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Arrow – 3×07 Draw Back Your Bow

Por: em 22 de novembro de 2014

Arrow – 3×07 Draw Back Your Bow

Por: em

Percorrendo um caminho totalmente procedural essa semana, Arrow fez um episódio um pouco mais leve na trama, porém recheado de pequenos detalhes que farão a diferença daqui para frente. Não foi a primeira vez que encontramos um seguidor lunático do arqueiro, mas com certeza a Cúpido foi a que se mostrou de maneira mais intensa (e completamente insana). Vale ponderar que não existiam sequer propósitos em toda a sua loucura, ela só é uma garota extremamente carente, com transtornos de obsessão por uma única pessoa, o que a fez criar essa paixão maluca por Oliver.

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O que me intrigou por um tempo foi a maneira que ela usou para chamar a atenção do herói, sempre com assassinatos de pano de fundo, o que claramente não vem sendo a linha de trabalho do arqueiro por algum tempo – foi interessante também como a que série nos leva de volta para o passado e nos mostra que tudo começou ainda na segunda temporada, quando Oliver salvou a garota das garras de Slade – um easter egg interessante surge logo no começo do episódio, quando a estufa que se encontra o chefe do tráfico é a Sheerwood Florist, local que nos quadrinhos serviu como moradia para Oliver Queen e Dinah Lance por alguns anos, depois de uma repaginação do arqueiro.

Apesar de ter um backgroud e ser bem trabalhado, esse caso da semana foi pouco expressivo. Primeiro porque a atriz que interpretou a Cúpido foi extremamente forçada na maioria das cenas, dando pouca realidade para o personagem. Depois temos a falta de motivação de Oliver em lidar com um caso assim quando muito da sua vida está se desmoronando aos poucos, mesmo que ele não perceba. Claro que a intenção de trazer uma louca assassina para os pés de Oliver foi a de relacionar a sua impossibilidade de estabelecer relações afetivas com outras pessoas – mas já chegaremos lá. Só achei interessante terem mandado a personagem para o Esquadrão Suicida, fazendo com que ela possa ser mais bem trabalhada na próxima vez – na cena em que Diggle conta isso para Oliver, prestem atenção em um ponto importante: ao contar da Cúpido, Diggle cita que a última mulher que o Esquadrão tinha era tão pirada quanto, ou seja, será que Harley Quinn (Arlequina) está morta? Seria uma pena não encontrarmos a personagem no futuro.

Deixando a Cúpido de lado, vamos agora falar do que realmente interessou no episódio: o desenvolvimento de Ray Palmer como um personagem forte para a trama da terceira temporada. Até então, temos pedaços de sua personalidade. Um pouco caricato demais, ora reservado, Ray veio fazendo o meio de campo aos poucos com um objetivo que parece claro, trazer Felicity para o seu lado – o que foi bem sucedido como pudemos ver no episódio. A nossa loira nerd acabou se deixando cair aos encantos do empresário fortão (sim Felicity, você tem uma queda por homens que fazem barras flutuantes) e acabou fazendo um discurso surpreendentemente apaixonado sobre as iniciativas de Ray no jantar. Mas se não bastasse isso, a noite ainda se encerra com um beijo do casal, claro que não sem o drama necessário de Oliver presenciar a cena. Olha gente, muita gente acha forçado, mas eu to é achando o máximo esse relacionamento complicado que vem se construindo em torno de Olicity, porque não tem nada mias legal do que torcer por um amor impossível no seriado, então não esperem me ver falando mal ou que o roteiro está enrolando – hoje, eu acredito que eles estão exatamente no ponto em que precisavam estar.

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Oliver ainda não está pronto para se abrir para o mundo e para os seus próprios sentimentos, enquanto Felicity já tem tudo muito bem acertado dentro de si. Talvez os dois precisem desse espaço forçado para conhecer melhor suas necessidades e procurar um caminho que os leva de volta um para o outro. Mas voltando a Ray, não podemos deixar de citar dois momentos icônicos desse episódio: seu discurso inicial que foi uma variação clara do voiceover que ouvimos toda semana na voz de Oliver Queen e também a visualização do uniforme de Atom – sim, ele tá chegando. Podemos colocar em cheque toda essa aparente boa intenção de Ray, mas ainda não temos provas o suficiente que comprovem que estamos certo – nos resta esperar para que as coisas tomem formas mais consistentes e que consigamos definir quem está jogando com quem. Vale comentar que a direção/roteiro do episódio trabalham de uma maneira muito interessante com as cores que os personagens usam: reparem que os personagens que tomam partido de Oliver, usam algumas tonalidades de verde (exceto aqueles que tem uma cor própria, como Roy), enquanto os que caminham para o lado de seus inimigos ganham outras tonalidades – o vestido de Felicity era azul, cor do uniforme de Atom.

Além disso, tivemos a reabertura da Verdant, agora com Thea no comando, montada no dinheiro de Malcomn. Apesar de pouco expressiva, essa trama serviu para a introdução do DJ Chase (Austin Butler, The Carrie Diaries) como um possível interesse amoroso para Thea e uma clara ameaça ao romance que a garota ainda tem, mesmo que tímido, com Roy (que definitivamente assumiu a identidade de Arsenal e já trabalha com o nome em campo). Desde anunciada sua participação em Arrow, vinha se especulando que o DJ realmente teria algum tipo de relacionamento com Thea, mas não achei que seria tão rápido – a questão é: será que podemos acreditar que Chase é somente um garoto que toca na noite ou devemos supor que ele tem alguns propósitos para essa súbita aproximação? Nos flashbacks, tivemos a revelação de Katana como uma mulher que sabe muito mais do que aparenta. Vinda do Japão, ela e seu marido parecem ter envolvimento com coisas muito mais pesadas do que suspeitamos a princípio, coisas que envolvem a ARGUS inclusive. É bem legal que esses pequenos trechos do passado, além de se relacionarem com as ações presentes, vão formando um backgroud para a grande trama da temporada – porque estou esperando a hora que vão meter o Ras Al Ghul nisso tudo.

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E agora que venha Barry Allen meu povo! O episódio termina com um assassinato cometido pelo famoso Capitão Bumerangue, vilão e inimigo de Flash/também integrante do Esquadrão Suicida nos quadrinhos. Ao que parece, teremos um combate conjunto dos nossos heróis, mas que acabará tendo algumas complicações interessantes. Sobre o crossover, acho que devemos ficar bem atentos: os roteiristas disseram que coisas grandes viriam. E eu volto a lembrar vocês: Oliver tem um filho em Central City que ele nunca conheceu. Acredito que estamos prestes a abordar essa trama, portanto aguardem. Semana que vem não temos episódio, então só voltamos no dia 2 de dezembro, com o crossover que durará 2 horas (a primeira delas no dia de exibição de The Flash e a segunda no dia 3, horário de Arrow). Dá uma conferida no vídeo promocional e, claro, não deixa de comentar com a gente o que achou do episódio dessa semana.


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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