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Arrow – 3×12 Uprising

Por: em 6 de fevereiro de 2015

Arrow – 3×12 Uprising

Por: em

Fazendo um dos seus melhores episódios desde seu retorno, Arrow marca a sua semana com um pouco mais do passado de um dos mais interessantes personagens já mostrados até então: Malcolm Merlyn. A visita a iniciação do Mago na Liga dos Assassinos e motivo que o levara até isso dão um tom diferente a toda a vilania que acabamos vendo até então, apesar de não o eximir de nada. Além disso, o episódio coroou a grande volta do Arqueiro a Starling City em um dos momentos mais cruciais e levando alguns dos nossos velhos conhecidos ao extremo. Por hora, o que podemos dizer é que no hall de episódios dessa terceira temporada, Uprising foi o encerramento da tão comentada trilogia de transformação da Canário e, sem dúvida, uma excelente surpresa.

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Comecemos então por Laurel e seu envolvimento direto na ação principal do episódio. A evolução da personagem foi impressionante e, em alguns momentos, pouco crível. A não ser que os treinamentos dela continuem acontecendo sem a gente ver, a sua performance melhorou em um nível que não acompanha o espaço de tempo que essa trilogia propôs. Sabemos que a liberdade criativa do roteiro entra nessa parada, mas acho que eles podiam ter pensado um pouco melhor antes de transformar a Laurel em uma mulher que sabe dar porrada no passar de apenas três episódios (vejam bem, eu sei que ela já estava treinando antes, mas, um episódio atrás, ela pulava e caia). Isso de lado, a personagem já estava completamente incluída no #TeamArrow e foi de grande valia na luta de rua dos Glades (cês viram essa mulher lutando? ela sabe mesmo dar porrada). Gostei muito da possibilidade de retorno do Wildcat – que poderia ter uma roupa melhor, mas deixemos de lado – e acho que ele volta a ser importante com a volta de Oliver, que claramente será contrario a entrada da mulher da lei no seu grupo.

E se nos três episódios vimos a evolução de Laurel, vimos também Brick tomando conta dos Glades – o que só não culminou na sua morte por uma intervenção divina do Arqueiro, que conseguiu impedir Merlyn de cometer o assassinato. O arco desse vilão foi interessante exatamente por não ser tão pontual – o que soaria muito radical e rápido – e por trazer a necessidade de que a cidade reagisse de alguma maneira quando estava na ausência de seu principal herói. Só que o mais legal foi conseguir linkar o que seria apenas um vilão ao passado dos personagens e trazer a tona a transformação de Malcolm em Mago – fatos que só tínhamos acompanhado por comentários em um episódio ou outro. A morte de Rebeca ainda me soa um pouco estranha, meio sem propósito, e a reação exagerada de Malcolm acabou determinando todas as ações que o vimos cometer até hoje. Esse sentimento de culpa que assola o personagem e o faz cuidar tão bem de Thea, o faz preparar a garota para o pior que está por vir – mesmo que ela não saiba que ela mesma já cometeu o pior dos atos.

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O que mais me faz gostar dessa trilogia é a participação fundamental do Arsenal na manutenção de Starling – e sério, que bom que o Lance não é tão estúpido ao ponto de não reconhecer Roy nas seus vestes de luta. Mas foi a amiga de Roy e Sara que acabou atentando o policial de que não era Sara nas vestes de Canário, o que ele não percebera por estar tão feliz de ter sua filha por perto de novo (e também porque Felicity falsificara a voz de Laurel no telefone). Acho que essa dúvida acaba no próximo episódio, o que me deixa bem feliz, porque é uma palhaçada o que estão fazendo com Lance, o cara vai desmoronar total quando souber da verdade e a caçada pelo culpado vai começar mais uma vez – menina Thea, te segura que o cerco vai apertar para o teu lado. Mas mesmo com tudo isso acontecendo ao mesmo tempo, só conseguimos prestar atenção a uma coisa: OLIVER QUEEN IS BACK!

Bato mais uma vez no ponto da sua volta rápida demais do mundo dos mortos porque acho que os roteiristas já perceberam que os fãs não engoliram muito bem tudo isso. E nesse episódio veio uma dica que pode ser importante: quando Oliver aponta Tatsu como sua grande salvadora, ela diz que não fez nada, Maseo que era o seu grande salvador – a dúvida que fica: ele o salvou por ir lá buscar o seu corpo depois da luta ou por ter feito alguma coisa no caminho até a cabana onde Tatsu se abrigava? Continuo apostando na primeira opção. Queria muito que Oliver conseguisse arrastar Tatsu para Starling, até porque ela seria uma excelente professora para ele, mas ainda não foi o momento, talvez isso só aconteça quando o circo pegar fogo mesmo. Só que isso deixou nosso arqueiro sem muitas opções na hora de se aliar e, engolindo todo o seu orgulho, Oliver teve de pedir ajuda para ninguém menos que Malcolm. Essa é uma parceria que promete muito, ainda mais quando Ras descobrir que Oliver está vivo e aliado a Merlyn, um traidor da Liga – é meus caros, os próximos episódios prometem muito.

“I don’t want to be the woman you love.” – Felicity to Oliver

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E a medida que alcançamos a metade da temporada, Olicity parece se afastar cada vez mais. Depois de um reencontro um pouco morno demais para um casal que se ama, Felicity não polpou Oliver de algumas verdades e colocou o arqueiro sobrevivente no lugar que devia: ela não quer ser uma das mulheres que Queen ama, afinal basta olhar em volta e ver tudo que isso acarretou. Uma reação esperada, mas que acabou com nossos corações. Fazer o que, nem tudo é perfeito. Enquanto você se recupera do episódio dessa semana, aproveita para acelerar o coração com uma dose de Vertigo no vídeo promocional do próximo episódio:

Aproveita também e deixa seu comentário com a gente!

P.S.: Perceberam a referência ao nosso velocista escalarte logo no começo do episódio? “Are you that red streak I’ve been hearing about?”. Fazendo com que o Arsenal respondesse: “Wrong city!”.


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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