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Arrow – 4×09 Dark Waters (Fall Finale)

Por: em 11 de dezembro de 2015

Arrow – 4×09 Dark Waters (Fall Finale)

Por: em

É difícil estar bem depois desse episódio. Tive que assistir ele três vezes, porque sempre ficava com a sensação de que tinha deixado passar alguma coisa nesse mar de ação que foi “Dark Waters“. E, na batalha semana que existe com Flash, essa semana Arrow ganhou de lavada. O episódio vai ganhando ritmo com o passar dos minutos, até o ponto em que fica impossível você assistir de boa, já que a agonia toma conta de tudo. Claro, como já é costume por aqui, quando tudo parece que vai ficar bem, a gente sabe que é o prenúncio de algo horrível por vir. Graças a Deus, nossa série está de volta.

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Agora, por favor, não comecem os discursos sobre o excesso de Olicity nos episódios. Temos que entender que esse relacionamento virou parte da engrenagem que movimenta a ação da série e não é só aqui que acontece. Relacionamentos movimentam todas as tramas, em todos os seriados. Citando nossa série-irmã, por exemplo, temos o relacionamento de Barry e Joe, que todo mundo admira e que faz com que muitas atitudes do Flash sejam contestadas. Aqui, só mudamos da figura familiar para amorosa. Na terceira temporada houve um excesso do relacionamento, talvez – mas nesse novo ano tudo vem sendo muito bem dosado. E aos que torciam pela morte da loira, apesar do episódio dar indício de que isso vai acontecer (e o vídeo promocional do retorno também), uma dica jogada pode ter deixado claro que estamos longe de saber quem foi a vítima que vimos no primeiro episódio.

Quando Felicity e Oliver estão discutindo sobre o pedido não feito, a nossa nerd diz que ele o teria feito três meses atrás, se a visita de Laurel e Thea nunca tivesse acontecido. A cena que vemos lá na estreia do quarto ano, com Oliver diante de um túmulo, começa com os dizeres de seis meses depois. Portanto, façam as contas. Ainda temos um belo tempo de embate entre Damien e o Arqueiro Verde, até que se faça uma vítima definitiva dessa batalha. Quanto a Damien, eu muito venho comentando a questão de seus propósitos não serem muito claros – e veja bem, eles ainda não são -, mas depois desse episódio, temos que concordar que ele entra para o hall dos melhores vilões de Arrow. Sua frieza nada sútil, misturada com senso de humor único – talvez só ele mesmo ache graça de tudo aquilo – e aliada com poderes místicos que ainda pouco conhecemos podem significar um dos maiores problemas que já vimos na vida de Oliver Queen.

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Propulsionado pelos acontecimentos durante a limpeza da baía, não existia outra maneira de contra-atacar senão expondo o rosto do causador de todo aquele pânico gratuito. Só que a equipe do Arqueiro já sabia que, em algum momento, Damien iria retaliá-los. E tudo aconteceu mais rápido do que era esperado. Nesse momento, o episódio ganha um tom de escuridão que nos remete a sua excelente segunda temporada, o que me deixou ainda mais agitado. Toda a entrada do vilão na festa, seguida de uma conversa nada convencional com Oliver e, depois, o sequestro dos seus mais próximos, como uma espécie de punição. Damien sabe com quem tá mexendo e não tem medo nenhum de se expor mais – ataca, contra-ataca e encara as consequências. Quando tudo isso acontece, já esperava que Oliver fosse para o seu pior estado, se culpando pela tragédia que acometera o evento – e aos que acham isso trama repetida, é mais fácil pensar que não tem como não se culpar quando algo acontece e você fica rendido diante da situação.

Antes de comentar o resgate, não podemos deixar de comentar toda a sequência em que o Arqueiro confronta os Fantasmas e não consegue obter nenhuma resposta – mas nos entrega umas belas porradas, o que todo fã de uma boa ação deve ter curtido. Mas me digam se não foi desesperador ver a despedida de Oliver e Felicity e toda a cena da câmara de gás. Eu estava surtado. Em certo momento, acreditei que iam matar os três de uma vez só ali, ainda tendo que ouvir aquele discurso canalha do Damien. Mas Canário chegou com seu grito particular e deu uma salvada na situação. Aqui, temos que apontar a participação de Malcolm como Arqueiro, que além de ser fundamental para não levantar suspeitas da identidade do herói, foi de tamanha valia para o resgate como um todo. Tudo que segue daqui é eletrizante. Uma batalha muito bem coreografada entre a equipe de Oliver e os Fantasmas, Malcolm batendo de frente com os poderes nada convencionais de Damien e a derrocada final do vilão – que de final, não teve nada.

