Embalando no bom ritmo da estreia da quarta temporada, “The Candidate” colocou algumas cartas na mesa e levantou alguns questionamentos sobre os rumos do novo ano de Arrow. Enquanto as atitudes de alguns são colocadas em cheque, outros precisam se posicionar diante de uma cidade cada vez mais destruída – é assustador ver a situação que Star City enfrenta com a tomada dos Fantasmas de Damien Darkh.
Vamos começar pelos flashbacks nessa semana, que não foram muito esclarecedores. De volta a ilha de Lian Yu, Oliver precisou se infiltrar em meio a força tarefa que atua por lá, ainda sem muito saber qual o propósito de tudo isso. Com fama de playboy, ele logo foi reconhecido pelo líder do olho tremido (só eu reparei nisso?) e acabou por ocupar um lugar na tropa, seja isso conveniente demais ou não. Me confunde muito essa missão que Amanda confiou a Oliver, ainda mais depois de toda a propaganda dos produtores sobre termos Coast City nos flashbacks, e, até agora, vimos muito pouco para onde isso nos levará.
A comunidade escrava que trabalha na ilha também foi algo que me chamou atenção, porque isso deve ser algo recente, certo? Já que Oliver esteve lá por algum tempo e nunca se deparou com nada que pudesse indicar tal tipo de iniciativa. Tomara que essa linha do roteiro não se perca como as entediantes perseguições em Hong Kong. Uma coisa de positivo já temos: Arqueiro não precisa mais dos apliques agora que adotou o visual militar – olha essa CW economizando em tempos de crise. Enquanto pouco vimos aqui, o presente já tomou formas diferentes e introduziu muita gente nova.
Dentre elas, a tal candidata a prefeita Jessica Danforth, vivida por Jeri Ryan, e sua filha Madison (Tiera Skovbye). Amiga de Moira há anos, ela volta a cidade para tentar encarar a candidatura ao cargo de prefeita, o que acabou terrivelmente mal. Todo o desenvolvimento dessa trama me lembrou bastante os tempos que a própria Moira estava tentando o cargo de prefeita, inclusive em relação ao contexto e como as coisas terminam. Era mais do que óbvio que a empreitada seria mal sucedida, mas ainda me soava um pouco confuso o porquê de fazer isso agora, até os minutos finais quando Oliver anuncia sua mais recente decisão: dar a cara a tapa na sociedade e tentar ajudar sua cidade também a luz do dia.
Claro que essa é uma decisão muito controversa. Ao se candidatar, Oliver terá de lidar com uma série de burocracias, além de expor todos que estão próximos a ele – o que pode ser muito perigoso para a perpetualidade da equipe. Ainda assim, vale notar que essa é uma das coisas que aproxima a série ainda mais dos quadrinhos, onde o Arqueiro também foi prefeito. Não espero que seja fácil, muito menos que tudo aconteça exatamente como seria esperado – talvez a tal morte esteja diretamente ligada com essa decisão, por exemplo. Acho que temos que ter um pouco mais de confiança e aguardar para ver como que as coisas se desenrolaram.
Ainda com Oliver, vimos sua preocupação com Thea aumentar, o que é bem normal quando consideramos o descontrole dela nas sequências de ação da série. Foi muito importante também o momento em que os irmãos Queen batem de frente e a garota pode perceber que tudo que Oliver vinha falando não era uma simples ‘síndrome de irmão mais velho conhecedor de toda a verdade do mundo’, mas uma consequência indireta das medidas drásticas tomadas no passado. Até citei aqui na semana passada que ainda não me preocupava com tudo isso, por achar que estava mais ligado com a excitação de estar em campo, mas o roteiro nos leva a crer que o Poço de Lázaro voltará ao destaque. Bom, ainda mais depois do final Sara-cadáver.
Achei aquela cena tão assustadora/desnecessária que nem sei explicar muito bem o motivo. A gente sabia que ela estava enterrada e morta, então pra que mostrar a menina na pele e osso? Enfim, esse é o ponto de partida para a ressurreição da personagem e o provável surgimento da Canário Branco (que estou muito ansioso). Bom também que é a chance de voltar com a Liga dos Assassinos para a trama e, com isso, Malcolm. Agora, vale citar aqui uma cena de um dos vídeos promocionais da reta final da terceira temporada, que Sara aparecia andando por Nanda Parbat. Na época, todo mundo achou que o Poço seria utilizado e rumores cresceram na internet. Depois a cena foi cortada da edição final e produção nunca comentou o fato. Agora fica a dúvida: eles iam trazer ela de volta na época ou era só um espírito mesmo?
Bacana foi também a relação de amizade crescendo entre Diggle e Laurel, que compartilharam um momento importante na vida do segurança, que contou o drama da morte do seu irmão para alguém que sabe o que é perder um ente tão próximo. Espero que trabalhem ainda mais essas relações ‘inesperadas’. Outros dois importantes personagens apareceram nesse episódio. O primeiro deles, que promete crescer bastante com o tempo, foi Curtis Holt (Echo Kellum), nosso futuro Mr. Terrific. Sua interação com Felicity (que realmente tenta voltar a sua personalidade das primeiras temporadas) foi muito boa e toda a sua inteligencia pode vir a calhar para a equipe.
O segundo foi Lonnie Machin (Alexander Calvert) ou Anarquia. Vilão da saga do Batman, ele aparentou até ser só um caso da semana, mas ficou na promessa de um pouco mais. Sagaz e impetuoso, ele não ligou muito para as ameaças de Damien e bateu de frente com o cara mais temido da temporada. Ficamos a espera do seu retorno, que promete não demorar muito. Por fim, já que estamos no inferno, abracemos o capeta. Alguém está entendendo qual é a de Damien? Estou um pouco (muito, na verdade) confuso com o que ele quer. São muitas ameaças e destruição, mas pouco resultado. Seu envolvimento com Lance (este, completamente perdido) também é estranho. Que os próximos episódios elucidem um pouco melhor todo o misticismos entorno do personagem.
Algumas considerações importantes:
– Também acho que Felicity precisa de um codinome. Sugestões?
– Achei muito massa as cenas de ação desse episódio e fica ainda mais legal quando você pensa que Amell filma a grande maioria delas, sem necessidade de dublê.
– Pensei que a candidata a prefeita seria alguém mais importante para a série como um todo, ainda mais com o buzz que os produtores fizeram quando revelaram a escalação, mas parece que foi só isso mesmo.
– Amell está realmente se esforçando para atingir um novo nível da personalidade de Oliver e eu tô gostando muito de ver essa evolução.
– Essa semana tivemos poucos easter eggs ou eu que não percebi nada?
Dá uma conferida no vídeo promocional de “Restoration” e a gente se encontra na semana que vem.
P.S.: Galera, mil desculpas pela demora. Meu modem queimou, a operadora demorou a vir trocar e, enfim, todo esse drama da vida moderna que todo mundo está cansado de saber. Pensei até que teria que ser substituído essa semana. Mas estamos aqui, firmes e fortes. Espero ver vocês nos comentários também!
