Fazem exatos 10 minutos que eu acabei de ver o episódio de Arrow dessa semana e estou perplexo com o que acabou de acontecer. Foram 40 minutos do melhor entretenimento (como de costume), porém com um desfecho que fez qualquer pessoa perder a cabeça. Sério, vocês conseguem acreditar no que viram? Eu ainda estou tentando digerir a informação – se é que em algum momento fará sentido tudo que aconteceu. Mas vamos respirar, voltar a si e comentar o episódio como um todo primeiro. Essa semana revisitamos o passado daquela que é uma das mais queridas personagens que temos hoje e foi muito interessante ver uma diferente versão de Felicity na tela – mais atirada, imprudente e sonhadora (fora o visual inesperadamente gótico).
Faço coro a grande maioria que tem Felicity em um pedestal, porque ela é realmente o tipo de personagem que funciona muito bem em qualquer situação – prova disso é sua recente participação em Flash, onde ela parecia ter sempre feito parte daquele universo. O que vimos não foi, na verdade, surpreendente, porém muito interessante para mostrar a formação de sua atual personalidade. Desde que chegou, ela foi ganhando seu espaço aos poucos e mostrando sua extrema lealdade aos propósitos do nosso arqueiro – que recentemente decidiu (finalmente) retribuir tanto carinho, porém sem muito sucesso. O seu passado serviu somente para provar que, mesmo em sua fase mais avoada, Felicity nunca deixou que ilusões tomassem conta de seus propósitos ou que passassem por cima de seus valores. Gostei também de ver a chegada de Donna e todo o desenvolvimento de seu relacionamento com a filha – interessante notar como a série trabalha recorrentemente com o drama familiar como pano de fundo para muitas das suas tramas.
Donna é o oposto de tudo que um dia conhecemos de Felicity, o que a tornou muito interessante para mim. Apesar do esteriótipo vulgar e da aparente inocência, foi dela que nossa nerd herdou toda a fibra e força de vontade para atingir os seus objetivos – o que as aproxima muito mais do que imaginamos. Fiquei um pouco curioso sobre o pai de Felicity – o que pode ser simplesmente um abandono, mas sabemos que Arrow não faz nada por acaso -, mas acredito que por enquanto não teremos notícias desse cara (talvez uma aparição no futuro para abalar com as estruturas da filha). Agora o que me deixou bem impressionado foi como a hacker mudou sua maneira de encarar situações adversas, ganhando um sangue frio que só pode vir da convivência com Oliver. Diante do seu primeiro amor, aqueles que deveria estar morto na cadeia, ela conseguiu reverter a situação e até mesmo reagir contra, pegar sua arma e o entregar de bandeja para o Arqueiro terminar o serviço.
Do outro lado, ganhamos mais alguns momentos de trabalho em cima da relação de Oliver e Thea, que parecem estar muito mais distantes do que próximos de fato. As mentiras que os dois escondem vem criando uma infinitude de distância entre os irmãos, caminho que a volta pode ser bastante dolorosa. Ainda não consigo entender aonde Thea quer chegar com toda essa aproximação de seu pai, algo que pode remeter, na verdade, a ele ser o único laço familiar que a resta – coisas do gênero -, mas não consigo deixar de desconfiar que haja algo além, algum plano que vai ser jogado na nossa cara a qualquer momento, nos deixando que nem bestas olhando para a tela quando o episódio acabar. Laurel também mostrou-se bastante perturbada, ainda pela morte da irmã e pela inabilidade em lidar com esses controversos sentimentos de raiva, vingança e saudade. Agora que se aproxima cada vez mais de Grant, as coisas caminham para uma evolução, mas não sabemos em que sentido isso acontecerá. Por sinal, muito interessante o início do episódio com todos os veteranos ensinando seus pupilos a não desistir de uma boa luta.
Foram 40 minutos ótimos, porém nos 2 últimos o jogo virou completamente. Não sabemos se é uma ilusão, um pesadelo, resquícios do Mirakuru, mas o que vimos ninguém pode negar: Roy flechou Sara, causando a sua morte (isso mesmo – o forninho caiu na nossa cara). Isso muda completamente tudo que viemos confabulando até então, mesmo porque os propósitos disso não são nada claros. O personagem aparentou sofrer com a morte dela, estava presente na caçada de um culpado e agora jogam isso na nossa cara? É que eu confio muito no roteiro da série e sei que vai vir coisa boa por ai, porque senão esse seria um tiro no pé. Quando Oliver descobrir que isso aconteceu, eu não quero nem ver do que ele será capaz porque acredito que uma guerra interna entre nossos herois irá começar – o interessante é que vendo o episódio eu pensei: Roy está tão sem trama, alguma coisa precisava o envolver de fato e BOOM. Estou muito ansioso para saber como isso vai ser trabalhado, muito mesmo – não tenho um chute a dar sobre como isso vai se desenrolar. Agora nos resta esperar, não é mesmo?
Essa semana a CW decidiu judiar do nosso coração e lançou, além do vídeo promocional do próximo episódio – Guilty, uma teaser da terceira temporada como um todo (aos de coração fraco, fiquem longe).
- Vídeo promocional de Guilty:
- Teaser da temporada:
Por favor, comentem. Lancem todas as teorias possíveis, preciso saber o que vocês estão pensando para não surtar sozinho!
