dearden – para quem não conhece, esse nome pertence a heróina Speedy – também apelido da garota dado por Oliver – e que logo deve ser trabalhada visto os intensos treinamentos acompanhadas de Malcomn) desde que partiu de Starling City no final da última temporada. E foi um pouco reconfortante reencontrá-la, porém o que vimos estava longe da garota fragilizada por todas as mentiras que a contaram durante toda sua vida. Pelo contrário, encontramos agora uma menina decidida, forte e com personalidade pronta para retomar os problemas que escolheu deixar de lado. Claro que as intenções de Oliver ao visitar a irmã não poderiam ser mais óbvias e sabíamos que ao final ela acabaria cedendo de alguma maneira, mas gostei de pelo menos ela se posicionar contra, mesmo que por pouco tempo.

arrow 303 - thea

Foi interessante também ver a interação da garota com Roy, um dos casais mais queridos da série. Os dois estão bastante danificados e cansados das vidas secretas que precisam esconder um do outro, mas o carinho, a preocupação permanece como algo que os une. Acredito que a volta da garota a terra natal não signifique que eles voltarão, mas é o primeiro passo nesse caminho de volta um para o outro. Tirando os relacionamentos, o desenvolvimento principal de Thea foi físico. Suas lutas de espadas com Malconm surpreenderam e talvez estejamos vendo a formação de uma verdadeira liga de heróis na série (some a transformação de Laurel no meio disso tudo). Fico muito animado com essa ideia, até porque não acho que Thea se aliaria tão fácil a equipe do irmão – a garota terá sérios problemas ao descobrir mais uma mentira que lhe foi contada.

Ainda na ilha, Diggle esteve envolvido no meio de uma operação para a ARGUS que acabou não sendo nada demais, mas serviu para mostrar as até então desconhecidas habilidades de Oliver com uma arma de fogo – o que remete diretamente ao seu passado em Hong Kong e tudo que aprendeu mas ainda não nos contou (não foi mostrado). Vale notar também que a interação entre o Arqueiro e Arsenal vem melhorando a cada episódio, fundamentando uma dupla e tanto de ação. Tenho algumas ressalvas sobre essa constante utilização da filha de Diggle como um ponto para forçar a tirar o cara de campo. Em algum momento ele precisará tomar a decisão de qual caminho seguir e com quem seguir, o que promete ser uma das viradas dessa temporada (acho muito difícil Dig abandonar sua equipe, o que deve significar problemas em seu relacionamento quase que perfeito com Laila).

arrow 303 - laurel

Já fora da ilha (que vale notar era o Rio de Janeiro), os desenvolvimentos também foram bastante importantes. Depois dos acontecimentos recentes, a sede de vingança vem crescendo em Laurel, o que fez com que nossa promotora procurasse um pouco de encrenca para resolver – o que claro que não termina bem devido sua falta de preparo. Aqui entra uma figura bem importante: Ted Grant – identidade de Wildcat, personagem importante no desenvolvimento da trama da Canário nas HQ’s e que promete ser um excelente treinador para a inabilidade apresentada pro Laurel, já que Oliver se faz ausente nesse sentido. Eu não sei vocês, mas desde que começou sua transformação íntima e pessoal, Laurel passou a ser muito mais interessante. Deixou de ser passiva a tudo e atua no meio das ações principais, o que me faz ficar muito animado para ver sua futura interação junto com os demais heróis (quem acompanha o facebook/instagram da atriz, sabe que ela tem treinado pesado para a sua personagem).

O fim talvez nem tenha sido a parte mais surpreendente do episódio, até porque, sem dúvidas, abre espaço para que muita coisa aconteça e seja esclarecida. Se considerarmos que Ras Al Ghul é o pai de Nyssa, que ela veio atrás de Sara e que ele é o principal suspeito pela morte da Canário, talvez esse seja o começo de algumas respostas sobre as verdadeiras intenções desse assassinato e como será feita, de fato, a apresentação do grande antagonista desse ano. Respirem fundo, vou sentar para assistir “The Magician” e já volto.

3×04 – The Magician

arrow 304 malcolm

Referenciando um dos arqueiros mais amados/odiados da série, o 50º episódio de Arrow foi quase que devastador. Não pelo ritmo impiedoso ou por grandes acontecimentos, mas sim pela carga que trás para a trama como um todo e para todos os personagens que estão envolvidos no meio dessa bagunça. Malcolm Merlyn está de volta a Starling City e agora, mais do que nunca, com um alvo em suas costas. Para mim, ele é um dos personagens mais cativantes devido a sua grande dualidade de atitudes – ao mesmo tempo que é um assassino sem escrúpulos, se preocupa absurdamente com a vida da filha recém descoberta (talvez fruto da perda de seu primogênito). E, apesar dos pesares, apesar das evidências, Malcolm jurou não ter matado Sara – o que gerou uma certa discordância de opiniões.