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Sobre a baía, descobrimos as intenções de Darkh: ele usava as algas que lá nasciam para criar um composto que estava presente no tal gás que matou as pessoas dentro da câmara. Esses algas também são importantes para a criação do ambiente propício para a tal plantação de proporções grandes que vemos mais para o final do episódio. O projeto Gênesis entre em uma nova fase, cada vez mais enigmático e levantando questionamentos sobre quais as reais chances de Star City sobreviver aos planos da HIVE. Exploramos também um pouco mais da relação entre Diggle e Andy, o que só me deu raiva do personagem. Se um dia acreditamos que Andy fora a vítima, ele está mais para culpado mesmo. Sem influência alguma do seu antigo líder, agora ele é dono dos seus próprios pensamentos, mostrando que ser babaca é parte de quem é. Claro que Diggle nunca pensará claramente quando se trata de Andy, mas espero que também não caia na conversa dele, porque, com certeza, ele irá jogar com o emocional para tentar sair daquela cela.

Outro ponto importante que o episódio trabalhou foi a relação entre Laurel e Lance, sempre muito conturbada. Laurel, por sinal, merece todo o destaque possível pelas suas cenas de ação nessa semana, mas também conseguiu entregar bons momentos emocionais com o seu pai – o que já vinha sendo deixado de lado faz algum tempo. Lance tem pouquíssimo apelo e isso prejudica muito sua entrega nas cenas mais emocionais. Ainda assim, foi bem legal ver o que ele é capaz de fazer em nome da filha, mesmo que isso coloque em risco sua própria vida e todas as coisas pelas quais já lutou – será que Damien soube que seu aliado ajudou a atrapalhar seus planos? O tempo nos dirá as respostas disso, mas, sem dúvidas, Lance ganha frente na corrida da possível vítima de Damien. Lá nos flashbacks, nada muito bem trabalhado. Oliver e Taiana continuam em busca de descobrir as reais intenções do comandante da tropa, mas para isso precisavam de mapas mais detalhados – o que só podia ser encontrado no navio afundado e cercado por tubarões. As coisas se complicam porque os dois são descobertos e agora toda a farsa de Oliver vem por Terra. Só queria entender mesmo como que isso tudo se relaciona com o presente, mas tudo bem.

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E aí veio o pedido de casamento, todos nós estávamos sorrindo, com os corações alegres e adentramos a sequência final, embalada por uma música natalina não muito feliz e o prenúncio de que algo muito ruim estava prestes a acontecer. O fuzilamento do carro de Oliver foi uma das cenas mais fortes que já vimos na série e era simplesmente impossível sair daquilo sem vitimar ninguém. Mesmo quando o Arqueiro consegue tirá-los da linha de tiro, tudo acaba muito mal. Felicity foi atingida e seu estado não é nada bom. Talvez vejamos a personagem ter sua morte forjada, para que Damien não possa mais ameaçar Oliver com seu grande amor. Talvez esse seja o motivo dela ganhar um codinome em breve. Mas morrer? Muito difícil.

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Só que esse não foi o único grande momento dos minutos finais. Damien tem uma família. Sim, uma mulher, uma filha, uma árvore de Natal e parece ‘feliz’ quando na companhia delas. Minha cabeça quase que explodiu quando aquela cena aconteceu. Não consigo pensar em nada que justifique um cara que vive por séculos, manter uma vida aparentemente normal. Se minha curiosidade por ele já era muita, agora pode multiplicar por 100.

 


Respira fundo, eu sei que vai ser difícil ler isso: só voltamos agora no dia 20 de janeiro. Antes de deixar você com o vídeo promocional, gostaria de desejar um ótimo Natal e um próspero Ano Novo a todos. Que vocês aproveitem o tempo com a família e amigos e coloquem na mesa não só comidas boas e presentes bacanas, mas também muito amor. Obrigado pela companhia durante esse começo de temporada e nos encontramos de novo em janeiro, para comentar, discutir, ficar nervoso, tudo isso que a gente gosta! Presentinho do tio Lele para vocês (não surtem, porque é isso que a CW quer):


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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