Com a volta de Nyssa no último episódio, algumas questões foram abertas e trazidas a tona, como a caçada de Sara a Malcolm sendo o principal motivo para a sua volta. Nós sabemos que Arrow não é uma série óbvia, então ficou bem claro para mim que o mago estava sendo sincero, pelo menos daquela vez – coisa que não aconteceu com Nyssa e com Laurel. Essa segunda vem ganhando um grande destaque nos últimos episódios, o que para mim vem sendo de grande valia para a personagem que até então meio que figurava dentre os demais. Sua indignação com Malcolm soa bastante plausível e como está desesperada para achar qualquer culpado, acaba tomando medidas precipitadas sobre o que fazer com o assassino da sua irmã. E o interessante é como todos os personagens acabam impactando mesmo que de maneira pequena na transformação dela. Os indícios aparecem em quase todos os episódios – nesse Nyssa disse que Laurel não era digna de usar a jaqueta que deu para Sara, mudando de opinião ao final do episódio e ainda jurando cumprir sua promessa de vingança.

arrow 304 nyssa

Algo que queria muito ver era um pouco mais do passado de Nyssa, de como ela conheceu Laurel, como foi construída a relação afetiva das duas porque tudo soou muito superficial quando a filha do demônio disse estar sofrendo uma grande perda – espero que com o enfoque em Ras nessa temporada, tenhamos a oportunidade de alguns flashbacks para a personagem. Se de um lado tínhamos Laurel e Nyssa convencendo Oliver a matar Malcolm, sua balança pendia para o lado de Thea, sua meia-irmã, filha de Malcolm e a quem ele não queria machucar nem que se fosse com um arranhão. A ironia de tudo isso é ver que a garota passou a ser exatamente aquilo que sempre relutou a aceitar na sua ‘família’: uma mentirosa. Essa recente aproximação do seu pai biológico vem mudando a personagem em proporções que podem ser catastróficas a longo prazo. Afinal, onde será que a garota pode chegar para ajudar seu sangue? Seria ela capaz de passar por cima de Oliver? Acredito ser uma dúvida pertinente nesse ponto.

A decisão final de Oliver acabou se pautando no seu lado fraternal, o que me pareceu crível, porém perigoso – em particular, uma cena que me incomodou bastante foi a que ele se encontra com o mago em meio a multidão que não o reconhece (algo impossível para alguém que matou milhares de pessoas com um projeto ambicioso). Fora que, depois que vimos o final do episódio, me parece bastante pertinente acreditar que Malcolm não foi realmente o assassino dessa vez. Ras promete ser um grande personagem – isso tirado de alguns segundos de atuação. A aura que o envolve é meio assustadora e sua única fala já veio como um tiro no nosso peito: a guerra contra Oliver Queen foi declarada. Uma coisa que me intrigou bastante foi que, durante uma das discussões entre Nyssa e Oliver, a filha do demônio citou que Oliver estava arrumando um inimigo com muitas memórias – seria possível que durante algum momento no passado Oliver e Ras já tenham se cruzado? Ou saberia Ras sobre as coisas que aconteceram durante os cinco anos que Oliver esteve morto? A pulga permanece atrás da orelha.

arrow 304 ras al ghul

Outro ponto distinto do episódio foi o encontro de Amanda Waller e Oliver em Hong Kong. Waller derrubou um avião por causa de uma única pessoa – avião da Ferris Air (alô Lanterna Verde) e que parecia estar envolvido no mesmo bolo das coisas que Ray Palmer andou olhando. Eu sou péssimo para lembrar os nomes dos envolvidos, mas vou me interar mais sobre esse ponto da trama e posto esclarecimentos assim que possível. Quem esteve ausente no episódio foi Felicity – que estava lá pelas bandas de Central City ajudando nosso amigo Flash em algumas questões heroicas (quem ainda não vê, precisa colocar em dia essa nova série que vem fazendo excelentes episódios) – personagem que conheceremos mais do passado no episódio dessa semana, que promete ser um dos melhores dos últimos tempos (se você tem problemas de ansiedade, não assista ao vídeo promocional abaixo!).

 

Claro que os comentários, as teorias e as ansiedades são liberadas. Nos vemos em breve (essa semana a review sai cedo!).


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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